ARIENE DE SOUZA SANTOS

BIANCA CANELOI DE OLIVEIRA

ELINÉIA AP. DOS SANTOS C. DA SILVA

AVALIAÇÃO FUNCIONAL DO IDOSO PORTADOR DA DOENÇA DE ALZHEIMER: Revisão da Literatura

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da Universidade Paulista - Santos, como requisito para obtenção do grau de Enfermeiro.

Orientador(a): Profª.Denise Filomena Rodrigues de Brito

UNIVERSIDADE PAULISTA

Santos (SP), 2008


 

Dedicatória

Dedico este trabalho a Deus, pois sem Ele nada disso seria possível e a Nossa Senhora Aparecida minha Mãe Celestial. Dedico também à minha Mãe que é uma pessoa maravilhosa e que sempre está ao meu lado, a Alicia Eduarda que é o grande presente que o Senhor nos deu pela compreensão do nosso distanciamento, aos meus irmãos pelo nosso companheirismo, aos amigos que sempre possível estão presentes e a todas as pessoas que me ajudaram de forma direta ou indiretamente para a realização desse sonho.

Muito obrigada.

Ariene de Souza Santos

Dedicatória

Força, incentivo, amor, luta, entusiasmo e apoio foram fatores que me ajudaram nos desafios de minha formação. Deus, minha família e meus amigos foram as principais fontes de tantas conquistas, sem os quais não teria conseguido. Por isso dedico este trabalho a todos vocês que foram importantes no sucesso da conclusão de meu curso.

Bianca Caneloi de Oliveira

Dedicatória

Dedico especialmente

aos meus filhos Fábio e Evelyn,ao meu marido Fabiano ao meus paisEdimeires e Edson, ao meu irmão Everson,a minha cunhada Scheila, minha tia Claudinha e a minha tia Luci que colaboraram todos os dias

nos desafios de minha formação.

Muitíssimo obrigada pela realização desse sonho.

Elinéia Ap. dos Santos C. da Silva

Agradecimentos

Primeiramente a Deus, pois nos concedeua sabedoria, força e perseverança necessárias

para a conclusão deste curso.

À Virgem Maria que nos protege e ilumina.

Aos nossos familiares, que contribuíram com incentivo e apoio, entendendo a nossa ausência.

Aos nossos chefes pela flexibilidade.

Aos enfermeiros Marcílio, Elaine e Ana (anestesia).

Aos amigos que nos ajudaram direta e indiretamente.

Aos queridos professores Ana Lúcia de Mathia,Tatiana, Denise Tanaka, Berenice Nunes,Juvenal,Lourdes que nos transmitiram o melhor do seu conhecimento.

Ao Dr. Marco Antônio Monteiro Antonelli por sua atenção e fundamental colaboração.

A orientadora Denise Filomena Rodrigues de Brito, imprescindível ao sucesso de nosso trabalho.

Epígrafe

"Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já abracei pra proteger,
já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos, amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
já liguei só pra escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial
(e acabei perdendo)!
Mas vivi! E ainda vivo!
Não passo pela vida... e você também não deveria

passar. Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é MUITO para ser insignificante".
[Charles Chaplin]

 

LISTA DE ABREVIATURAS

AVD – Atividades de Vida Diária

AIVD – Atividades Instrumentais de Vida Diária

BOAS – Brazil Old Age Schedule

CDR – Clinical Dementia Rating

DA – Doença de Alzheimer

EDG – Escala de Depressão Geriátrica

ILP – Instituição de Longa Permanência

MEEM – Mini Exame de Estado Mental

RMI – Rivermead Mobility Index

TUG – Timed Up And Go


RESUMO

Com o crescimento da população idosa, a Doença de Alzheimer (DA), a exemplo de outras doenças crônico-degenerativas, é a que mais acomete os idosos, tornando-os incapacitados para a realização das atividades básicas da vida diária (AVD), constituindo assim uma problemática de saúde pública em todo o mundo. O presente estudo teve por objetivo identificar, a partir de levantamento bibliográfico, as necessidades dos idosos portadores de DA na realização das AVD, em relação ao seu estado funcional e cognitivo. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de artigos indexados na base eletrônica de dados www.bireme.br, no período de 2002 a 2008, utilizando os descritores: idoso, enfermagem, Alzheimer, demência senil, cuidados de enfermagem e atividades de vida diária. Foram selecionados 10 artigos, dentre os quais utilizaram como métodos de avaliação de estado cognitivo o Mini Exame de estado Mental (60%), Brazil Old Age Schedule (10%) e o Clinical Dementia Rating (10%), e para a capacidade funcional as escalas de Barthel (20%), Lawton (20%) e o índice de Katz (30%), entre outros testes de mobilidade perfazendo 20% da pesquisa. Neste estudo bibliográfico considerou-se que as aplicações desses instrumentos junto com uma abordagem preventiva poderiam ser úteis para detectar os problemas dos idosos portadores de DA individualmente, diminuindo assim possíveis incapacidades. Palavras-chave: 1. idoso 2. enfermagem 3. Alzheimer 4. demência senil 5. cuidados de enfermagem 6. atividades de vida diária. ABSTRACT With the growth of the elderly population, the Alzheimer's disease (AD), like other chronic degenerative diseases, is that most affects the elderly, making them unable to perform the basic activities of daily living (ADL), constituting as a public health problem worldwide. This study aimed to identify, from a bibliographic survey, the needs of elderly people with DA in the performance of ADL, in relation to their functional status and cognitive impairment. This is a literature search of articles indexed in electronic data base www.bireme.br in the period from 2002 to 2008, using the key words: elderly, nursing, and Alzheimer's disease, senile dementia, care nursing and daily activities. We selected 10 articles, among them used as methods of evaluation of cognitive status of the Mini Mental State Examination (60%), Brazil Old Age Schedule (10%) and the Clinical Dementia Rating (10%), and for the functional capacity scales of Barthel (20%), Lawton (20%) and the index of Katz (30%), among other tests of mobility up 20% of the search. In this study bibliographic it was considered that the applications of these instruments along with a preventive approach could be useful to detect the problems of elderly people with DA individually, thus reducing possible disabilities. Key words: aged, nursing, and Alzheimer's disease, senile dementia, nursing care, activities of daily living.
 

