Avaliação das diversas Formas de Aprendizagens
Publicado em 17 de julho de 2013 por Elbes Adriano de Oliveira Lima
Atendimento Educacional Especializado as pessoas com surdez
nas Aulas de Língua Portuguesa: Avaliação X Inclusão
Estudos e pesquisas tem nos levado, nos últimos dez anos sob várias vertentes linguísticas, a reflexões sobre a língua e as propostas de ensino do Portuguêspara pessoas com necessidades especiais tipo surdez, ora com foco na aquisição da língua portuguesa , em sua modalidade oral ou escrita, comparando a língua a língua das pessoas com surdez com a dos ouvintes ora com foco em análise de dados, especialmente com estudo de casos de crianças , jovens ou adultos com surdez que tenha ou não adquirido e desenvolvido a Libras e sua relação com a aquisição e o desenvolvimento com a língua portuguesa, principalmente com sua modalidade escrita: leitura e produção de texto. Nesses trabalhos estudiosos e pesquisadores têm desvendado vários problemas linguísticos das pessoas com surdez: desde fracassos em codificar e decodificar textos curtos em português, em seus aspectos formais, até textos mais complexos, com falta de densidade científica, coerência e coesão.
Há também inúmeras propostas de educação linguística de pessoas com surdez com destaque para o ensino de Português condicionado a aprendizagem de Libras, esta como primeira língua aquela como segunda língua ou a discussão polêmica entre língua e identidade cultura surda; ou língua do surdo versos língua portuguesa como língua estrangeira na aquisição pelas as pessoas com surdez,como se fosse a pessoa com surdez um estrangeiro ou estranho na língua de seu país. Enfim, essas propostas adotam diferentes teorias : Estruturalismo, Gerativismo, ou seja pessoa com surdezicologia cognitiva e pessoa com surdezicolinguística; porém nota-se um turbilhão de ideias e fundamentos teóricos, às vezes, em alguns pesquisadores com a presença de certos ecletismos teóricos notadamente em termos de conceber e aplicar conceitos de língua e de linguagem em sua maior parte do que realmente propor e elaborar sob a luz de uma fundamentação teórica mais clara e objetiva no processo de avaliação com uma metodologia e uma didática – pedagógica para melhor desenvolver a educação linguística em pessoas com surdez.
Trago aqui uma proposta didática - pedagógico e metodológico para se ensinar português para as pessoas com surdez. Acredito no ensino de português como produto eficaz para as pessoas que sofre com o problema de surdez que até então estão surgindo soluções dentro do processo Ensino Aprendizagem como processo avaliativo ecomo processo e uso nas práticas sociais. Por isso, defendemos que o espaço escolarconstitui-se como o lugar base as pessoas com surdez a aquisição e desenvolvimento da modalidade de língua portuguesa em suas várias formas e adequação do uso, sobretudo por essa língua ser conteúdo do ensino regular, das séries ciclos iniciais ao ensino superior, e por ser direito dos cidadãos com surdez constituírem-se como sujeito letrado numa segunda língua, em seus vários níveis de desenvolvimentos. E a língua portuguesa podeser um dos eficazes instrumentos para sua constituição como sujeito cidadão deste país ou países que falam a língua em destaque, visto que nela se destaca o poder discursivo de expressão formal de sentidos, com ela é possível estabelecer as interações verbais entre o EU e o OUTRO e dela se apropriam todos que buscam e produzem conhecimentos científicos, os saberes e os bens culturais a que demos direito. Diante do exposto, exemplificaremos , a seguir a base para o atendimento especializado para o ensino, quanto ao processo avaliativo da leitura, escrita, aprendizagem a gramatica de uso pelas pessoas com surdez.
