Através dos estímulos, do movimento e da interação com os objetos, a criança descobre, interpreta e compreende o mundo

 

Este artigo tem como objetivo, conhecer sobre a motricidade Infantil, e compreender as quatros fases do desenvolvimento. Neste sentindo, conhecer as fases do desenvolvimento infantil é de fundamental importância para o professor que pretende trabalhar com a infância, pois através deste conhecimento teórico, o mesmo, poderá organizar seu planejamento de forma significativa, assim como promover aprendizagem e o desenvolvimento da criança.

Vale ressaltar que o surgimento da capacidade simbólica no processo de desenvolvimento da criança traz para ela inúmeros benéficos, logo a seguir citaremos as quatros fases, dentre elas são: A primeira conhecida como a fase do movimento reflexo, caracterizada principalmente nos bebês, desde do útero até os quatro meses de vida. Nessa faixa etária, o bebê responde a um sorriso; segue com o olhar objetos em movimento; de bruços; gosta de colocar a mão e objetos na boca;

Entendemos que a 2° fase é a do movimento rudimentar, caracterizada pelos primeiros movimentos voluntários; eles são maduramente determinados e possuem uma característica sequencial altamente previsível no aparecimento. corre; sobe e mexe em tudo; rola sobre si mesma, arrasta-se ou engatinha caminha quando segura pela mão ou se apoiando nos móveis.

Já a 3° fase é a do movimento fundamental, quando começam a desenvolver um crescimento das habilidades motoras básica. Na faixa de dois a sete anos, as crianças estão na época das descobertas, na busca de como executar movimentos com o maior controle. Para Piaget (1975), o pensamento pré-operatório é caracterizado pelos traços de comportamentos, tais como: egocentrismo, centração, reversibilidade e configuração estáticas. Nessa fase de centração, a criança não consegue explorar diferentes estímulos visuais de uma mesma figura, assim, ela fixa apenas no ponto que mais chamou atenção. Da mesma forma, a centração acontece em fatos do seu dia-a-dia, a criança não vai para a creche para brincar no parque, comer, dormir, ouvir histórias, etc. na sua centração cognitiva, ela vai na creche somente para brincar no parque.

Outro traço característico do comportamento nesta faixa etária, é o egocentrismo e a centração, para Piaget (1975) também apresenta a reversibilidade como outra característica da fase pré-operatória. Este comportamento é presenciado na medida em que o pensamento infantil de 4-6 anos apresenta dificuldades em acompanhar a transformação dos objetos.

E por último, não menos importante a 4 ° fase é a do movimento especializado, em que o movimento, em vez de serem identificados como aprendizagem, passam a ser uma ferramenta que pode ser aplicada a uma variedade de habilidades, combinadas e elaboradas. Começa em torno dos sete anos de idade e segue pelo resto da vida.

Estudos realizados por Jean Piaget sobre o desenvolvimento percepto-cognitivo serão tomados base para este assunto. O desenvolvimento cognitivo apresenta-se como um processo gradual, caracterizado por sequências, não por estágios amplos, em que a inteligência não e exatamente a mesma em diferentes momentos da vida, pois a quantidade de informações deve corresponder ao desenvolvimento da criança. quanto menor ela for, maior ser a sua dificuldade em processar estímulos variados ao mesmo tempo. Precisa-se respeitar o processo de construção durante o qual as capacidades intelectuais se desenvolvam.

A teoria cognitiva de Jean Piaget exerce um papel muito importante em todas as áreas da psicologia e nos campos aplicados à educação. Deixando de lado a avaliação do nível de inteligência de um indivíduo por meio de sua resposta a itens de determinados testes, Piaget adotou um método clinico, através da qual procurou acompanhar o processo de pensamento da criança, para então chegar ao conceito de inteligência como capacidade geral de adaptação do organismo.

A sua teoria descreve uma interação entre fatores biológicos e sociais, enfatizando cinco conceitos fundamentais: Esquema: acomodação; assimilação; adaptação e equilíbrio.

Baseado nesses conceitos, Borges, 1998, sugere uma relação com as atividades na educação física, na qual podemos perceber que a escolha delas é tão importante quanto encorajamento e a oportunidade de participação de todas as crianças tais como: Começar sempre com estruturas simples e aos pouco estruturas mais complexas; Permitir que cada criança vivencia uma variedade de atividades motoras (assimilação); Dispor um tempo para que a criança se familiarize com os movimento; Permitir que a criança tome suas próprias decisões em relação a melhor forma de movimentar-se e manter seu corpo sob controle e por último certificar de que a duração e a complexidade das atividades estejam de acordo com o equilíbrio da criança.

É importante que o professor proporcione as crianças, um ambiente que estimule a motricidade, pois através dos estímulos, do movimento e da interação com os objetos, a criança descobre, interpreta e compreende o mundo, e ao mesmo tempo desenvolve as suas capacidades motoras, cognitivas, emocionais e sociais. Este resumo foi baseado no livro, Educação Física Infantil, Pref.º Rodrigo Willian Ferreira. Organização do trabalho pedagógico na educação infantil: reflexão e pesquisa- Edilaine Vagula e Marlizete Cristina Bonafini Steinle. BORGES, Cecília Maria Ferreira. O Professor de Educação física e a Construção do Saber. Campinas, SP: Papirus, 1998. Gean Karla Dias Pimentel, Graciele Castro, Renata Rodrigues de Arruda