RESUMO

O objetivo geral do presente estudo é conhecer as atividades executadas no laboratório de materiais de engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN). No que se refere a metodologia adotada trata-se de uma pesquisa documental realizada em fichas de procedimento dos ensaios de materiais. Para alcance desse objetivo foram descritos os seguintes objetivos específicos: descobrir quais os agregados gerais utilizados no laboratório; identificar os materiais cerâmicos utilizados no laboratório; identificar os materiais aglomerantes e argamassas utilizados no laboratório; descobrir como realizar as escolhas de concreto e similares na área de construção civil; e caracterizar os tipos de aço usados pela construção civil. Conclui-se que a realização de ensaios é de extrema importância no controle de construções, para verificar as características dos materiais e saber empregá-los adequadamente nas edificações.

1 INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil vem crescendo a cada dia que passa e se torna uma área de extrema importância no contexto político geral. Em relação a estrutura econômica geral do país, uma das coisas que mais representa seu crescimento na macro-economia global são seus avanços tecnológicos, ao qual, a engenharia civil vem se destacando com as inovações das construções, que estão sendo realizadas cada vez mais rapidamente, e representa uma das áreas que mais movimenta dinheiro no mundo.
Pode-se dizer que a criação do laboratório de materiais deve-se ao fato do crescimento e importante da engenharia civil como atividade econômica e a inexistência de um conjunto de conhecimento teórico com aplicações práticas que permitam a gestão adequada em relação as suas características específicas, de modo a serem feitos experimentos que verifiquem as características, controle e padronização dos materiais.
Mediante o que foi discutido tem-se como objetivo geral conhecer as atividades executadas no laboratório de materiais de engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte(UFRN).
Para alcance desse objetivo foram descritos os seguintes objetivos específicos: descobrir quais os agregados gerais utilizados no laboratório;
identificar os materiais cerâmicos utilizados no laboratório; identificar os materiais aglomerantes e argamassas utilizados no laboratório; descobrir como realizar as escolhas de concreto e similares na área de construção civil; e caracterizar os tipos de aço usados pela construção civil.
Nesse sentido, o presente trabalho foi estruturado de modo a conter:
resumo, abstract, introdução, metodologia, agregados gerais, materiais cerâmicos, materiais aglomerantes e argamassas, concreto e similares, laboratório de aço e conclusão.

2 METODOLOGIA

Quanto à metodologia adotada, trata-se de uma pesquisa exploratória para alcançar os objetivos descritos no trabalho. Assim, para realização dessa pesquisa foi utilizado o laboratório de materiais de engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Quanto aos procedimentos adotados foi realizada uma pesquisa documental através de documentos como fichas de procedimentos de laboratório sobre o uso de materiais. Dessa forma, trata-se de dados qualitativos que estavam contidos nas fichas a descrição dos procedimentos de ensaio de materiais.

3. ATIVIDADES DO LABORATÓRIO

3.1 AGREGADOS EM GERAL

Agregados são frações de rochas, popularmente designadas "pedras e
"areia". Fragmentos de rochas com tamanho e propriedades adequadas são utilizados em quase todas as obras de infra-estrutura civil, como em edificações, pavimentação, barragens e saneamento. Esses materiais incluem, por exemplo, blocos, pedras, pedregulhos, cascalhos, seixos, britas, pedrisco, areias, etc. A faixa de tamanho desses fragmentos é bastante ampla desde blocos com dezenas de centímetros, como os "enrocamentos" usados em barragens, tem partículas milimétricas, com os "agregados" usados na confecção do concreto para a maioria das edificações (FARIAS & PALMEIRA, 2010,).
TABELA 01- Tipo de ensaio de agregados gerais segundo a normativa (NBR).
TIPO DE ENSAIO NBR Abrasão "los Angeles" NBR Nm 51/2001 Análise granulométrica NBR NM 248 Massa especifica real NBR NM 52/2009 Massa especifica aparente NBR NM 52/2009 Inchamento da areia NBR 6467/2006
Índice de forma dos grãos(método do paquímetro) NBR 7809/2006 Qualidade da areia NBR 7221/1987 Teor de absorção NM 53/2002 Teor de argila em torrões NBR7118/2010 Teor de materiais pulverulentos NBR 7219/87 Teor de umidade NBR 9775 /1987 Separação para catalisação do agregado miúdo NBR 7211/2009 Massa unitária agregado estado solto NBR 7251/1982 Massa unitária agregado compactado estado seco NBR 7810/1983 Fonte: Trabalho do Laboratório, 2011.