1 – INTRODUÇÃO

1.1 – O tema em estudo

O tema proposto para o presente Trabalho de Conclusão de Curso é a Avaliação Funcional do idoso portador da Doença de Alzheimer (DA).

As avaliações cognitivas realizadas em pacientes idosos demonstram que a senilidade, com ou sem demência, produz alterações cognitivas, especialmente de memória de fixação que determina perda na capacidade executiva. Esta situação gera, em grau variável, dependência do sujeito a um terceiro, nomeado cuidador. As escalas de avaliação costumam ordenar a observação do comprometimento da capacidade de cuidar de si mesmo e de executar tarefas cotidianas. Há evidente intenção de hierarquizar como mais grave a perda da capacidade de se auto-cuidar. O cruzamento dos resultados destas escalas funcionais com avaliações minuciosas da capacidade cognitiva pode indicar que a dependência pode ser mais bem caracterizada cognitivamente. Assim sendo teremos, supostamente, duas categorias distintivas: um grupo como perda da capacidade de se cuidar, mas com preservação cognitiva, e outro grupo com perda da capacidade de se cuidar e com deterioração da capacidade cognitiva. Este exercício de categorização permite hipotetizar uma diferença qualitativa entre aqueles que se mostram dependentes de um terceiro. Supostamente a dependência no primeiro grupo preserva pontos essenciais na autonomia, ou seja, capacidade de falar, pensar e se responsabilizar pelos seus atos entendidos aqui como expressão de desejo e não como ação motora. Atribuímos, assim, para a noção de autonomia uma maior aptidão cognitiva do que motora, e deixamos para a dependência, a noção de perda da capacidade motora, ainda que em extremos elas possam figurar como sinônimos. (1)

Nestes termos sustenta-se que autonomia pode ser incluída no eixo dependência/ independência. Quanto maior for o grau de independência maior a probabilidade de autonomia, mas, em condições de dependência parcial, o sujeito ainda assim pode ter sua autonomia preservada dependendo dos arranjos sociais que ele for capaz de fazer. O paradoxo dependência/ autonomia não deve ser considerado, a princípio, como contradição; e sim, como oposição não excludente. Arranjos sociais no contexto dos contratos sociais podem viabilizar aumento da qualidade de vida e conseqüente aumento da autonomia. (1)

1.2 – Justificativa

A escolha deste tema teve como foco identificar as necessidades dos idosos portadores de DA através da análise de estudos que utilizaram as escalas funcionais e avaliações da capacidade cognitiva, permitindo assim, melhor compreensão dos fatores que comprometem a autonomia dos idosos na realização das AVD.

1.3 – Problema / Hipóteses

Embora existam trabalhos referentes ao tema, existe um déficit nas pesquisas de enfermagem voltadas aos idosos portadores de DA, assim como na adaptação de estudos como um plano de sistemática de prevenção e intervenções para esses idosos. Nesse caso tem-se a seguinte questão: A abordagem preventiva contribui para redução de incidência de incapacidade funcional do idoso portador de DA?

A hipótese é que a avaliação funcional do idoso associada à abordagem preventiva minimiza a incapacidade funcional do portador de DA.

1.4 -Revisão da literatura

1.4.1 – Doença de Alzheimer

A DA é uma alteração neurológica de processo degenerativo, que produz atrofia progressiva com perdas de células do córtex cerebral, hipocampo, estruturas subcorticais e uma deficiência múltipla de neurotransmissores. É caracterizada pela perda inexorável da função cognitiva, bem como distúrbios afetivos e comportamentais, comprometendo a independência do paciente. Nos casos mais avançados o indivíduo pode perder completamente a autonomia, tornando-se dependente de um cuidador.(2,3)

A identificação dos fatores de risco, bem como preventivos na DA são de fundamental importância nas futuras intervenções, vez que algumas situações são passíveis de modificações. (4,5)

Além disso, o reconhecimento de tais fatores poderá fornecer importantes elementos para o entendimento da fisiopatologia da DA.

São fatores de risco comprovados por estudos epidemiológicos: idade, história familiar positiva e síndrome de Down.(4)

1.4.2 – Diagnóstico

O diagnóstico é clínico, podendo ser definitivo através de biópsia do tecido celular, o que usualmente não é feito, sendo, realizado com base na história, exames físicos, exames por imagens e exclusão de várias outras causas de manifestações mentais e similares. (3)

A depressão e o delírio consubstanciam parte do diagnóstico, pois a depressão se apresenta como distúrbio do humor caracterizado pela diminuição de interesses, falta de prazer nas atividades diárias e pensamentos de morte. O delírio se apresenta com pensamentos desordenados, nível reduzido de consciência, distúrbio do ciclo do sono e do nível de atividade psicomotora, o início do delírio é rápido e a duração é breve.(3)

1.4.3 – Estágios da DA, com os respectivos graus de incapacidades possíveis

A DA é a causa mais freqüente de demência (cerca de 60% dos casos). Os sintomas geralmente iniciam-se após os 65 anos de idade, afetando de 2 a 5,8% desses indivíduos. Nos primeiros estágios da doença o paciente demonstra dificuldade de raciocínio, pequenos esquecimentos, confusão e dificuldade para a realização das AVD. (1,6)

Nas Instituições de Longa Permanência (ILP) a dependência física é muitas vezes estimulada, pois os próprios funcionários preferem ajudar os idosos nas suas atividades, quando esses apresentam inabilidade para executar tarefas simples, embora não sejam incapazes de realizá-las. (7)

