Jair Bolsonaro foi empossado como presidente do Brasil na terça-feira, assumindo as rédeas do Brasil. Com ele entram uma série de leis e o Brasil. Para o ex-capitão do exército e comandante da extrema-direita, a inauguração do Ano Novo foi a culminação da sua jornada, e o mesmo promete combater a corrupção, a violência e aumentar os empregos assim como dar um impulso à economia Brasileira. Fã fervoroso de Donald Trump, Bolsonaro chega até a ser chamado de Trump brasileiro.

Bolsonaro não se deu a moderações desde que foi eleito, tendo já sido condenado por posições homofóbicas, sexistas e até racistas, sendo que os seus comentários sobre o casamento ser apenas entre um homem e uma mulher levaram milhares de casais LGBT a procederem a casamentos em massa antes do dia 1 de Janeiro, devido ao medo de perderam os seus direitos recentemente adquiridos.

Surgem preocupações com as leis ambientais Brasileiras

Mas as preocupações não são apenas a nível dos seus comentários, mas também às leis que planeia implementar e que não tem o mínimo de respeito pelo Ambiente. A floresta amazónica sofre o risco de desflorestação devido a medidas implementadas que não protegem a mesma, e grande parte da floresta já foi desbastada em consequência da guerra comercial entre os EUA e a China. Como grandes taxas foram implementadas durante esta guerra comercial, deixaram de existir exportações entre os dois países, tendo a China enfrentado um deficite de produtos a base de soja, o Brasil teve de colmatar esta falta, tendo a floresta Amazonica, um dos pulmões do mundo, sofrido desbastação para se poder obter estes produtos.

No entanto não é so a floresta que se encontra em perigo, mas também os indígenas .A maior área de floresta Amazónica que se encontra sob controle indígena é o território Yanomami, que atravessa parte da fronteira brasileira com a Venezuela. É o lar de cerca de 32.000 Yanomami, incluindo alguns grupos que não estão contatados. Uma “epidemia” de garimpeiros invadiu ilegalmente o território para saquear suas riquezas, trazendo doenças e mortes à tribo.

A luta contra o crime

Bolsonaro também prometeu reformar o sistema de pensões do Brasil e privatizar várias empresas estatais, o que deu a ele amplo apoio entre os agentes financeiros. Na terça-feira, Bolsonaro reiterou seu compromisso com a luta contra o crime no pais em que mais de 63.000 pessoas foram mortas no ano passado.

Jair Bolsonaro pretende diminuir este número diminuindo as leis de controlo de armas, de modo a que os cidadãos possam tomar a proteção nas suas próprias mãos. Várias pessoas temem que esta atitude, de certa forma similar à que é praticada no momento nos estados Unidos, só deverá levar a um aumento da violência.

Bolsonaro afirmou que poderá em breve apresentar uma legislação que permita que a polícia seja julgada fora do sistema criminal. Grupos de direitos humanos temem que a defesa da violência policial possa proteger os policiais de investigações de má conduta e levar a mais execuções extrajudiciais.

Sete dos 22 ministros de Gabinete de Bolsonaro são ex-militares, mais do que em qualquer administração durante a ditadura brasileira de 1964-1985. Isso provocou temores entre seus adversários de um retorno ao regime, mas Bolsonaro insiste que respeitará a constituição do país, como prometeu sobre juramento quando aceitou a presidência.