O Esporte é um ícone cultural importante e significativo que é expresso através do movimento corporal humano. A iniciação esportiva atua de forma íntegra no desenvolvimento físico, motor cognitivo de uma criança, e é de extrema importância por influenciar em sua formação, conhecimento e educação. No entanto, além de todas as vantagens desse ensino-aprendizagem, ainda há uma diversidade de malefícios que podem abalar e frustrar a criança. Neste âmbito, o papel não só do treinador como também dos pais é muito significativo para que o atleta alcance seu sucesso de forma correta e saudável.

De acordo com Vieira e Freitas:

O basquete é uma modalidade esportiva que surgiu há pouco mais de cem anos nos Estados Unidos e que contagiou o mundo num curto período de tempo. Logo depois de ser criado, chegou ao Brasil, onde foi adotado com grande simpatia. Hoje em dia, a batida da bola de basquete nas quadras de escolas, parques e clubes alimenta o sonho de muitos jovens brasileiros que planejam um dia participar dos Jogos Olímpicos ou Pan-americanos, fazendo história como o maior cestinha brasileiro de todos os tempos, Oscar Schimidt (VIEIRA; FREITAS, 2006, p.10).

 Para Gonçalves. et.al.:

O basquete tem uma relevância na construção e na vida social da criança, já que a realização de exercícios físicos não só aprimora a aptidão física como também auxilia no comportamento e saúde. Os esportes coletivos, um exemplo o basquetebol, induz a criança desde cedo a conviver, a trabalhar, a cooperar e a respeitar outras pessoas (convívio em sociedade) fora do laço familiar. (GONÇALVES, et.al., 2010, p.12).

As características, regras e fundamentos devem ser apresentados ao iniciante de modo fácil e compreensível de acordo com a capacidade da criança. Sendo assim, o professor dessa modalidade deve estar a parte e respeitar todo o processo de fases de desenvolvimento motor e psicológico. Assim sendo, a criança deve aproveitar o desporto se sentindo bem e confortável, alternando aspectos lúdicos, motores, psicomotores, técnicos e táticos (NOVIKOFF; COSTA; TRIANI, 2012).

 

 

Segundo Gonçalves, et.al.

É evidente que a iniciação esportiva no basquetebol deve ter como objetivo geral e principal o desenvolvimento integral do ser humano. Portanto, promover a relação entre ensino e aprendizagem de conteúdos técnicos e táticos, por meio de estratégias e recursos metodológicos, entre outros jogos, exercícios e brincadeiras, mas, sobretudo, deverá ensinar, na essência da proposta, princípios visando trabalhar com os alunos valores e modos do comportamento infantil. (GONÇALVES, et.al., 2010).

Apesar de todas as vantagens e valores proporcionados pelo esporte, há os malefícios e equívocos que fazem mal à criança, como por exemplo, a especialização precoce que é desenvolvida antes da puberdade e caracteriza-se por treinamentos planejados e nível competitivo que não é compatível a determinada idade. A iniciação tardia da modalidade, esgotamento prematuro da capacidade de rendimento, obrigação de alcançar resultados positivos, grande riscos de lesões, mentalidade competitiva de adultos e cobrança por resultados, tensão, entre outros (NOVIKOFF; COSTA; TRIANI, 2012).

A influência dos pais e do técnico deve ser positiva, juntamente com a conduta correta de sempre apoiar a criança em momentos de pressão psicológica independente de resultados, transmitir segurança e expressar sentimentos enquanto pessoa e não apenas como atleta competitivo, dessa maneira respeitando os limites e as fases de desenvolvimento da criança.

Para Vieira e Freitas:

Como um jogo aparentemente simples e de fácil assimilação, o basquete tem uma espécie de ponto central, representado pela cesta. Isto é, pelo arremesso da bola-ao-cesto e a marcação de pontos que decorre daí. O jogo de basquete prevê a disputa em quadra entre duas equipes, cada uma delas com cinco jogadores. O time que, no tempo de jogo, fizer mais pontos no campo adversário sai vitorioso. (VIEIRA; FREITAS, 2006, p.13).

