Avaliação do desempenho sociocultural das empresas

Por Jean Carlos Neris de Paula | 26/03/2011 | Economia





Balanço Social


Uma sociedade politicamente organizada deve exigir de empresas, igrejas, escolas, governos e demais organizações o desenvolvimento de projetos sociais. Para tanto, é imprescindível a apresentação de um BALANÇO SOCIAL, conjunto de informações sobre o desempenho de uma instituição em benefício da comunidade.
Esse comportamento já é adotado por algumas empresas: a Natura investe na educação e defende os direitos da criança; a Fundação Bradesco financia escolas em todas as regiões brasileiras; a Coca-Cola, tempos atrás, doou um milhão de reais para o programa Alfabetização Solidária e criou o Instituto Coca-Cola, o qual indica o desejo da empresa de assumir um compromisso socioeconômico.
A instituição, atuando socialmente, além de contribuir para o crescimento do país, dignifica o seu nome, podendo inclusive utilizar o marketing social, ao informar à população que aquela empresa trabalha em prol da comunidade. Não é sem razão que uma pesquisa realizada nos EUA revelou que 76% dos consumidores preferem marcas e produtos envolvidos em ação social, desde que tenham preço e qualidade competitivos.
Essa atitude inteligentemente inicia uma nova ordem de socialização, surgida a partir da dificuldade enfrentada pelo setor público e do envolvimento da sociedade civil organizada. Portanto, é possível vislumbrar soluções com cidadania participativa, afinal a responsabilidade humanitária é de todos.
Em vista disso, urge viabilizar a criação de uma lei que torne obrigatória a avaliação do desempenho comunitário das instituições, forçando-as à conscientização necessária ao bem-estar coletivo. Dessa forma, o capitalismo "selvagem" pode ser substituído por um capitalismo social.



Jean Carlos Neris de Paula