ATÉ QUANDO, SENHOR?

Logo após Isaias ser escolhido como profeta, diante da tremenda crise espiritual gerada após a morte de Uzias, o profeta fez essa pungente pergunta ao Senhor: "Até quando, Senhor?"

Acredito que esta pergunta é uma das mais proferidas por muitos cristãos.

É difícil esperar com paciência no Senhor. Aliás, a paciência é uma das virtudes mais difíceis, de se encontrar no meio do povo de Deus. Mas, existe uma maneira de se obter paciência, uma fórmula bíblica infalível, embora não desejada. Ela se encontra em Romanos 5.3. Paulo diz:

"Nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência."

São muitos os exemplos bíblicos de pessoas e até povos que tiveram a sabedoria de esperar em Deus.

No final grande foi a recompensa, grande foi a vitória.

Noé esperou muito tempo, como pregoeiro da justiça, anunciando a soberania de Deus no mundo.

O mais incrível de tudo é que, mesmo depois de esperar tanto, após entrar na arca com sua família, encontramos um relato insólito de algo que deve ter parecido desesperador:

"E entrou Noé e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca. E aconteceu que, passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio". Gn 7.7,10

Depois de esperaram tantos anos, após entrarem na arca, ainda tiveram que esperar mais sete dias. Mesmo assim, ninguém perguntou:

-Até quando Senhor!

Abrão e Sara receberam uma gloriosa e grandiosa promessa:

"Olha, agora, para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente". Gn 15.5.

Depois desta promessa muitos dramas aconteceram. Como costumamos dizer: Muita água passou por debaixo da ponte. Muitos anos se passaram, mas um dia a promessa de Deus foi cumprida.

Você, amado irmão, amada irmã, é crente. Crente é aquele que crê e se crê espera.

O autor do livro de Eclesiastes sabiamente escreveu:

"Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás?" Ec 11.1

Vamos aguardar com mais fé e paciência as ricas promessas de Deus para as nossas vidas?