BEM-TE-VI
Por Paulo Roberto Giesteira | 31/05/2016 | LiteraturaBEM-TE-VI
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Bem que te vi a passar por aqui,
Nas disputas de várias partidas aperfeiçoadas a ralis.
Pelas sombras das marquises, postes e pontes,
Ou de um pé de mangueira, amendoeira ou caqui.
A formação de quem pede pra seguir,
Ou a imploração pra pedir pra alguém sair.
Pela sonoridade de um canto endêmico pra namorar ou se divertir,
De um extrovertido bem-te-vi.
Bem-te-vi! Bem-te-vi! Bem-te-vi!
Acenos de quem quer cumprimentar ou se despedir,
Do tirar toda roupa a qualquer um a se despir.
Daquele que vai embora pela sua hora de sair,
Encobertando aquilo que esconde ao se vestir.
Naquele afável adeus daquele que convicto cisma de partir.
Voltando um dia em que há da saudade vir,
Trazendo a alegria pra tudo de perdido se redimir.
De uma infinita dor desaparecer por onde deva sumir.
Peixes nos rios ou nos mares como cardumes de corvinas, pescadas e tambaquis.
Pra quem Chega, ficar ou sai, ou de refúgio fugir.
Ao que vá contrair,
Costumes daquilo que isenta tudo da insistente dor,
Perfumes que florescem fragrâncias no seu perseguido ardor.
Dias divertidos que exclamam cada instantes a sua cor.
Delícias a apresentar o seu preferido sabor,
Por aquilo que está fechado esperando por algo pra se abrir.
Surpresas que estão por surgir.
No canto de um bem-te-vi.
Ou pelo bem que faz na imagem saliente que a intervir.
Passeios a passar por lá, acolá ou por aqui,
Canções elevadas de alguns pássaros como bem-te-vi.
Ou bem-te-vi! Bem-te-vi! Bem-te-vi!