A avaliação funcional pode ser definida como uma tentativa sistematizada de medir, de forma objetiva, os níveis nos quais uma pessoa é capaz de desempenhar determinadas atividades ou funções em diferentes áreas, utilizando-se de habilidades diversas para a elaboração das tarefas da vida cotidiana, realização de interações sociais, atividades de lazer e outros comportamentos exigidos em seu dia-a-dia. De forma geral, representa uma maneira de medir se uma pessoa é ou não capaz de, independentemente, desempenhar as atividades necessárias para cuidar de si mesma e de seu entorno e, caso não seja, verificar se essa necessidade de ajuda é parcial (em maior ou menor grau) ou total.(7)

A DA pode ser dividida em três estágios de acordo com o seu comprometimento e a gravidade dos sintomas:

- Estágio inicial: é caracterizado por sintomas vagos e difusos, que se desenvolvem insidiosamente. O comprometimento da memória é, em geral, o sintoma mais preeminente e precoce. Em um número variável de casos, indivíduos com demência podem também se apresentar, no início, com perda de concentração, desatenção, depressão ou mesmo agitação e hiperatividade. Existe freqüente dificuldade no trabalho, para lidar com situações complexas e para o aprendizado de novos fatos. Usualmente perdem objetos pessoais, tais como chaves e carteiras, e se esquecem dos alimentos em preparo no fogão. Os problemas espaciais e de percepção podem manifestar-se por dificuldades de reconhecer faces e locais familiares. Há desorientação progressiva em relação à tempo e espaço.(4)

- Estágio intermediário: o paciente encontra-se completamente incapaz de aprender e lembrar de informações novas. Os pacientes se perdem freqüentemente a ponto de não conseguirem encontrar seu próprio quarto ou banheiro,precisando assim de auxílio para poder realizar AVD como tomarbanho, ir ao banheiro e se alimentar.(3)

- Estágio grave ou terminal: o paciente encontra-se incapaz de andar, incapaz de desempenhar qualquer AVD, podendo até apresentar dificuldade de deglutição precisando assim fazer uso de sonda nasogástrica para se alimentar. Apresentam risco de desenvolver pneumonia, desnutrição e úlcera de pressão. Eles são totalmente dependentes da família ou de uma instituição assistencial de longa permanência.Apresentam–se em alguns momentos com silêncio profundo. Perdem totalmente a memória remota e presente. Apresentam dificuldade de descrever qualquer sintoma que possam sentir. Como não apresentam febre ou resposta leucócita à infecção, fica difícil para o médico diagnosticar a doença, devendo assim usar sua experiência e perspicácia. A doença tem uma evolução gradual, e não rápida ou fulminante.(3)

Uma forma de procurar quantificar a autonomia é avaliar índices de qualidade de vida de um indivíduo. Esta qualidade de vida pode ser indicada pela capacidade que o idoso tem de desempenhar as funções necessárias à manutenção da sua vida diária e prática, de modo a torná-lo independente dentro do seu contexto socioeconômico e cultural. As escalas funcionais e cognitivas nos fornecem tais dados.(1)

1.4.4 – Tratamento farmacológico

Não existe cura para a DA mas as drogas disponíveis retardam ou estabilizam sua evolução, com diferentes resultados para cada paciente.(5)

As terapias com inibidores colinesterase podem ajudar a melhorar os déficits de memória como galantamina, aumentando assim a função colinérgica através da inibição reversível da colinesterase, tendo como efeito terapêutico à diminuição temporária da demência associada com a DA.(3,8,9)

Outro tratamento eficaz é a terapia com cloridrato de memantina antagonista do receptor N-Metil-D-Aspartato (NMDA) que ajuda a melhorar a memória e a capacidade de aprendizado dos pacientes com DA moderada a grave. Já a galantamina, rivastigmina, tacrina e donepezil que são inibidores da colinesterase facilitam a neurotransmissão colinérgica pela diminuição da degradação da acetilcolina liberada por neurônios colinérgicos funcionalmente intactos, tento como efeitoterapêutico à diminuição temporáriada demência associada com a DA.(3,6,8,9)

1.4.5 – Epidemiologia

A incidência e a prevalência das demências aumentam exponencialmente com a idade, dobrando, aproximadamente, a cada 5,1 anos, a partir dos 60 anos de idade. Após os 64 anos de idade, a prevalência é de cerca de 5 a 10%, e a incidência anual é de cerca de 1 a 2%, passando, após os 75 anos de idade, para 15 a 20% e 2 a 4%, respectivamente.(4)

Apesar das taxas de incidência idades-relacionadas terem permanecido constantes desde a metade do século XX, tem–se observado um aumento expressivo da prevalência das demências nas diversas faixas etárias.(3)

A DA é reconhecida, a exemplo de outras demências, como um importante problema de saúde pública em todo o mundo, uma vez que a população do planeta está envelhecendo.(4,6)

Atualmente, em todo o mundo, estima-se que supere 15 milhões o número de indivíduos acometidos pela DA representando 70% do conjunto de doenças que afetam a população idosa, sendo considerada a terceira causade morte nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos esses idosos chegam a 4 milhões e é representada como a quarta causa de óbito na faixa etária compreendida entre 75 e 84 anos de idade, e a terceira maior causa isolada de incapacidade e mortalidade.(4,5)

No Brasil, não há dados precisos, mas estima-se que a doença atinja por volta de meio milhão de idosos, isto é, aproximadamente 6% segundo o Ministério da Saúde (MS).(4,5)

1.4.6 – Assistência de enfermagem ao idoso portador de DA

A DA tem como base a presença de declínio da memória e de outras funções cognitivas, que prejudicam o paciente em suas AVD e em seu desempenho social e ocupacional, levando assim à institucionalização. (9)

Estimular a atenção em si mesmo é uma das metas para preservar a cognição. Esta atenção engloba as atividades de alimentação, higiene pessoal, vestir-se, urinar e defecar sozinho sempre que possível.(9)

