ATÉ QUANDO FICAREMOS DE JOELHO?

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

            Não é sempre que tenho vontade de escrever a respeito de políticos e de suas artimanhas! Aliás, venho de uma família amante e com tradição na propagação da boa e salutar política. Desde os primeiros anos de vida, convivia com meu saudoso pai e, em suas andanças pelos interiores de Capinzal (SC), sempre puxava dinheiro do próprio bolso e fazia a política do seu jeito. Na verdade adorava estar no meio do povo!

            Atualmente vendo a atuação de inúmeros políticos, desculpe a sinceridade, tenho nojo e repulsa. Obviamente existem muitas exceções; entretanto, os mais espertos batem palmas ao encontrar quem escreve neste estilo, pois desejam o afastamento da maioria, assim, podem fazer todo tipo de falcatrua.

            Ao observar que o ‘mandante’ da nação gastando milhões em suas viagens internacionais (gastança com falta de transparência) e mandando aprovar leis para agradar seus apadrinhados, fica a pergunta: será que ficaremos de joelhos frente às estas barbaridades e maracutaias? Vivemos enlameados até a boca, mas, o governo aumentou para 38 o número de pastas ministeriais. Para a Lei Rouanet entregou quase um bilhão de reais. Aumentou o preço do diesel e da gasolina. O desemprego aumenta a cada mês. Há cortes nas Verbas de Saúde e Educação. Já foram gastos 54 milhões em publicidade e 9,5 bilhões em emendas Parlamentares para serem aprovados projetos no Congresso Nacional.

            Não bastassem essas atrocidades do ‘mandante’, temos a instância maior do setor judiciário, na visão de Deltan Dallagnol: este é o setor aonde não há justiça e nele criam-se subterfúgios para a destruição da democracia e na defesa da criminalidade e de absolver os condenados da ‘lava jato’ que passou a ser perseguida!        

            Enfim, ficaremos de joelhos frente a tantos acontecimentos que nos envergonham? Infelizmente ainda estamos no ápice da famigerada lei do Gérson, segundo a qual uma pessoa que gosta de levar vantagem em tudo a segue no sentido negativo de se aproveitar de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas, morais ou legais. É lamentável estarmos convivendo com esse tipo de gente, ainda mais em altos cargos políticos.

            Às vezes tenho a impressão de estar fazendo o papel de um ridículo ‘palhaço’, além de ‘otário’, pagando todos os impostos e tributos pelos quais a legislação obriga-me a liquidar, contudo, essa minha destreza não encontra firmeza e credibilidade no setor aonde deveria primar pela plena justiça; o pior, lá o corrupto, o ladrão, o apadrinhado, dentre outrem são ganham as comodidades e regalias.

Em que pese às diferenças políticas, ideológicas e religiosas, não posso conviver com enganação, corrupção e, sobretudo, com a falta de liberdade em falar e escrever o pensado.

Em 1987, em plena Assembleia Constituinte, lutamos bravamente para termos uma Constituição mais justa e humana, infelizmente, cada vez mais, afastamo-nos dos belos princípios desta Magna Lei de 1988, como estado democrático, soberania popular, cidadania, dignidade da pessoa humana e, passamos a conviver com imperativas de uma justiça engessada e cheia de interesses e paradoxos!

Acordemos enquanto há tempo, uma vez que não fomos criados para ficar de joelhos frente às situações amargas, que acabam deixando qualquer criatura irada e até doente!

Pensemos nisso, até o próximo!