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A doença causada pelo novo coronavírus, a temida Covid-19, tem crescido de maneira assustadora no mundo inteiro. Apesar das complicações em pessoas adultas serem bem mais graves, existem muitas crianças – inclusive bebês – que precisam de atenção especial; elas têm sido pouco afetadas pela doença, tanto em relação ao número de casos quanto em relação à gravidade dos mesmos.

Mas ressaltamos que nunca é demais reforçar os cuidados básico-necessários neste momento de pandemia: lavar as mãos e evitar contatos com familiares e amigos.

Apesar de relatos, como o do recém-nascido de 30 horas que adquiriu o vírus, são poucas as descrições de casos em pacientes tão jovens. Entretanto, não é possível concluir que as crianças estejam protegidas, logo é importante seguir as medidas de prevenção recomendadas por médicos e infectologistas para as infecções respiratórias.

A correta higienização dos “pequenos” deve ser feita sempre utilizando água e sabão – na ausência de uma pia, o álcool em gel também é indicado – constantemente e, principalmente, depois dos passeios, ao chegar em casa, antes de comer, ir ao banheiro e ao ter contato com animais domésticos.

Como em outras infecções respiratórias, exemplo a gripe comum, procure atendimento o quanto antes se você tiver agravamento dos sintomas e não entre em contato com outras pessoas para evitar a disseminação.

As gestantes, comumente, são mais suscetíveis a infecções respiratórias, como a causada pelo vírus influenza A (H1N1); contaminadas, podem desenvolver quadros mais graves da doença, com possíveis consequências para a saúde delas e também do bebê.

Aliás, uma grande preocupação de médicos e pesquisadores é descobrir se os bebês podem ser infectados dentro do útero, como ocorre em infecções por outros vírus, como o zika. Como as evidências disponíveis ainda são muito preliminares, há a ‘sugestão’ que o Sars-CoV-2 não é capaz de transpor a placenta e infectar o líquido amniótico.

Claro que novos trabalhos serão necessários para determinar melhor os impactos do atual vírus em fetos e em recém-nascidos, e, ainda, sobre as reais consequências em mulheres no início da gestação.

Ressaltamos que os bebês podem ser mais vulneráveis a infecções porque o sistema respiratório e outras funções fisiológicas se desenvolvem muito rapidamente nesta faixa etária.      

Como não há um tratamento específico para a Covid, repouso e manter a hidratação de crianças e bebês são importantes. Sob orientação médica, o uso de medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos) e uso de umidificador no quarto e/ou oferecer banho quente auxilia no alívio da dor de garganta e tosse.

Recomendações aos adultos em contato, principalmente, com bebês: evitar beijos, abraços, lavar as mãos, usar álcool gel, não compartilhar objetos de uso pessoal... Os pais devem proibir o contato do bebê com pessoas que apresentem sintomas.

Uma dieta saudável e equilibrada ajuda o sistema imunológico a funcionar melhor. No caso específico de crianças, peça conselhos ao pediatra que a conhece sobre a conveniência da suplementação alimentar.

Bom, agora que você já sabe como se prevenir do coronavírus, aplique as ações de prevenção na sua rotina e da sua família.

 

(*)Clarice Rodrigues Santana, Débora Aparecida Santos França, Kédma Macêdo Mendonça e Sibele Silva Leal Rodrigues, pedagogas, são professoras da rede municipal em Rondonópolis-MT.