Deve-se favorecer sempre a autonomia, condutas treinadas e orientadas, evitar o paternalismo sem deixar de estar atento às dificuldades. Manter um nível continuado e satisfatório de estimulação com músicas, notícias, jornais, revistas, solicitações, tarefas, afazeres, etc., visando não acentuar a deterioração cognitiva e desorientação por desinteresse, apatia e conformismo. Estimular a memória é uma dessas atividades. (3)

O sedentarismo prolongado prejudica a qualidade de vida, conseqüentemente levando a uma diminuição gradativa de aptidão física.Deste modo, a atividade física, ajuda no controle da depressão melhorando, sobretudo o relacionamento interpessoal, proporcionando sensação de bem estar, elevando a auto-estima através da superação de pequenos desafios.(3)

Assim como a incidência de diversas doenças ocorre comumente entre idosos sedentários, a atividade física melhora eficazmente sua saúde. (10)

A assistência de enfermagem ao idoso portador da DA necessita de uma avaliação holística, envolvendo equipe multidisciplinar, família e cuidador para desenvolver o cuidado adequado ao paciente, detectando complicações precocemente. Necessário ainda, levar em consideração as dificuldades físicas, psíquicas e ambientais do idoso de maneira individualizada, devendo a avaliação funcional do idoso fazer parte da sistematização de Enfermagem.(11)

Segundo Levine apud Dondeo, Poletti, Pereira e Ferreira que propõe uma intervenção de enfermagem humanizada, caracterizando o homem como um todo dinâmico e em constante interação com o ambiente, a partir do princípio de conservação de energia e da integridade estrutural, pessoal e social do paciente, é falha a assistência de enfermagem que não inclui família e amigos do paciente.(12)

2 - OBJETIVOS

Identificar, a partir de revisão de literatura, as necessidades dos idosos portadores de DA na realização das AVD, relativamente à seu estado funcional e cognitivo.

3 – MATERIAL E MÉTODOS

Este é um estudo descritivo, com revisão da literatura de artigos indexados nas bases eletrônicas de dados LILACS e SCIELO, no período de 2002 a 2008, presente no site: www.bireme.br.

Utilizou-se a terminologia em saúde consultada nos descritores em Ciência da Saúde (DeCS/ Bireme), que identificou os descritores: idoso, enfermagem, Alzheimer, demência senil, cuidados de enfermagem e atividades de vida diária. A busca ocorreu no mês de setembro de 2008, sendo critérios para inclusão: artigos em português, cujo objetivo era avaliar a capacidade funcional e/ou estado cognitivo de idosos com idade superior a 60 anos. Foram critérios de exclusão, artigos que utilizaram como método de estudo revisão teórica. Entre trinta artigos achados, somente dez foram selecionados por aplicarem os instrumentos de avaliação da capacidade funcional e/ou estado cognitivo.

4 – RESULTADOS E DISCUSSÃO

Entre os diversos estudos, pesquisadores sugerem a combinação de uma escala funcional, para avaliar a capacidade de realizar as AVD e um teste cognitivo em idosos com suspeita de síndrome demencial.

Quadro 1: Banco de dados, autores, título, ano e descritores

Banco de dados

Autores

Título

Ano

Descritores

LILACS

Converso e Iartelli(13)

Caracterização e análise do estado mental e funcional de idosos institucionalizados em Instituições públicas de longa permanência

2007

Idoso, demência, MEEM.

LILACS

Souza, Falcão, Leal e Marino(14)

Avaliação de desempenho cognitivo em idosos?

2007

Envelhecimento, terapia cognitiva, transtornos cognitivos, estudos epidemiológicos.

LILACS

Carvalho e Coutinho(15)

Demência como fator de risco para fraturas graves em idosos

2002

Fraturas, prevenção, acidentes por quedas, demência, saúde do idoso, fatores de risco, saúde mental, estudos de casos e controles.

LILACS

Oliveira, Goretti e Pereira(16)

O desempenho de idosos institucionalizados com alterações cognitivas em atividades de vida diária e mobilidade.

2006

Idosos, alteração cognitiva, mobilidade, AVD.

LILACS

Junior e Mendes(17)

Incontinência urinária entre idosos institucionalizados

2007

Incontinência urinária, saúde do idoso, avaliação geriátrica, mobilidade, função cognitiva, fatores de risco.

LILACS

Araújo e Ceolim(18)

Avaliação do grau de independência de idosos residentes em instituições de longa permanência

2007

Saúde do idoso, instituição de longa permanência para idosos, atividades cotidianas, avaliação geriátrica.

LILACS

Bottino, Carvalho, Alvarez, Avila, Zukauskas, Bustamante, et al(19)

Reabilitação cognitiva em pacientes com doença de Alzheimer – Relato de trabalho em equipe multidisciplinar.

2002

Demência, doença de Alzheimer, inibidor da acetilcolinesterase, reabilitação cognitiva, atividades de vida diária, cuidadores.

LILACS

Rosa, Benicio, Latorre e Ramos(20)

Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos

2003

Idoso, envelhecimento, fisiologia, aptidão física, atividades cotidianas, saúde do idoso, fatores de risco, modelos estatísticos, capacidade funcional.

LILACS

Santana, Santos e Caldas(21)

Cuidando de idosos com Demência: um estudo a partir da prática ambulatorial de enfermagem

2005

Idosos, demência , cuidadores.

LILACS

Costa, Nakatani e Bachion(22)

Capacidade de idosos da comunidade para desenvolver atividades de vida diária e atividades instrumentais da vida diária

2006

Saúde do idoso, cuidados primários de saúde, enfermagem geriátrica, programa saúde da família.

