Ontem (26/12/07) assisti no Jornal Nacional matéria sobre o processo de coleta e produção de biodiesel de óleo de cozinha usado em São Francisco/USA.

A estrutura apresentada é interessante e serve para algumas reflexões, principalmente dado o esforço em articular um processo que una o Estado de São Paulo e as grandes Usinas já instaladas, autorizadas e em operação.

Com relação ao 1o. setor já existe legislação versando sobre a coleta dessa matéria-prima.
Estamos em busca da articulação dos programas sociais do Estado com o processo de reciclagem em larga-escala. Principalmente dado o impacto do descate dessa matéria-prima na rede coletora de esgoto que não chega a ser aquele que é comumente divulgado, mas é uma despesa operacional significativa para a Sabesp, além, é claro das consequências para o nosso meio ambiente.

Com relação ao segundo setor temos, ao menos, três grandes plantas indústriais aptas a operar com essa matéria-prima. Todos já estam cientes das vantagens da sua utilização:
a) seja pelo aumento da margem de contribuição ou mesmo,
b) pela possibilidade de obtenção, no curto-prazo, de créditos de carbono.

Inclusive, já existe cotação diária para a tonelada de óleo de cozinha usado.

Falta apenas verficar a questão do ICMS que, para o sebo de boi, é diferido e nesse caso não.

Com relação ao terceiro setor, vale destacar a oportunidade em agregar valor ao processo de transformação da sociedade uma vez que aquilo que era lixo vira matéria-prima.
Em nosso Estado isso ganha grande relevância dado rápido processo de mecanização da colheita de cana.

Enfim, articular os três setores da economia para que nesse ano do PLANETA possamos fazer nossa lição de casa.
Um bom ano para todos.