ATIVIDADES MEDIÚNICAS Os médiuns geralmente são pessoas muito endividadas. Quando chegam a espiritualidade, o sofrimento é muito grande e a pessoa fica desesperada. São muitos os cobradores destas pessoas. Eles então são socorridos e é lhe oferecido o trabalho mediúnico para sanar os seus débitos. E assim estas pessoas renascem no mundo para recuperar todos aqueles que ofendeu e praticar a caridade de todas as formas para ter boas perspectivas de vida futura. Acontece que chegando aqui estes médiuns se defrontam com muitas dificuldades e então eles partem para outros rumos, procuram escolher os caminhos supostamente mais fáceis e esquecem os seus compromissos. Os compromissos são feitos em duas frentes de trabalho: o socorro aos encarnados e desencarnados em sofrimento e seu esclarecimento, visando sua evolução intelecto-moral. Muitos espíritas e, inclusive vários que encarnaram com tarefa explicita na mediunidade, tão logo se defrontam com a opção de renunciar a uma série de interesses materiais ou com a necessidade de assumir publicamente sua condição de médiuns, desistem do trabalho e preferem assumir a condição de Espíritas não praticantes ou, no máximo freqüentarem palestras e se beneficiarem do passe e da fluidoterapia. A responsabilidade desses espíritas é grave, pois, tendo encarnado com tarefas programadas, se omitiram e terão de reencarnar, provavelmente em condições mais difíceis, para cumprirem seus compromissos com as áreas de socorro e esclarecimento através da mediunidade. Hoje, estes médiuns deveriam estar atendendo estes irmãos sofredores com todo o amor e carinho, mas com a negligência, amanhã estes médiuns virão pedir socorro aos centros espíritas por estarem em muitos sofrimentos. Muito mais importante que o trabalho profissional, que geralmente representa um médio de sobrevivência material, os compromissos espirituais se traduzem em deveres sérios, cujo descumprimento acarreta o agravamento dos débitos já registrados na contabilidade da própria consciência. O número de médiuns falidos, infelizmente, é significativamente maior que o dos que cumprem suas promessas feitas antes da encarnação. Muitos se intimidam com as possíveis represálias e críticas do meio onde vivem, outros não conseguem adquirir as virtudes necessárias ao seu exercício, outros se acomodam com um estilo de vida sem maiores responsabilidades morais e cada um que procura uma justificativa que sua própria consciência não aceita. Séria é a responsabilidade dos médiuns, que, por uma questão de planejamento dos espíritos superiores, nascem em condições favoráveis ou adversas, mas tudo visando a sua melhor preparação e continuidade na tarefa. Conscientizem-se, então, médiuns de que não se trata esta tarefa de mero apêndice na vida de cada um, mas uma prioridade cujo cumprimento ou não produzirá a derrota ou a vitória espiritual