Oito artigos utilizaram instrumentos para avaliar o quadro clínico de possíveis déficits cognitivos em indivíduos com maior risco de demência, como é o caso dos idosos. O Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) é a escala de avaliação cognitiva mais amplamente citada com essa finalidade, representando 60% dos artigos. Entre outros testes cognitivos está o segmento do questionário Brazil Old Age Schedule (BOAS), que identifica casos suspeitos de deficiência cognitiva e o Clinical Dementia Rating (CDR) que avalia a gravidade do quadro clinico.

A avaliação funcional foi abordada em sete artigos, sendo utilizadas nos estudos: escala de Barthel para a capacidade em desenvolver as AVD, a escala de Lawton para mensurar a capacidade em desenvolver as Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD), ambas representando 20% dos artigos pesquisados, e o Índice de Independência nas AVD de Katz significando 30% da presente pesquisa.

A correlação entre o estado mental e capacidade funcional foi utilizada em 50% dos artigos, entre essa porcentagem 40% constataram a influência do grau de escolaridade nos instrumentos citados.

Quadro 2: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões I

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Converso e Iartelli(13)

O estudo objetivou caracterizar os idosos institucionalizados residentes em três instituições de longa permanência para idosos, quanto a sua capacidade funcional e seu estado mental, e verificar se existe correlação entre ambas.

Foram utilizados três instrumentos: um formulário de identificação, o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e o Índice de Barthel. Foram utilizados como tratamento estatístico a Correlação de Person e o Teste da ANOVA.

A população avaliada consistiu de 115 idosos com idades entre 62 e 104 anos, sendo 40,66% do sexo feminino e 59,13% do sexo masculino. São alfabetizados 49,56% e analfabetos 50,43%, quanto ao estado civil predominaram os solteiros (46,65%) e viúvos (21,8%). Quanto ao estado mental e funcional, houve alta taxa de idosos apresentando déficit cognitivo (76,72%) e de idosos independentes funcionalmente (75,65%).

De acordo com os resultados observa-se que existe correlação significativa entre o Índice de Barthel e o MEEM, e também que as variáveis sexo e idade não influenciam nos resultados destes instrumentos. Existe relação estatística significativa entre escolaridade e estado mental e/ou funcional do indivíduo.

No estudo acima os autores pretenderam caracterizar idosos institucionalizados quanto a sua capacidade funcionale seu estado mental, utilizando respectivamente o índice de Barthel e o MEEM,verificaram que existe correlação de grau moderado entre ambas, mostrando que os estados mental e funcional possuem dependência estatisticamente significativa. Avaliando também a influência da escolaridade, observaram que a mesma pode refletir no estado mental e/ou funcional do idoso. (13)

O MEEM é uma escala composta por itens que avaliam orientação para tempo e local, atenção e cálculo, lembrança de palavras, linguagem e capacidade construtiva visual. O tópico de linguagem – para o qual se exigem leitura, escrita, atenção e cálculo e, requerem um desenvolvimento lógico-formal do indivíduo – são itens difíceis de serem respondidos por pessoas de pouca ou nenhuma escolaridade.

Quadro 3: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões II

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Souza, Falcão, Leal e Marino(14)

Avaliar o processo do envelhece-mento, relacionando-o ao desempenho cognitivo.

Estudo epidemiológico, descritivo, transversal, realizado na UNATI/UFPE, com 65 idosos. Foi utilizado questionário semi-estruturado, incluindo dados sociodemográficos, escala de avaliação da satisfação global com a vida e o Mini-exame do Estado Mental (MEEM).

83,1% apresentam uma doença ou condição crônica; 59,3% - hipertensão, 18,5% - problemas de coluna e artrose, 14,8% - osteoporose, 13% - colesterol elevado, 11,1% - doença do coração, 9,3% - artrite e 3,7% - diabetes. Foi reportada por 16,9% dos sujeitos a não-realização de atividades rotineiras por problema de saúde nas últimas duas semanas. Com relação à percepção acerca da própria saúde, 93,8% consideraram boa ou muito boa. No entanto, 66,2% mencionaram ter alguma dificuldade de memória, sendo esta freqüente para 58,1% dos sujeitos com queixa, e rara ou muito rara para 41,9%. Além disso, 73,8% praticam alguma atividade física: caminhada (44,6%), a hidroginástica (23,1%) e ioga (13,8%). As análises inferenciais estatísticas evidenciaram efeito isolado significativo da escolaridade, mas nenhum efeito significativo isolado da idade sobre os escores do MEEM.

O processo de envelhecimento não deve ser associado necessária-mente ao adoecimento e degeneração patológica, pois não inviabiliza o funcionamento sócio-psicocultural.

Na pesquisa mencionada procurou-se avaliar o processo do envelhecimento, relacionando-o ao desempenho cognitivo, confirmaram também uma influência significativa da educação sobre os escores do MEEM – ou seja, quanto mais anos de estudo o sujeito tiver, maiores escores ele atinge quando submetido à avaliação através desse instrumento. Contudo a conclusão que os autores chegaram é que o envelhecimento não pode ser assimilado necessariamente ao adoecimento e à degeneração patológica, pois não inviabiliza o funcionamento sócio-psicocultural do indivíduo, apenas o força a mudanças e adaptações, como qualquer outra passagem de etapas no percurso da vida. (14)

Quadro 4: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões III

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Carvalho e Coutinho(15)

Estimar a associação entre demência e ocorrência de quedas e fraturas entre idosos.

Foi conduzido estudo caso-controle de 404 indivíduos com 60 ou mais anos de idade, da cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Casos e controles foram pareados por idade, sexo e hospital. Os dados foram coletados por meio de entrevista estruturada com os idosos. Foram considerados portadores de quadro demencial idosos cuja pontuação no questionário BOAS fosse superior a dois. Foram obtidos odds ratios (OR) ajustados por fatores potenciais de confusão, utilizando-se regressão logística condicional.