Numa visão de leitura e ato de ler, propomos o ato de ler como ato de linguagem que se constitui num movimento de conexão entre o todo e as partes que se pressupõe como texto, tecido tessitura de palavras, arranjos sonoros, jogos imagísticos, seja escrito, seja gestual visual pela qual se percebe, escreve, sente e vê o mundo. Assim, conforme diz Martins ( 1982), ler é além das atribuições de significados a imagem gráfica segundo o sentido. Assim, envolve aspectos sensoriais emocionais e racionais. Há portanto, diferentes níveis de leitura que extrapolam do texto para o mundo. Ler não é dizer o já dito, mas falar do outro o sentido, é impossível uma leitura de consenso uniforme, pois no conflito das interpretações se revela a diversidade rica de um texto e, através dele a da realidade.
Nesse sentido, a leitura é um processo de interlocução e interlocutário mediado pelo texto em que há um movimento de ir e vir constante do sujeito com surdez.
Resultamos algumas estratégias no processo avaliativo que julgamos muito importantes para os atos de interpretação e compreender que desenvolvemos na pratica escolar. O processo de interpretação e compreensão como linguagem e sistemas semióticos, depende da informatividade ; interpretar está ligado a fazer pressuposições, ler com implícito, inferência e intertextualidade.
Ao se ensinar português escrito para pessoas com surdez, deve-se conceber que o processo de letramento requer o desenvolvimento e aperfeiçoamento da língua em varias práticas de interação verbal e discursiva, principalmente da escrita no processo avaliativo do individuo com surdez. Isso demanda que as atividades propostas de reflexão sobre a língua precisam para a observação e análise da língua em uso, quanto ao seu conhecimento, estrutura, sistema linguístico funcionamento e variação em contexto de pratica e uso, seja no processo de leitura do escrito e da produção do escrito. Porém, o domínio da gramatica normativa não se sustenta por si somente, pois há um processo de produção de vários gêneros textuais discursivo, com a interação de permitir ao aluno ampliar sua competência e seu desempenho linguístico no uso de sua gramática internalizada e reflexiva. Isso se reflete nas atividades propostas e avaliativas que os professores elaboram de acordo com a necessidade de cada aluno exemplo disso são as atividades linguísticas a língua como estrutura, organização e funcionamento e daepilinguística, a língua e seu uso em situações adequadas, em vários contextos de uso da modalidade padrão e não padrão da língua portuguesa.
Acreditamos que o processo teórico-metodológico para avaliação da pessoa com surdez seja da seguinte forma:
- Uma proposta didática - pedagógica que norteie um primeiro estágio de ensino voltado para os processos iniciaisde alfabetização e letramento;
- Uma proposta didática – pedagógica para um segundo estágiode ensino norteado aos processos de maior complexidade em que os textos veiculados apresentaram estruturas, organização e funcionamento da leitura, interpretação e escritura de acordo com a língua padrão.
- Uma proposta didática – pedagógica deum terceiro estágio mais avançado da língua oficial escrita. Plenamente ao alcance de pessoas com surdez.
Podemos até mesmo questionar como se constitui o atendimento com pessoas com surdez no processo avaliativo no ensino de português
Esse atendimento constitui-se como um dos momentos didáticos pedagógicos em favor do desenvolvimento e da aprendizagem da língua portuguesa pelos alunos com surdez. Diante disto esse atendimento se da em uma sala com recursos multifuncionais e em horários diferentes da sala de aula comum. Todo o ensino e avaliação deve ser aplicado preferencialmente por um professor formado em Letra ou pedagogia que conheçam os pressupostos linguísticos adequados para apropriação do aluno da série ciclo.
Neste texto, tivemos o propósito de demonstrar a possibilidade de as pessoas com surdez estudarem na escola comum numa perspectiva inclusiva, com o atendimento educacional especializado oferecido como complemento a classe, visando ao pleno desenvolvimento e aprendizagem por meio de Libras e com o estudo da Língua Portuguesa.
O objetivo desse atendimento é desenvolver a competência linguística, bem como textual nas pessoas com surdez. Para que essas pessoas sejam capazes de gerar sequências linguísticas, o atendimento educacional deve ser em ambientes totalmente adequados de acordo com a necessidade de cada pessoa com surdez. Sendo assim, teremos resultados no processo de inclusão na educação brasileira.
Referências:
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