3.2 MATERIAIS CERÂMICOS

As cerâmicas são obtidas a partir de uma massa a base de argila, submetida a um processo de secagem lenta e, após a retirada de grande parte da água, cozida em temperaturas elevadas. Um dos critérios mais tradicionais para classificação das cerâmicas é a cor da massa, que pode ser branca ou vermelha. As cerâmicas vermelhas, o objeto deste capítulo, são provenientes de argilas sedimentares, com altos teores de composto de ferro, responsáveis pela cor avermelhada após a queima. São utilizadas na fabricação de diversos componentes de construção, tais como tijolos maciços, blocos cerâmicos, telhas, tubo cerâmicos, tavelas, dentre outros (KAZMIERCZAK, 2010,) TABELA 02- Tipo de ensaio de materiais cerâmicos segundo a normativa (NBR) TIPO DE ENSAIO NBR Resistência à compressão com capeamentotijolo/blocos NBR 15270 3/2005; NBR 6461/1983 Resistência à compressão- telha NBR 9599 Resistência a flexão- telha NBR 6462/1987 Teor de absorção NBR 8947/1985 Fonte: Trabalho do Laboratório, 2011.

3.3 MATERIAIS AGLOMERANTES E ARGAMASSAS

Aglomerante é o material ativo, ligante, em geral pulverulento, cuja principal função é formar uma pasta que promove a união entre os grãos do agregado. São utilizados na obtenção das argamassas e concretos, na forma da própria pasta e também na confecção de natas (ARAÚJO et al.,2011).
TABELA 03- Tipo de ensaio de materiais aglomerantes e argamassas segundo a normativa (NBR) TIPO DE ENSAIO NBR Pega NBR 11581/1991 Finura NBR 11579/1991 Expansibilidade Frio "Le Chatelier" NBR 11582/1991 Resistência à compressão (incluindo confecção de pasta, moldagem, cura, capeamento e ruptura)- 04 C.P.s por idade(03,07 e 28 dias) NBR 7215/1996 Resistência à compressão só ruptura NBR 7215/1996 Expansibilidade quente "Le Chatelier" NBR 11582/1991 Fonte: Trabalho do Laboratório, 2011.

3.5 MATERIAIS DE CONCRETO E SIMILARES

O Concreto é um material formado pela mistura de cimento, água, agregados (areia e pedra) e, eventualmente, aditivos.
A obtenção de um concreto com qualidade requer uma série de cuidados.
Esses cuidados englobam desde a escolha de seus materiais, a determinação de um traço que garanta a resistência e a durabilidade desejada, passando pela homogeneização da mistura, sua correta aplicação e adensamento, até a "cura" adequada - que garantirá a perfeita hidratação do cimento.
TABELA 04- Tipo de ensaio de materiais de concreto e similares segundo a normativa (NBR) TIPO DE ENSAIO NBR Resistência à compressão (com capeamento e ruptura) NBR 5739/2007 Resistência à compressão de vigas e blocos de concreto NBR 12118/2010 Resistência à compressão para esclerometria (valor para impressão) NBR-7584/1995 Dosagem racional (só confecção) e ruptura dos C.P.s. NBR 7212/1984 Teor de absorção de água por imersão NBR 9779/1995 Densidade aparente do concreto endurecido NBR 6118/2011 Teor de absorção de água por capilaridade NBR 9779/1995
Ìndice de vazios NBR 12051/1991 Resistência à tração por compressão diametral NBR 7222:2010 Resistência à tração na flexão NBR 12142:2010/ ASTM C 78/1984 Fonte: Trabalho do Laboratório, 2011.

3.6 LABORATÓRIO DE AÇO

Há mais de uma década, os fabricantes nacionais de vergalhões desenvolveram o processo de fabricantes do CA-50 soldável produzido em "leito de barras", ou seja, laminados na forma de barras retas. O desenvolvimento do CA-50 soldável produzido na forma de barras foi feito para todas as bitolas comercializadas, de 6,3 mm a 32,0 mm (BATISTA et al.,2010).

TABELA 05- Tipo de ensaio de laboratório de aço segundo a normativa (NBR) TIPO DE ENSAIO NBR Resistência à tração (até 10t) c/ gráfico NBR ISO 6892:2002 e NBR 6152/1992 Resistência à tração (11 a 20t) c/ gráfico NBR ISO 6892:2002 e NBR 6152/1992 Resistência à tração (21 a 30t) c/ gráfico NBR ISO 6892:2002 e NBR 6152/1992 Dobramento normal - até 3 amostra (valor p/7n.) NBR 6153/1988 Dobramento normal - de 4 a 10 amostra (valor p/7n.) NBR 6153/1988 Dobramento normal - de 11 a 20 amostra (valor p/7n.) NBR 6153/1988 Dobramento normal - de 21 a 50 amostra (valor p/7n.) NBR 6153/1988 Dobramento normal - mais /50 amostras (valor p/7n.) NBR 6153/1988 Dobramento normal - guiado até 03 mas. (valor p/7n.) NBR 6153/1988 Dobramento normal - guiado de 03 a 10 mas. (valor p/7n.) NBR 6153/1988 Fonte: Trabalho do Laboratório, 2011. 4 RESULTADOS Os ensaios do laboratório de materiais da UFRN servem de base para trabalhos na áreas de engenharia, tais como verificações das características dos agregados em geral, pesquisas envolvendo materiais cerâmicos analisando os materiais aglomerantes, argamassas utilizadas no laboratório e as características dos tipos de aços usados pela construção civil. Todos esses ensaios auxiliam no cálculo de traços de concreto e na escolha dos tipos de matérias necessários na composição.

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