As quedas distribuíram-se igualmente entre os períodos da manhã, tarde e noite, havendo uma redução em sua freqüência durante a madrugada. Acidentaram-se dentro de casa 78% dos idosos com demência, contra 55% daqueles sem essa doença. Após o ajuste por fatores de confusão, houve uma pequena redução dessa associação

Idosos com quadro demencial apresentam maior risco de caírem e ser hospitalizados por fratura do que idosos sem demência. Tal fato implica a necessidade de cuidados especiais com esses indivíduos, visando a minimizar o risco desses acidentes.

Visando estimar a associação entre demência e ocorrência de quedas e fraturas entre idosos, o estudo apresentado utilizou o segmento de saúde mental do questionário BOAS para identificar casos suspeitos de déficit cognitivo, deficiência importante nos casos de DA. Os estudos identificaram que idosos com quadro demencial apresentam maior risco de caírem e serem hospitalizados por fratura do que idosos sem demência, vez que aqueles podem também apresentar respostas protetoras comprometidas e um julgamento empobrecido da gravidade de seu quadro e de suas perdas, com pouca ou nenhuma consciência do problema. Daí a conclusão que tal fato implica na necessidade de cuidados especiais com esses indivíduos, visando minimizar o risco desses acidentes. (15)

Dentre as pesquisas, 20% dos estudos realizaram testes de mobilidade como o Timed Up and Go (TUG) e o Rivermead Mobility Index (RMI) e identificaram que a incontinência urinária, o comprometimento da marcha, o desequilíbrio, a instabilidade postural, quedas e o aumento do tônus muscular se correlacionam com a perda da mobilidade e com a função cognitiva prejudicada.

Quadro 5: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões IV

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Oliveira, Goretti e Pereira(16)

Comparar o desempenho funcional de idosos institucionalizados, portadores de alterações cognitivas selecionados através da aplicação do Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) em um teste de mobilidade (TUG) a partir do Índice de Katz.

Participaram dessa pesquisa 28 sujeitos (82 ± 9,06 anos), os quais foram submetidos ao teste "Timed Up and Go TUG" e as atividades de vida diária foram avaliadas através do Índice de Katz.

Não foi encontrada correlação estatisticamente significativa entre a mobilidade avaliada pelo TUG e o desempenho no MEEM. Uma associação positiva foi detectada entre o desempenho dos idosos no TUG e a realização das tarefas banho, vestuário e transferência do Índice de Katz. O aumento da idade não demonstrou correlação significativa com o desempenho em nenhum dos testes aplicados.

Concluiu-se que as alterações cognitivas detectadas através do MEEM não tiveram associação com o desempenho dos idosos nos testes de mobilidade e de AVD utilizados. Entretanto, verificou-se uma associação significativa entre o desempenho dos idosos no teste de mobilidade e na realização das atividades de banho, vestuário e transferência.

Com o intuito de comparar o desempenho funcional de idosos institucionalizados, portadores de alterações cognitivas selecionados através da aplicação do MEEM em um teste de mobilidade (TUG) a partir do Katz, que avalia as atividades rotineiras da vida diária, o presente estudo verificou que a mobilidade é afetada pelo desempenhodas atividades de banho, vestuário e transferência, pois para executar tais tarefas é importante que o idoso tenha equilíbrio, destreza nas mudanças de posição e estabilidade. (16)

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Junior e Mendes(17)

Determinar a prevalência de incontinência

urinária (IU) entre idosos institucionalizados na região

do Vale do Itajaí(SC) e sua relação com a função

cognitiva e mobilidade.

Estudo transversal entre 150 idosos

residentes em duas instituições da região. Um

questionário foi administrado e seus prontuários médicos foram revisados. A mobilidade foi avaliada pelo

RMI e a função cognitiva

pelo MEEM.

A prevalência de IU encontrada foi de 57,3%, sendo maior em mulheres (62%) do que em

homens (45%) e se relaciona com o grau de mobilidade.

Houve relação com a função cognitiva (FC), uma vez que houve 49% de IU dentre aqueles com FC normal, 68% com FC limítrofe e de 80,7% com função prejudicada. Não houve relação entre IU e faixa etária. Apenas 30% procuraram auxílio médico ainda que 65% dos idosos incontinentes

mostraram descontentamento com a sua condição.

IU é altamente prevalente entre idosos

institucionalizados, principalmente entre mulheres, e se

correlaciona inversamente com a perda da mobilidade e

com a função cognitiva prejudicada, mas não com a

idade. Finalmente, esta condição traz prejuízos e

descontentamento aos idosos. É necessário o

rastreamento ativo dessa população de risco no momento

da institucionalização.

Quadro 6: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões V

A fim de determinar a prevalência de incontinência urinária entre idosos institucionalizados e sua relação com a função cognitiva e mobilidade, na análise descrita aplicou-se o MEEM e o índice de mobilidade (RMI) concluindo que a incontinência urinária é prevalente entre idosos institucionalizados, principalmente entre mulheres, e se correlaciona inversamente com a perda da mobilidade e com a função cognitiva prejudicada, mas não com a idade. Apontaram que esta condição traz prejuízos e descontentamento aos idosos. Identificando que é necessário o rastreamento ativo dessa população de risco no momento da institucionalização. (17)

Muitas vezes a deterioração cognitiva impede o controle dos esfíncteres e o paciente passa a apresentar incontinências (fecal e urinária). Isso é uma ocorrência que compromete significativamente sua autonomia. A continência, em qualquer idade, depende não só da integridade anatômica do trato urinário inferior e dos mecanismos fisiológicos envolvidos na estocagem e na eliminação da urina, como também da capacidade cognitiva, da mobilidade, da destreza manual e da motivação para ir ao toalete.

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Araújo e Ceolim(18)

avaliar o grau de independência para a realização de AVD dos idosos residentes nas instituições asilares da cidade de Taubaté - SP, por meio do Índice de Katz; e avaliar novamente, após cinco meses, os idosos classificados inicialmente como independentes (grau A de Katz), visando identificar possíveis mudanças.

estudo é do tipo exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa.

