A evolução cósmica é a contínua adaptação de tudo que existe na dimensão material do cosmos às mudanças que ocorrem nela. Toda e qualquer matéria é resultante da organização dos elementos fundamentais e indivisíveis da matéria (componentes da essência da matéria). A evolução cósmica é a contínua alteração nesta organização para se adaptar às diversas mudanças nas condições ambientais da dimensão material.

A matéria está permanentemente em contínua transformação. Esta transformação é devida às mudanças na organização dos componentes da essência da matéria. No estágio inicial da dimensão material do cosmos não havia qualquer organização destes componentes. Eles existiam em uma situação caótica. De acordo com a teoria do Big Bang esta situação existiu logo após a ocorrência dele.  Em um dado momento, os componentes da essência da matéria começaram a se aglutinar e auto organizar, dando origem ao processo de evolução cósmica com a formação contínua de matéria cada vez mais complexa como as partículas subatômicas, átomos, elementos, moléculas, substâncias, enfim todo o micro e macrocosmos.

Ao se refletir sobre este processo de organização, percebe-se que ele ocorre automaticamente devido a algum mecanismo existente na matéria e não fora dela. Apesar de as leis da físico-química garantirem a organização das partículas, elas não podem ser responsáveis por este processo, pois não podem criar e dar continuidade ao processo de organização. Como a matéria não tem o poder de estabelecer por si própria o procedimento para sua organização, conclui-se que o mecanismo gerador de sua organização só pode ser um programa existente nela. Como o processo de organização iniciou-se com os componentes da essência da matéria, o programa (programa cósmico) original, só pode estar contido neles.

Com o desenvolvimento do processo evolutivo, a matéria tornou-se cada vez mais complexa. Isto só pode ocorrer se o programa cósmico evoluir com o aumento de complexidade da matéria, pois o programa de uma determinada complexidade não pode gerar matéria com diferentes graus de complexidade. Cada grau de complexidade tem seu programa cósmico. O programa cósmico de um determinado grau de complexidade é uma evolução do programa do grau de complexidade imediatamente anterior. A evolução da matéria (aumento de complexidade) e a evolução do programa cósmico (capacidade de gerar maior complexidade) estão inter-relacionadas. A formação das partículas subatômicas, átomos, elementos, moléculas, substâncias, matéria orgânica, seres vivos, enfim tudo o que existe na dimensão material do cosmos é devida ao processo de evolução do programa cósmico.

O programa cósmico é o mecanismo gerador da evolução, porém ela       depende das leis da físico-química, pois são elas que dão estabilidade ao processo. Uma determinada organização da matéria permanece estável para uma determinada faixa de variação das condições físico-químicas ambientais enquanto as leis da físico-química garantirem esta estabilidade. Apesar de o programa cósmico original ser o mesmo em qualquer lugar do cosmos, o processo evolutivo não é, pois depende das condições ambientais de cada local.

A diversidade dos tipos e formas de organização da matéria, inclusive seres vivos, é devida às diversas evoluções do programa cósmico para poder gerar matéria adaptada ás diversas condições físico–químicas ambientais. Para uma determinada faixa de variação das condições físico-químicas o tipo de organização gerado pelo programa cósmico é sempre o mesmo. O programa específico de um tipo de elemento, substância ou célula não gera outro tipo de elemento, substância ou célula para a mesma faixa de variação das condições físico-químicas. 

Em função da interação entre programa cósmico, leis da físico-química e condições físico-químicas formaram-se os diversos elementos, substâncias, matéria inorgânica, orgânica e os seres vivos. A evolução do programa cósmico da matéria orgânica gerou matéria orgânica cada vez mais complexa até gerar a célula primordial.

Em função das condições físico-químicas do ambiente em que a matéria orgânica se encontrava, o programa cósmico gerou diferentes células primordiais adaptadas a cada ambiente. As diversas espécies de seres vivos não tiveram origem em uma única célula primordial e sim em várias células primordiais, que evoluíram sob diferentes condições ambientais. Após o surgimento dos seres vivos, eles também passaram a influir no processo evolutivo devido às alterações causadas no meio-ambiente por suas atividades.

A evolução do ser vivo é a alteração que ocorre em seu corpo, fisiologia e metabolismo para adaptar-se às mudanças no meio ambiente. Estas modificações são geradas pelo programa cósmico de suas células. Este processo evolutivo ocorreu lenta e gradualmente, começando na célula primordial que o originou até seu estágio atual. A variedade das espécies de seres vivos é devida à diversidade das células primordiais e às diversas mudanças que eles sofreram para adaptar-se às diversas condições do meio ambiente. Como a evolução é um processo lento e gradual, algumas espécies não têm continuidade evolutiva porque a evolução dos seus programas cósmicos não geram alterações compatíveis com suas fisiologias e metabolismos antes de suas extinções. Além disso, catástrofes naturais e atividades predatórias de animais, principalmente dos seres humanos, também conduzem à extinção de espécies.

Ao se refletir sobre a interação entre programa cósmico, leis da físico-química, condições físico-químicas e seres vivos, percebe-se que tudo o que existe em um determinado local do cosmos está interligado. A evolução cósmica é resultante desta interligação. Como a interligação é entre o que existe em cada local, a evolução não é a mesma em todos os locais do cosmos, por isso devem existir em outros locais seres vivos iguais, semelhantes ou totalmente diferentes dos seres vivos terrestres.