RESUMO

A Depressão Puerperal representa uma condição clínica que deve dedicar atenção às gestantes acompanhadas pelo serviço de enfermagem devendo ser realizada a detecção precoce de possíveis casos na tentativa de se desenvolver um acompanhamento adequado e eficiente. O trabalho visa responder a seguinte questão norteadora: qual a atuação do enfermeiro diante de um caso de depressão pós-parto e quais fatores que predispõem ao desenvolvimento deste quadro?Para responder a esta questão foi desenvolvido um estudo de levantamento bibliográfico do tipo descritivo com o objetivo de caracterizar a ação do enfermeiro e os fatores que predispõem ao aparecimento deste quadro a fim de se reunir teorias com o intuito de oferecer um material que responda a estes questionamentos. A justificativa para a realização deste trabalho refere-se ao grande número de mulheres acometidas pela depressão pós-parto e a grande necessidade de traçar os fatores que predispõem ao aparecimento desta patologia na tentativa de estabelecer um plano de cuidados com a finalidade de evitar o aparecimento da mesma. O enfermeiro deve estar capacitado para desenvolver um programa voltado para informações aos pacientes, incluindo orientações preventivas, voltadas a puérpera, aos familiares na tentativa de evitar a maioria dos casos e de recuperar as atingidas pela depressão.

Palavras-chave: Depressão Pós-Parto. Atuação da Enfermagem. Fatores Predisponentes

1     INTRODUÇÃO

Após o processo gestacional, a puérpera está sujeita a alterações em diversos campos se sua saúde incluindo desde o físico ao psicossocial, o que contribui para o desenvolvimento de alguns transtornos como depressão pós-parto(DPP), psicose puerperal e tristeza pós-parto que diferem entre si em diversos aspectos.

Segundo Silva e Botti (2005 p.231), atualmente a Depressão Pós-parto (DPP) corresponde a um quadro que pode causar complicações que se detectadas precocemente não levam a nenhum agravamento do quadro.

O desenvolvimento desta monografia visa responder a seguinte questão norteadora: Qual a atuação da enfermagem frente à depressão pós-parto incluindo a predisponência do seu aparecimento? O objetivo deste trabalho foi demonstrar através de uma revisão bibliográfica o papel da assistência ao paciente com DPP, identificando os fatores predisponentes assim como as medidas e estratégias para uma melhor forma de tratamento e controle, reconhecendo precocemente os casos existentes.

A DPP atinge um grande número de puérperas representando uma condição clínica muito frequente na atualidade. Desta forma torna-se imprescindível que o enfermeiro esteja capacitado para reconhecer precocemente os casos e os fatores predisponentes com a finalidade de desenvolver um plano de cuidados com a intenção de evitar a maioria das complicações a que a puérpera com DPP possa apresentar.

Este trabalho tem como objetivo geral: Compreender a Depressão pós-parto no olhar da enfermagem, enfocando a assistência à mulher; e objetivos específicos:  Sumariar a epidemiologia, a etiologia e os fatores de riscos pelo profissional de saúde na depressão pós-parto; Pontuar os sintomas da depressão pós-parto; Articular o diagnóstico e tratamento na depressão pós-parto na percepção do enfermeiro; Verbalizar a prevenção da depressão pós-parto na assistência a saúde da mulher; Designar a importância do conhecimento do profissional de saúde acerca da depressão pós-parto.

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho foi à revisão bibliográfica, de natureza exploratória e descritiva, a partir da análise de resumos de teses, dissertações e artigos selecionados em bases de dados on-line, respeitando a temática Depressão pós parto com enfoque aos fatores predisponentes ao aparecimento na puérpera.

Utilizou-se como metodologia a revisão bibliográfica que consiste na procura de referências teóricas para análise do problema de pesquisa e a partir das referências publicadas fazer as contribuições cientificas ao assunto em questão (LIBERALI, 2011).

2     DEPRESSÃO PUERPERAL

A depressão pós-parto corresponde a um transtorno psíquico, que na maioria das vezes é temporário, evidenciado por um episódio de depressão maior dos que ocorrem com uma grande quantidade de puérperas nas primeiras quatro semanas pós-parto.

Segundo Mattar et al, 2007, p. 471 a depressão pós-parto foi definida como transtorno do humor que se inicia, nas primeiras quatro semanas após o parto e pode ser de intensidade leve e transitória, neurótica, até desordem psicótica.

Segundo Ministério da Saúde, (2012, p. 271):

De 40% a 80% das puérperas desenvolvem tais alterações de humor, geralmente duas a três semanas após o parto, tipicamente, com pico no quinto dia e com resolução em duas semanas. Em comparação, o diagnóstico de depressão pós-parto, maior ou menor, requer que as alterações do humor deprimido ou a perda de interesse/prazer e/ou outros sintomas se apresentem na maior parte do dia, quase todos os dias, por no mínimo duas semanas.

Nas pacientes acometidas, pode-se observar tendo em vista a análise de situações da vida anterior à gestação que a ansiedade é mais evidente. Sintomas de obsessão e compulsão podem ser observados na puérpera, gerando um fator que exige observação e cuidados, pois a paciente com este quadro pode vir até a pensar em provocar injúrias ao bebê. Este quadro deve ser diferenciado da psicose pós-parto, que apresenta aspectos distintos.

Ao se identificar uma paciente com quadro de depressão pós-parto, pode-se observar a presença de transtornos de ansiedade generalizada e de pânico que podem representar uma piora dramática do prognóstico da paciente. [...]