Participaram do estudo todos os residentes com idade igual ou superior a 60 anos completos.O instrumento utilizado no estudo foi o Índice de Katz

A primeira avaliação, feita com todos os residentes com idade igual ou superior a 60 anos (139 mulheres e 48 homens), mostrou que 70 idosos eram considerados independentes para o desempenho das AVD, sendo que, dentre eles, 52 idosos tinham entre 70 e 89 anos. A segunda avaliação mostrou que 53 idosos mantiveram-se independentes.

Segundo os resultados obtidos, os idosos com grau de independência total para o desempenho das AVD constituíam 37% dos residentes nas instituições de longa permanência da cidade de Taubaté, em dezembro de 2001. Uma nova avaliação, cinco meses após, mostrou que 19% destes sujeitos haviam apresentado declínio funcional, cognitivo e funcional, ou falecido.

Quadro 7: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões VI

Considerando que a institucionalização pode resultar em declínio funcional, com conseqüente perda da independência para o desempenho das AVD, o estudo retro citado avaliou o grau de independênciapara a realização de AVD em idosos institucionalizados por meio do índice de Katz e, com os resultados do estudo apontaram a necessidade de encorajamento dos idosos no ambiente institucional, lançando mão de planos individualizados para estimular o seu potencial de autocuidado, a fim de que permaneçam independentes o máximo de tempo possível. Os autores ainda apontaram que estudos sobre a condição de independência na velhice versam mais sobre dependência e medidas de avaliação de dependência, do que sobre a independência. Parece que a dependência do idoso é vista como algo natural e esperado, quando na verdade, sabe-se que acometido por patologias que o levam à condição de dependência parcial ou total, é possível ainda reabilitá-lo para que recupere a capacidade de realizar uma ou outra atividade de vida diária. (18)

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Bottino, Carvalho, Alvarez, Avila, Zukauskas, Bustamante, et al(19)

Apresentar resultados preliminares do 'tratamento combinado' (inibidor da acetilcolinesterase + treinamento cognitivo), em um grupo de pacientes com doença de Alzheimer (DA) leve, acompanhados por 7 meses.

Seis pacientes com diagnóstico de DA leve, de acordo com critérios diagnósticos da CID-10 e NINCDS-ADRDA, foram submetidos a ensaio clínico aberto com Rivastigmina, 6-12 mg/dia, por 2 meses, seguido por grupo de reabilitação cognitiva semanal, por 5 meses. Os familiares/cuidadores foram atendidos em grupo semanal de suporte e aconselhamento, por 5 meses.

Ao final do acompanhamento, houve: estabilização ou discreta melhora dos déficits cognitivos e das atividades de vida diária dos pacientes; estabilização ou redução dos níveis de depressão e ansiedade nos pacientes e familiares.

O 'tratamento combinado' pode auxiliar na estabilização ou resultar em leve melhora dos déficits cognitivos e funcionais de pacientes com DA leve. As intervenções de suporte e aconselhamento podem reduzir o nível de sintomas psiquiátricos de seus familiares.

A reabilitação de algumas funções, embora muitas vezes possa parecer insignificante para a família, devolve ao idoso a capacidade do fazer por ele mesmo, ou seja, do autocuidado.

Quadro 8: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões VII

A pesquisa descrita selecionou pacientes com diagnóstico de DA leve e avaliaram a gravidade do quadro clinicoatravés do CDR e do MEEM, e os submeteram a ensaio clinico abertocom Rivastigmina, 6-12 mg/dia, por dois meses, seguido por grupo de reabilitação cognitiva semanal, por cinco meses e os familiares/ cuidadores foram atendidos por cinco meses também, sugerindo a partir do estudo, que a associação de técnicas de reabilitação cognitiva ao tratamento medicamentoso com anti-colinesterásicos ('tratamento combinado') pode auxiliar na estabilização ou resultar até mesmo em uma leve melhora dos déficits cognitivos e funcionais, que são caracteristicamente progressivos no curso de DA. Os estudos também sugerem que as intervenções de suporte e aconselhamento fornecidas aos familiares/ cuidadores dos pacientes com DA podem reduzir o nível de sintomas psiquiátricos existentes entre os familiares, alterando de forma significativa o bem-estar dos pacientes e de suas famílias. Portanto, os profissionais envolvidos no atendimento de indivíduos com demência devem, sempre que possível, considerar a viabilidade de associar ao tratamento medicamentoso o atendimento psicossocial multidisciplinar dos pacientes e seus familiares. (19)

Quadro 9: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões VIII

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Rosa, Benicio, Latorre e Ramos(20)

Investigar a influência de fatores socioeconômicos e demográficos relativos à saúde, bem como os fatores ligados às atividades sociais e à avaliação subjetiva da saúde sobre a capacidade funcional dos idosos.

Estudo transversal, integrante de estudo multicêntrico, em amostra representativa do município de São Paulo, realizado em 1989. A capacidade funcional foi avaliada através da escala de atividades da vida diária pessoal e instrumental e investigada como variável dicotômica: ausência de dependência – incapacidade/dificuldade em nenhuma das atividades versus presença de dependência moderada/grave – incapacidade/dificuldade em 4 ou mais atividades. Análise de regressão logística múltipla foi aplicada aos fatores hierarquicamente agrupados.

As características que se associaram com a dependência moderada/grave foram analfabetismo, ser aposentado, ser pensionista, ser dona de casa, não ser proprietário da moradia, ter mais de 65 anos, ter composição familiar multigeracional, ter sido internado nos últimos 6 meses, ser "caso" no rastreamento de saúde mental, não visitar amigos, ter problemas de visão, ter história de derrame, não visitar parentes e ter avaliação pessimista da saúde ao se comparar com seus pares.

