AULAS REMOTAS GARANTEM APRENDIZAGEM EFICIENTE?

Autor: Wallas Cabral

Ano letivo inicia. A percepção de um novo ano começa alimentar novas esperanças para o mundo melhor. Foi assim que saímos de 2019 e entramos em 2020. Para quem acredita em alguma forma de previsão, alguns astrólogos estavam convictos da bonança que haveria neste ano. Alimentamos, de uma forma ou de outra, esperança em algo. Mais ainda assustador é que havia um isolamento virtual das pessoas em seus celulares, mesmo estando juntas em sociedade, não deixando elas se perceberem. Virtual acima do real! Ou seja, temos o mundo todo na tela, e ninguém do lado que possamos contar de verdade. É triste, não? Todos se preocupando com o dia de amanhã, seguindo a vida nas suas atividades diárias. Aí, de repente, uma gripe vem da China. E o que seria algo distante, tornou-se real, bem próximo de nós, trazendo uma grande mortalidade no mundo inteiro, coisa nunca antes visto em tão pouco tempo. Era algo virtual? Não. O mundo parou por uma coisa real! Tudo parou. E nós?

O que antes era um isolamento social, mesmo estando juntos, agora é isolamento social estando nós separados uns dos outros forçadamente (a “quarentena”). Vivíamos, antes, na internet o tempo todo sem perceber quem estava perto de nós. Agora parece que nem sequer conseguimos ver sorrisos faciais; nem sentir o calor humano. 

A situação nos “obrigou” a viver em uma prisão, em casa; e numa prisão da prisão: internet dentro de casa. Tudo porque há uma forma de “máscara” que nos separa. A que colocamos no rosto para não pegar o covid-19; a máscara do coração por não nos aproximarmos das pessoas (Há um distanciamento de sentimentos, sensações e calor humano.); e a máscara da aparência, pelo fato de muitos de nós usarmos as redes sociais para nos maquiar, editar  e reformular a aparência nas redes sociais. Um passatempo do momento.  E os estudos? Bom, aí que está o problema também. Para quem estuda nas escolas, essa falta de convivência começa a se tornar algo ruim e nos aprisiona diante de nossos ânimos e motivação. E agora?

É normal, nessa condição de pandemia Mundial, estarmos carentes. Isso pode provocar dois caminhos dentre outros. Primeiro: Ou desanimamos e paramos a nossa vida; segundo: ou aproveitamos o tempo de alguma forma para aprofundar nossa inteligência com as oportunidades que nos são dadas a fim de nos tornarmos uma pessoa melhor. O sucesso é feito de oportunidades. E uma das coisas que um estudante tanto da rede privada como da rede pública têm em mãos é o chamado “ensino remoto”.

O ensino remoto é aquele feito via celulares, tablets e computadores em que informações e aulas são gravadas em vídeos ou em áudios de forma "podcast", ou até mesmo realizadas como uma forma de interação em grupos sociais, seja no WhatsApp, no zoom ou Meet. Mas a questão que fica é: as aulas remotas trazem realmente aprendizado que funcione para o estudante?

Se pensarmos que a força de vontade é um fator determinante, seja ela no ensino remoto ou presencial, ou às vezes sozinhos, então esse  aprendizado se torna um desafio que cabe as nossas consciências. Aprendemos o que queremos ou aprendemos o que devemos ou aprendemos o que precisamos? Aí temos a força do “querer”. É preciso ter vontade. Queremos aula para passar tempo sem aprendizado de verdade ou queremos aprender algo mais significativo com a finalidade de produzir algo construtivo em nossas vidas? Os jogos online, junto com aprendizado, garantem entendimento ou é apenas uma forma de motivação externa sem nenhum objetivo Claro nas competências dos conteúdos da escola, como algumas “dinâmicas” são?

Para o momento, o ensino remoto se tornou uma opção para que instituições de ensino público e privado deem continuidade às aulas. Se você quer ter algo que nunca teve, faça algo que nunca fez. Se é essa situação do mundo inteiro, veja, então faça diferente. Se muitos têm preguiça, então faça o contrário. Se muitos só repetem informações (e algumas vezes falsas), busque você a verdade, busque aprender com sentido. Você faz isso e avança. O preguiçoso fica parado. O sacrifício de assistir às aulas, de pausá-las para escrevê-las melhor, de ter mais motivação, de ver o próximo dia para programar a sua vida dentro do seu projeto de vida, a cada momento; e ainda motivar outros para ter o aprendizado dos conteúdos disciplinares; tudo isso é o intervalo entre o seu objetivo e a sua glória. Aproveite as oportunidades, crie expectativas e perspectivas na sua vida em que possa sair da mesmice e do senso comum e do que todo mundo faz, sem fruto, para dar você mesmo muitos resultados e, assim, tornar uma pessoa de valor, ou seja, com muito mais conteúdo em sua vida produtiva. Esse é o sacrifício. Superar-se e nunca parar. Sempre querer mais. 

Assim, o ensino remoto pode tornar um aliado para aumentar a sua competência como ser humano que pensa e que constrói o mundo melhor, porque um mundo melhor é construído por pessoas que têm o seu valor e como diz Albert Einstein "O valor de um homem deve medir-se pelo que dá e não pelo que recebe. Não se converta em um homem de sucesso senão num homem de valores."  Faça diferente do que outros que não fazem nada! Mova-se agora. Diga para si mesmo que você pode avançar e ver um sucesso pessoal. Aproveite as oportunidades. Não olhe do lado e nem para trás. Avance! Siga.

E se o mundo parou por causa da gripe, nós precisamos não só sobrevivê-lo como também viver realmente nele. E aproveitando ainda o mesmo autor, cabe aqui uma reflexão: a vida é como andar de bicicleta. Para que ela se mantenha em equilíbrio é preciso estar em constante movimento. Portanto, não pare nunca. Todos os dias se movimente. Para mais à frente não cair.