BOLSONARO X AUXÍLIO EMERGENCIAL – UM POSSÍVEL DILEMA FUTURO PARA OS CONTRIBUINTES

Produzido e postado em 04 de abril de 2021 na plataforma webartigos.com, em Santa Maria do Uruará – Pará.

 

Por: Sydney Pinto dos Santos[1]

Quando falamos em auxílio, sejam eles quais forem, ou de suas finalidades, devemos observar dois pontos cruciais acerca de sua conduta e objetivos: primeiro qual a sua finalidade principal, e segundo de onde os recursos serão obtidos; pois é evidente aqui salientar aqui que, nenhum governo em sua boa vontade pode “produzir” estes auxílios de transferência de renda por vontade própria, como ele fosse detentor de direitos de iriam divergir das partes legais, passando pelas discussões afins, assim como da absorção do recursos, que como sabemos, quase todos eles atinge a casa de bilhões de reais. Dinheiro este, arrecadado via tributação do contribuinte, o qual em todos os produtos, seja o mais ínfimo, o tributo e imposto está “embutido”, no sentido que o mesmo nem sinta quando saí de seus ganhos ou gastos.

Por outro lado, tem o a questão política, onde muitos querem se beneficiar, assim “agradando” os contemplados, estes, a maioria não tem nem a mínima ideia, de onde os recursos saem, para a tal transferência; muitos pensam que o governo tem dinheiro guardado, outros acreditam que o governo produz papel-moeda para esta finalidade, outros menos cultos acreditam que quem repassa é o indivíduo que ocupa a “cadeira máxima” do Governo Federal; e por ai vão as mais diversas e esdrúxulas suposições e especulações da origem real dos numerários, as quais vão para muitas mãos sem o mínima exigência de retorno, já que o retorno é as “suas contribuições” no dia a dia, e que às vezes amparados pelo discurso de que estão classificados na “linha da pobreza” ou ainda que estão relacionados no “baixa renda”.

Não somos contra ao repasse ou transferência de renda, seja ela pelo Bolsa – Família ou no caso do atual o “Auxílio Emergencial”, devido à grande pandemia do COVID – 19 que assolou o mundo, o qual fez com que milhares, inclusive brasileiros perdessem seus empregos, ou foram impedidos de trabalhar (no caso dos informais) ou porque as próprias empresas foram obrigadas a fecharem suas portas. Mas sim, que houvesse um processo ou planejamento mais detalho sobre quem realmente teria direito sobre estes recursos, como falado anteriormente, sai do bolso dos contribuintes e das empresas através do pagamento de suas obrigações tributárias e afins.

No caso do Auxílio Emergencial, criado pela equipe econômica, votada e aprovada pela bicameralidade e sancionado pelo presidente da república, assistiu por vários meses do ano de 2020 mais de 65 milhões de brasileiros, nos diferentes lugares e que, de alguma forma acabou “beneficiando” quem não deveria, ou seja, muitos espertalhões, como sempre, “no jeitinho à brasileira”, se utilizando da grave situação de saúde e econômica, acabaram recebendo e deixando quem de direito a receber, não fosse contemplado. Mas urgia urgência para atender a população mais desassistida, o que possivelmente acabou por afrouxar um peneiramento maior sobre os quem deveriam receber.

É bem verdade, que muitos sem-noção, gostaria que o governo na sua “boa vontade” pudesse produzir papel – moeda, o que poderia em tese causar um grande desastre na economia, inclusive no que tange sobre o crescimento da inflação descontrolada, e consequentemente tornasse exorbitante os preços dos produtos e dos serviços em geral. Mas o governo não entrou nesta, inclusive, uma pauta camuflada puxada pelos notáveis deputados federais que não comungam nada do o atual governo. Ou seja, um deslize, possível impedimento, ou a derrocada de um projeto que se tenta conserta o grandioso Brasil das maldades cometidas anteriormente,

Em síntese, podemos dizer que, com o volume ou montante que foi transferido e ainda será transferido no ano de 2021, devemos ter certeza de duas coisas, que os contribuintes vão acabar pagando a conta e um conta alta; e segundo, que todo esse dinheiro deve ter uma origem, podemos acabar ficando sem investimentos em alguns campos extremamente essenciais, como educação, saúde e infraestrutura, Mas o tempo dirá; só não pode o governo federal entrar no flerte daqueles que não estão nem aí para o trabalhador, e muito menos para a economia, e pior, para o desenvolvimento do país neste momento tão conturbado e impreciso; pois amanhã poderá se arrepender amargamente.

 

[1] Professor e pedagogo (efetivo) da rede Pública de Ensino de Prainha – Pará

Mestrando em Educação (Formação de Professores) pela UNINI/FUNIBER - 2021