As características identificadas que se associaram à dependência moderada/grave sugerem uma complexa rede causal do declínio da capacidade funcional. Pode-se supor, entretanto, que ações preventivas especificamente voltadas para certos fatores podem propiciar benefícios para o prolongamento do bem estar da população idosa.

Neste estudo realizado investigou-se a influência de fatores socioeconômicos e demográficos relativos à saúde, bem como os fatores ligados às atividades sociais e à avaliação subjetiva da saúde sobre a capacidade funcional dos idosos, detectou que as características identificadas que se associaram à dependência moderada/ grave sugerem uma complexa rede causal do declínio da capacidade funcional. Pode-se supor, entretanto, que ações preventivas especificamente voltadas para certos fatores podem propiciar benefícios para o prolongamento do bem estar da população idosa.(20)

Quadro 10: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões IX

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Santana, Santos e Caldas(21)

descrever características de 16 idosos atendidos no ambulatório de neurogeriatria; descrever características dos cuidadores destes idosos; Identificar os problemas, diagnósticos de enfermagem e cuidados realizados por cuidadores através de EDG, MEEM, AIVDs, AVDs aplicados na consulta de enfermagem.

Aplicou-se o método quantitativo, descritivo, caracterizado em estudo de caso.

No cliente - Desorientação, agressividade, pele seca, incontinência urinária, distúrbio no relacionamento familiar; No cuidador - Comunicação cuidador/ cliente ineficiente, desgaste físico, falta de conhecimento sobre cuidados; Cuidados realizados - alimentação, medicação e higiene.

Conclui-se que são necessárias ações educativas de enfermagem visando à qualidade do cuidado ao idoso e seus familiares.

Para os estudiosos acima os objetivos eram descrever as características de idosos e seus cuidadores atendidos no ambulatório, bem como, identificar diagnósticos de enfermagem e assistência realizados por cuidadores - através de Escala de Depressão Geriátrica (EDG), MEEM, AIVD utilizando a escala de Lawton e a escala de AVD de Katz aplicados na consulta de enfermagem - os resultados obtidos mostraram que os Diagnósticos de Enfermagem nos certifica do complexo eixo de cuidados que o idoso com Síndrome Demencial apresenta: psicossociais, familiares e fisiológicos. Exige-se então da enfermeira, uma estreita habilidade e competência para lidar tanto com os problemas de esquecimento e comportamento quanto os de higiene e, ao mesmo tempo, estar atenta para ouvir o cuidador. Para os autores a enfermagem é um elemento-chave para um cuidado integral ao indivíduo com demência, devido à habilidade de lidar com a saúde do idoso, cuidador e família, visando sempre à promoção de uma vida mais digna e de qualidade a todos. (21)

Quadro 11: Autores, objetivo, metodologia, resultados e conclusões X

Autores

Objetivo

Metodologia

Resultados

Conclusões

Costa, Nakatani e Bachion(22)

Identificar algumas características sociais e demográficas de idosos de uma comunidade em Goiânia (GO); avaliar a capacidade dos mesmos para as atividades de vida diária (AVD) e atividades instrumentais de vida (AIVD).

Estudo transversal, envolvendo 95 idosos da comunidade de uma área de abrangência do Programa Saúde da Família, em Goiânia. Foram realizadas: entrevista e avaliação de AVD e AIVD.

Participaram 95 idosos, com predomínio da faixa etária de 60 a 69 anos (60%), sexo feminino (60%), estado civil casado (49,5%), religião católica (54,7%) renda menor ou igual a 1 salário mínimo (45,3%) e moradia própria (89,5%). Foram identificados independência máxima nas AVD (57,9%) e comprometimento nas AIVD (72,6%).

Os participantes apresentaram, predominantemente, independência para as atividades no domicílio e dependência para as atividades fora dele.

Tendo em vista que a capacidade funcional do ser humano declina com a idade, a análise acima elencada concluiu que é necessário planejar estratégias que melhorem o estilo de vida dos idosos, principalmente em relação a programas que proporcionem promoção e melhoria da força muscular e de articulação; promoção, tratamento e reabilitação da capacidade funcional dos esfíncteres urinário e intestinal; integração social dentro e fora do contexto familiar; construção de um sistema adequado de suporte ao idoso; educação permanente ao longo da vida e valorização do processo de envelhecimento individual e populacional. Tudo isso minimizaria a dependência nas AVD e nas AIVD, proporcionado assim, um envelhecimento com autonomia e independência às pessoas idosas. (22)

Tais ações vão de encontro ao que preconiza a Política Nacional de Saúde do Idoso, regulamentada através da Portaria nº 1.395, de dezembro de 1999, que objetivou a promoção do envelhecimento saudável, a preservação e/ou a melhoria da capacidade funcional dos idosos, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde e a reabilitação daqueles que apresentam alguma restrição de sua capacidade funcional.

5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste estudo verificamos que as aplicações dos instrumentos de avaliação da capacidade funcional e do estado cognitivo junto com uma abordagem preventiva podem ser úteis nas ILP e nos programas de saúde para rastrear essa população e detectar os problemas dos idosos portadores de DA individualmente, diminuindo assim possíveis incapacidades.

O propósito maior dessa avaliação é o de programar o tratamento dos pacientes, oferecendo-lhes o cuidado e a assistência adequados a cada situação. Dessa forma, a avaliação funcional do idoso faz parte do cuidado de enfermagem, com ênfase na pessoa e nos sistemas de apoio com os quais possa contar. A Enfermagem inserida numa equipe interdisciplinar deve assistir o idoso portador de DA de maneira individualizada, compreendendo os parâmetros físicos, psíquicos e ambientais.

Com isso pode-se levantar diagnósticos e problemas relacionados a esta doença, integrando o idoso, o cuidador e a família, tornando suas vidas mais digna e com qualidade.

Pelo exposto, é de fundamental importância à reunião dos diversos fatores mencionados para proporcionar uma melhora significativa na vida do paciente com DA.

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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