RESUMO

A pesquisa presente surgiu da preocupação referente aos fatores de que quando falamos de necessidades especiais, nos deparamos com um problema mal resolvido que é a inclusão. Ela está efetivamente à mercê da boa vontade dos governantes e da sociedade em geral. A questão do Autismo Infantil apresenta grandes dificuldades e é passível de controvérsias uma vez que engloba, dentro dos atuais conceitos, uma gama bastante variada de doenças com diferentes quadros clínicos que tem como fator comum o sintoma autístico. No entanto, o objetivo deste trabalho foi de orientarmos os professores por esquema, utilizando simultaneamente vários sistemas teóricos, vários instrumentos metodológicos. A metodologia adotada foi com base na pesquisa bibliográfica, deu-se através de leituras bibliográficas tomando por base a investigação de vários autores, dentre eles, Kanner. A prioridade nos pareceu importante realizar um balanço da literatura sobre o Autismo, no momento em que a psiquiatria infantil, e, particularmente, os distúrbios do desenvolvimento suscitaram uma abundância de estudos em domínios tão diversos como a psicologia, a biologia, a neurofisiologia e a genética. Considera também que o Autismo Infantil é um problema psicológico, frisando a necessidade de estudos decisivos para a memória de longo prazo. Esses sintomas representam realizações espontâneas da criança, a realização do seu ego. Deve-se, pois, respeitar a criança, tal como ela é, e o seu esforço, porque se a obrigarmos a desistir desses comportamentos, estamos a negar-lhe a sua evolução.

Palavras-chave: Autismo Infantil. Inclusão. Educação. Família.

1 INTRODUÇÃO

Os homens por mais crédulos e dogmáticos, têm a companhia da dúvida, no entanto, se as ações falam mais alto do que as palavras, como afirmam o conhecido ditado, então as primeiras e mais importantes palavras, vão ao sentido de reconhecer as práticas clínicas e as melhores pesquisas disponíveis que desde os anos quarenta têm-se efetuado sobre a problemática do autismo, por outro lado, a sensibilidade quanto às questões éticas, a capacidade da moral eraciocínio, é competências requeridas pelo professor que é um profissional e que integram necessariamente a competência profissional permitindo, nos dias de hoje, falar da evolução do conceito com mais convicção.

Em 1986, a Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei 46/86, de 14 de Outubro), veio a definir como princípios primordiais, os direitos fundamentais à Igualdade de oportunidades, e mais tarde, em 1990, estes princípios foram reforçados na Conferencia Mundial sobre a “Educação para todos”.

Essa discussão que se iniciou no nosso país na década de oitenta e onde foram dados passos significativos, no plano legislativo, não teve repercussões com a dimensão esperada, na prática. Atualmente a existir dificuldades em se encontrar respostas às necessidades de algumas crianças, principalmente, quando são portadores de patologias, como o Autismo, quer seja por parte dos professores, educador do regular ou do especial, dos pais ou a comunidade em geral.

Quando falamos de necessidades especiais, nos deparamos com um problema mal resolvido que é a inclusão. Ela está efetivamente à mercê da boa vontade dos governastes e da sociedade em geral.

O Autismo provoca reações graves no desenvolvimento, que ainda hoje, não são muito claras, quer no seu diagnóstico, quer no seu padrão típico e terapêutico. Muitos são os autores que se têm dedicado ao estudo desta síndrome, e de pouco a pouco, se vai construindo e entendendo.

Como se sabe, a patogenia do Autismo é obscura. Ela alimenta grandes forças dialéticas de discursos de especialistas em detrimento da família tão experiente faze a tal problema. Muitas vezes a família deixa a criança perturbada e com isso distorcem e dramatizam o problema.

Este trabalho pretende ser um instrumento destinado a professores e educadores interessados na temática do Autismo, patologia bem complexa que requer uma intima conexão entre a pesquisa e a prática para que haja sucesso educativo.

Acredita-se que não haverá cansaço de saber, por isso é que somos o que somos. No entanto, tempo virá em que a investigação diligente, cobrindo longos períodos, esclarecerá coisas que hoje no estão codificadas; tempo virá em que os nossos descendentes se surpreenderão por não sabermos coisas que são tão óbvias para eles. O universo seria uma coisa insignificante se não houvesse sempre nele algo a ser investigado por todas as gerações que vão surgindo.