Astronauta do pensamento

            Esse texto segue o mesmo linha de interpretação de mundo divulgado neste site, webartigo e por eu,  Gilmar Martins de Souza com o tema: Visão de mundos a luz da teoria piagetiana: a linguagem como forma de interação entre eles (https://www.webartigos.com/artigos/visao-de-mundos-a-luz-da-teoria-piagetiana-a-linguagem-como-forma-de-interacao-entre-eles/112309).Toda a narrativa feita nesse trabalho ocorre sob uma visão subjetiva e abstrata, mas que ao mesmo tempo é resultado de questionamentos e dúvidas. As duvidas são descartadas quando nós resolvemos usar de nossa razão, do raciocínio lógico, do pensamento, pra buscar explicações, mesmo pelo um caminho por mais complexo e cabuloso, que de alucinações pode-se transformar em respostas para a própria existência. Claro que as conclusões embora precipitadas possam nos levar a outras e outras ainda melhores. Nunca são verdades absolutas, até mesmo porque a existência que é coisa de cada um. A realidade é universal, a verdade não é pronta e acabada porém a existência é coisa individual. O fim de um não é o fim de todos, porém pra esse um é o fim de tudo e de todos.

          O astronauta do pensamento é um personagem recluso dentro de seu próprio ambiente, ou seja, seu corpo, sua casa, “seu mundo” ( ele é como um planeta).  A realidade para ele é que ele esta em órbita, tudo gira em torno de si mesmo, luz e trevas são características próprias.   Neste contexto os acontecimentos são conceitos de realidades aceitáveis ou não (caminhos a serem seguidos),  mas que de uma maneira ou de outra ele entende que existem regras(como o próprio ego, como a justiça ou a injustiça, como a política, a religião, a cultura, os dogmas e as diferentes classes sociais e econômicas de cada lugar) a serem estabelecidas e a serem aceitas dentro de cada visão. De certa forma torna-se compreensivo que o “seu mundo” pode ficar submetido e por fim até corre o risco de se tornar submisso e por vez ameaçado diante dessas regras estabelecidas e a serem aceitas. E existem as ameaças (“asteroides”) , que rodeiam o interior de sua casa ( seu corpo).  Esses corpos incluem o seu próprio ego, o medo, os sentimentos, as derrotas, os julgamentos, os conceitos, os preconceitos, as emoções, os desafios, os delírios, os conflitos, os confrontos etc. Fruto da confusão gerada pelas regras estabelecidas e que ameaçam sua existência. A força dos “asteroides” provem daquela realidade escolhida e absorvida do lado de fora e que para se defender desses corpos ele tem duas opções ou os ataca ou esconde deles ( os asteroides). Se atacar ele sabe que no caso de ser atingido pode ser fatal, e se esconder ele pode ficar submetido e acuado ao  sistema. Por vez, mesmo acuado, e convencido de não atacar,  ele sabe que existem possibilidades de atrito com um desses asteroides, isso porque a atmosfera interior desse “mundo” não compete atribuições de forças tão quanto competente a do universo que até mesmo pequenos atritos podem destrui-lo, e nessas circunstancias,  ou ele se acaba ou fica perdido dentro de seu  interior, o que o deixa propício aos perigos lá de fora.( perturbado, fracassado, fragilizado, manipulado ou até mesmo louco). Porém nem tudo esta perdido, existem ainda as chances disso não acontecer, mas como? Primeiro recuar, porém com sabedoria, elaborando o tempo pra o ataque ( pensando, refletindo, questionando, elaborando ideias e objetivos pra ganhar). E como atacar? Já atacou! Só mesmo recuando encontra as chances pra ganhar. O recuo inteligente é a principal fonte pra chegar ao conhecimento, ao fortalecimento e a vitória.

       Descartes visualizou a filosofia como uma árvore onde a metafísica são as raízes, a física é o tronco e as outras ciências são os galhos. Percebia desta forma o conhecimento como uma unidade, todos os saberes estão interligados. (http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=70). Portanto Descartes utilize-se de seus conhecimentos para formalizar a metáfora da árvore.O astronauta do pensamento é criado pela metáfora do universo, onde o individuo é um corpo celestial, e todos os outros indivíduos ( corpos celestiais) estão em orbita cujo elemento central é o primeiro. O individuo é comparado a um planeta ou a uma estrela que se destaca perante a todos os outros corpos que ali se encontram em orbita e que se encontra a abaixo da atmosfera terrestre Os outros corpos , são de igual ou menor intensidade e força, vai depender do sistema de recuo de cada um.(raciocínio lógico).

                   A metáfora do Universo consiste em comparar o Universo do Pensamento com o Universo real. No segundo temos dois movimentos o de rotação e o de translação e no primeiro temos somente o de rotação já que tudo gira em torno dele e ele como centro de tudo, somente gira em torno de si mesmo. Assim como no Universo real, no Universo do pensamento temos que ficar com o pé no chão, e é no pensamento que encontra a força da gravidade do individuo. Há um espaço espaço muito grande no Universo do pensamento. Para se chegar até o raciocínio lógico existe uma distância muito grande para uns e menos para outros, basta a vontade de cada individuo em chegar por lá, e enquanto não chega, , ele fica flutuando e perdido no interior desse espaço, e por fim submetido as forças externas já expostas, onde primeiro ele tem obedecer as regras, regras essas que se resumem em ameaças ( “os meteoritos”). Por isso a necessidade da força de vontade de cada individuo, caso contrário ele fica submisso a imperfeição, como é o caso do grupo dos descontrolados, dos desorientados, dos manipulados que se não cuidarem vão para o grupo dos psicopatas e dos loucos.

           “ O mundo vai acabar” todos já ouviram essa frase. E vai acabar mesmo!. O mundo existe enquanto temos vida. Toda a realidade que o homem vive é fruto de sua existência. “Assim como Sócrates “só sei que nada sei” e assim como Descartes eu sei que se ” penso logo existo”.

       “ a filosofia antes de mais nada, ela é uma forma de observar a realidade que procura pensar os acontecimentos além da sua aparência imediata. Ela pode se voltar para qualquer objeto: pode pensar sobre a ciência, seus valores e seus métodos; pode pensar sobre a religião, a arte; o próprio homem, em sua vida cotidiana..” . (https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/pensamento-filosofico-uma-maneira-de-pensar-o-mundo.htm).