ASTRO TERRENO: SUA FORMAÇÃO 

No século dezenove, o codificador do Espiritismo, Allan Kardec, em estudos diversos sobre as origens do Universo, do nosso Sistema Solar e, consequentemente, sobre as origens do nosso Astro terreno, refere no capítulo VIII, ‘Teoria Sobre a Terra’, Item 1, que: 

“De todas as teorias referentes à origem da Terra, a que teve maiores créditos, nestes últimos tempos, fora a de Buffon, seja por causa da posição de seu autor no mundo sábio, seja porque dela não se sabia mais nessa época. Vendo todos os planetas se moverem na mesma direção, do ocidente para o oriente, e no mesmo plano, percorrendo órbitas cuja inclinação não excede 7 graus e meio, Buffon concluiu, dessa uniformidade, que eles devem ter sido colocados em movimento pela mesma causa”. 

“Segundo ele, sendo o Sol uma massa incandescente em fusão, supôs que um cometa tendo com ele se chocado obliquamente, roçando as sua superfície, dele destacou uma porção que, projetada no espaço pela violência do choque, dividiu-se em vários fragmentos. Esses fragmentos formaram os planetas, que continuaram a se mover circularmente, pela combinação da força centrípeta e da força centrífuga, no sentido impresso pela direção do choque primitivo, quer dizer, no plano da eclíptica”. 

E Kardec, “corrigindo” Buffon, recorda que: 

“A teoria da formação da Terra pela condensação da matéria cósmica é a que prevalece hoje na Ciência como sendo a melhor justificada pela observação, que resolve o maior número de dificuldades e que se apóia, mais que todas as outras, sobre o grande princípio da unidade universal”. (Vide: “A Gênese” – AK – 1868 – Ide). 

Entretanto, Emmanuel, o mais importante instrutor espiritual do Século 20 findado, não desmente Buffon, mas lhe completa mais judiciosamente, bem como a Kardec, pois, para ele: 

“Rezam as tradições do Mundo Espiritual que na direção de todos os fenômenos do nosso Sistema, existe uma comunidade de Espíritos Puros e eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida em todas as coletividades planetárias. Essa comunidade de Seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos”. 

“A primeira, verificou-se quando o Orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no tempo e no espaço, as balizas do nosso sistema cosmogônico e pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção”. (Vide: “A Caminho da Luz” – Espírito: Emmanuel – médium FCX – 1938 - Feb). 

Logo, se os Astros se formam pela condensação de fluidos diversificados, de energias que se condensam e se estruturam na forma de matéria solidificada, estamos a ver que tal perspectiva não é regra geral, pois existem variantes diversas da mesma para o processo genético das coisas; e, Emmanuel no-la confirma por tais preceitos divulgados em sua obra datada do Século 20 com o mundialmente e famoso médium Francisco Cândido Xavier.  

E há que ser assim, no sentido de distenderem-se nossos conhecimentos e saberes de todas as coisas, pois que a Mente de Deus é Infinita e, portanto, infinito há que ser nossos estudos pela infinidade das coisas, do Espírito e da Matéria, que fundamentalmente se estruturam como ‘Ciência de Tudo’, do pequeno e do grande, do átomo e das estrelas, resumo de nossas perspectivas universais. 

Fernando Rosemberg Patrocínio

Articulista, Palestrante e Escritor.

Blog: fernandorpatrocinio.blogspot.com.br