Tente imaginar a cena de um lindo garanhão preto correndo livremente por campos verdes, com as crinas ao vento, rumando à liberdade tão sonhada de um cavalo selvagem. Seus cascos batem na terra molhada pelo orvalho de um amanhecer, dando a sensação do frescor de que um novo dia começou... Nada pode pará-lo. Então o homem entra em cena. O laça para mostrar sua “superioridade”, o derruba tentando mandar o recado subliminar: “sou eu que mando”, e na ignorância que gera o cativeiro, leva um animal puro e sem máculas a passar por uma vida de abusos físicos e psicológicos.

Quantos homens não agem dessa maneira, não somente com cavalos, mas com toda raça de animal que Deus colocou sobre essa Terra. O cuidado e zelo pelos bichos nunca foi um assunto tão discutido como atualmente. Denúncias frequentes são mostradas na mídia e agressores têm pagado o preço por seus abusos. Foi em uma sociedade muito diferente da que vivemos nos dias de hoje, a Londres de 1877, que a escritora Anna Sewell abordou o tema em seu livro “Beleza Negra”.

Beleza Negra era um cavalo de raça, que narra sua história através dos anos, passando por momentos felizes e desventuras. No decorrer de sua vida, chegou a ser abusado, mal tratado e espancado. A dor e o sentimento de Beleza Negra são expressos de forma a humanizar a obra da autora, mostrando que os animais não são meramente objetos de uso descartável.

Por ter conhecimento aprofundado sobre cavalos, Sewell descreve perfeitamente o que era a realidade de um garanhão no século XIX. A sociedade dependia dos trabalhos oferecidos pelo por esses animais de tração. Eles eram responsáveis pelo transporte de pessoas, de mercadorias, além de servir como entretenimento nas famosas corridas, onde muitos apostavam tudo que tinham.

A questão é que, para se ter o que era desejado, muitos homens não mediam as consequências no tratamento de seus animais. Trabalho excessivo, cargas acima da média, maus tratos e espancamentos faziam, e ainda fazem, parte da rotina de muitos cavalos. Sewell quis chamar a atenção para essa realidade em uma época onde a consciência não falava tão alto, o que mais gritava era o lucro.

“Beleza Negra” é uma mensagem universal pelo amor aos animais. Acima de qualquer outra vantagem que um animal possa oferecer, ele é um ser e merece respeito. Ao tratá-los com amor, eles não saberão devolver nada mais além de amor, sem cobranças e sem ressentimentos. A forma como eles veem a natureza humana ao seu redor, é a forma como reagirão aos estímulos deste mundo.

Foi com o intuito de disseminar essa mensagem que a Editora Dracaena lançará em março a segunda edição do livro “Beleza Negra”. O título é um dos maiores sucessos da editora, junto com outros livros de destaque, como “O Jardim Secreto” de Frances Hodgson Burnett , “O Chamado Selvagem” de Jack London e “O Lobo que mudou o mundo” de Ernest Thompson Seton.

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