Na contemporaneidade, o desporto caracteriza-se pela coletividade, pela oposição de duas equipes que disputam uma partida em quatro tempos de dez minutos, dentro de um campo de jogo de 420 m2, onde os movimentos apresentam-se, em sua maioria, com características intermitentes, e onde os fundamentos técnicos são os elementos que viabilizam o jogo, por apoiar à tática, e podem ser resumidos na execução dos gestos específicos, tratando-se dos processos afetos ao “como fazer”, e dependem de uma série de capacidades individuais dos praticantes, tais como as valências físicas e as habilidades motoras, gerais e específicas, envolvidas, além de aspectos cognitivos, para que os mesmo sejam apreendidos e propiciem o desenrolar do jogo.

Os fundamentos básicos do Basquetebol, são: o passe de peito; o passe de peito picado; os passes de ombro (direito e esquerdo); o passe sobre a cabeça; os passes em profundidade (direito e esquerdo); os dribles (como o giro, o drible por trás do corpo e o drible entre as pernas); as bandejas (direita e esquerda) e os arremessos (de curta, média e longas distâncias).

  Os passes do Basquetebol se constituem na metodologia de envio da bola aos companheiros, na intenção de permitir a continuidade do jogo. Dividem-se em três tipos básicos: os de curta, os de média e o de longas distâncias

O passe de peito é executado inicialmente estabelecendo o pé de apoio que deverá vir a frente e o outro pé atrás mantendo uma distância dos membros inferiores. Em seguida, segura-se a bola, sempre com as duas mãos espalmadas nas suas laterais, na altura do peito e com os cotovelos fechados. O tronco deve ser projetado para frente no momento do passe sem que o pé de apoio saia do chão. E por fim, estendem-se os cotovelos, girando as palmas da mão para fora, lançando a bola à altura do peito do companheiro.

Variação do passe de peito, mas que se configura numa opção mais lenta. Fato que deve ser observado, para que a sua utilização não resulte em ineficiência e possibilidades de interceptação dos passes pelos adversários, no momento de uma partida”.

No passe sobre a cabeça, “o aprendiz deve, antes de projetar o tronco à frente, elevar a bola sobre a cabeça, de maneira que ela nunca fique atrás dela, e assim seja “roubada” por um adversário durante uma partida; mantendo os cotovelos apontados para frente, com os braços paralelos com a linha do solo, e, a partir disto, dar um passo à frente, trocando sua base, sem retirar o seu pé de apoio do solo”.

No passe de ombro, “antes de projetar o tronco à frente, elevar a bola sobre um dos ombros, dependendo do lado a ser executado, posicionando a “mão de gatilho” atrás da bola e a outra mão na lateral interna da bola, na intenção apoiá-la, e, portanto, chamada de “mão de apoio”.

O passe em profundidade é: “Passe de longo alcance e de pouca precisão. Utilizado, sempre, que se deseja cobrir uma grande distância dentro da quadra, a exemplo de um contra-ataque, onde se faz necessário que o passe seja feito de um garrafão ao outro.”

“Driblar” é o ato de conduzir a bola, que no Basquete, se faz necessário quicá-la junto ao solo, quando se deseja locomover-se de um ponto a outro dentro da quadra. Aqui dividido em: drible entre as pernas; drible por trás do corpo; giro

As bandejas constituem o único fundamento onde é permitido que o praticante possa “locomover-se” em posse da bola, sem ter que quicá-la no solo. Obviamente que apenas em casos especiais, a exemplo de quando o jogador já está em progressão prévia, onde ele tem por direito em empunhar a bola e executar até “dois passos” rítmicos para fazer a aproximação à cesta.

Após estas duas passadas rítmicas, o jogador fica obrigado a arremessar ou a passá-la para outro companheiro. Dividida em “bandeja direita” e” bandeja esquerda”, em razão do lado da quadra e do garrafão, onde se dá a aproximação da cesta.”

O arremesso é o fundamento técnico onde o praticante, intencionalmente, tenta marcar um ponto durante a partida; e pode ser dividido em arremessos de curtas distâncias, geralmente aqueles próximos ou dentro do garrafão; arremessos de médias distâncias, aqueles fora das linhas restritivas, mas, ainda dentro da zona de dois pontos; e arremessos de longas distâncias, realizados após a linha de três pontos; e o lance-livre, que tem por particularidade ser realizado após a equipe adversária ser penalizada por alguma infração à regra, onde o executante tem a permissão de realizar a cobrança de lances consecutivos, sem marcação ou a possibilidade de interceptação. Realizado na linha de lances.