AVALIAÇÃO PLANIFICADA, APRENDIZAGEM REFLETIDA: ANATOMIA DO CONHECIMENTO  

Faustino Moma Tchipesse 

RESUMO: O tema avaliação é, possivelmente, a expressão mais genuína da busca incessante de aprendizagem nos diversos níveis escolares. Não se trata de desafios académicos apenas, mas também de esforço natural dos profissionais da educação em estabelecer de forma autentica um novo cenário em que aprendizagem, desempenho e avaliação se concatenam cientificamente em qualquer contexto da vivencia do professor e do aluno. Avaliar vem do latim (a + valere= atribuir valor e mérito ao objecto em estudo). Os laços conceituais entre ensino, aprendizagem e avaliação vem sendo estreitados desde sempre, no sentido de tornar esses elementos pedagógicos parceiros inestimáveis e inseparáveis no processo de transmissão dos sabres novo e renovados nos ideias de uma pedagogia de esperança. A avaliação é necessária para que possamos reflectir, questionar e transformar as nossas acções. Os aspectos fundamentais relacionados com a avaliação são: Objectos, formas, funções, etapas, instrumentos e efeitos (psicológicos, administrativos e didácticos). Numa visão holística da avaliação ela sempre foi: Produto da experiencia do quotidiano;Um conceito polissémico;Uma acção transversal;Utiliza-se nos mais diversos campos.A contribuição que pretende ofertar com este artigo baseia-se, e especial, em experiencias vivenciadas pelo autor e em particular reflectir sobre as alterações que o sistema de avaliação das aprendizagens teve nos dois anos. Concebemos a avaliação como acção imprescindível em qualquer momento da vida do ser humano. Dessa forma, ela se põe com naturalidade a serviço da educação, aproximando experiencias de aprendizagem, desenvolvimento humano, melhoria da qualidade de vida, bem-querer, elevação de auto-estima e valorização de iniciativas entre as pessoas. Entende-se que a avaliação assim concebida possa ser melhor colocada a publico e aceita como parte indispensável em qualquer processo de aprendizagem.

Palavras chave: Ensino. Avaliação.planificação. motivação. Aprendizagem.

1.1 Funções da avaliação a) Tradicional (quando esta ligado aos princípios das massificação). Ela pode ser:  Classificatória  Certificação  Selecção b) Clássica (quando serve-se dos fins sociais c) Diagnostica; d) Verificação; e) Apreciação Etapas da avaliação. As principais fases da avaliação são:  Fase da Planificação: Esta é uma condição necessária para que a avaliação esteja integra no processo de ensino e aprendizagem. Todavia, é preciso ter em consideração os seguintes aspectos: o que avaliar? Para isso é fundamental: (i) levar em consideração os objectivos da avaliação; (ii) relevar os objectivos transversais; (iii) avaliar com maior preciosidade. Sendo assim, os objectivos formulados nos ajudaram a escolher os instrumentos mais adequados para o tipo de avaliação que pretendemos. Nestes termos os professores devem responder as seguintes perguntas na fase da planificação: a) O que e para que avaliar? b) Quando avaliar? c) Como avaliar? d) Como avaliar (instrumentos de avaliação?  Fase da Obtenção de informação. Esta etapa deve obedecer os seguintes procedimentos: (i) definição dos instrumentos de avaliação; (ii) Diversificação de tais instrumentos;  Formulação de juízo de valor: este diz respeito: a motivação; selecção dos métodos; busca pelo interesse da disciplina; reflectir sobre as possíveis dificuldades que os alunos têm da disciplina.  Fase da Tomada de decisão: Esta etapa requer ter em conta (as dimensões didácticas, administrativas, curriculares e financeiras). Características globais da avaliação.  Democraticidade  O serviço dos protagonistas;  A negociação  Exercício transparente  Processual, contínuo e integrado;  Formativo, motivadora e orientadora;  Aplicação de tácticas de triangulação. Correntes da avaliação. As principais correntes da avaliação são:  Positivista ou experimental. É aquele que só baseia naquilo que se observa, tem a função de verificar apenas os objectivos se foram ou não alcançados.  Pragmática da qualidade. É subjectiva. Não se deixa influenciar pelo programa. Acentua a complexidade do acto educativo e a sua singularidade.  Construtivista. Consiste em medir até que ponto os objectivos do programa foram alcançados. Não podemos ignorar a realidade do objecto de avaliação nem a subjectividade do sujeito a ser avaliado. A avaliação é um processo que consiste em ajudar alguém a enxergar mais claramente o que esta tentando fazendo. É a tomada de decisão e de diagnóstico quando se trata de desvios verificados tanto no currículo do curso quanto no próprio sistema escolar. [...]