ASSÉDIO MORAL OU GERENCIAMENTO DE CONFLITOS PELO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM: UMA REFLEXÃO

Rosa Gomes dos Santos Ferreira

Jorge Luiz do Nascimento

Introdução:

Considerar o conceito de Assédio Moral é de extrema importância, no contexto cotidiano do trabalho.

Há necessidade de intervenções urgentes e reflexões, para que não sejam consideradas, todas as intervenções gestoras, como assédio moral.

Não se trata de um novo fenômeno e é inerente a má condução dos conflitos laborais, sobretudo no que tange ao trabalho de enfermagem, presente no cuidado permanente e não visitador o que lhe faculta a permanecer em posição vulnerável.

A degradação das condições de trabalho favorece a prevalência de atitudes negativas dos gestores em relação a seus subordinados, acarretando prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e empresas.

Hostilidade, ridicularização, inferiorização, permeiam as relações diante dos pares.

Há que se refletir que em determinadas situações de conflito, inabilidade, não enquadramento de perfil profissional de determinado colaborador no exercício de suas funções, torna-se inevitável a tomada de decisão e que esta pode não acolher positivamente o envolvido.

Isto é uma decisão gerencial, não assedio moral.

Para tanto, identificar e monitorar fielmente o processo que permeia o ato decisório e o enfrentamento da crise e conflito é o que delineia a ocorrência do assedio moral.

A partir do instante em que avaliações, treinamentos, conversas a respeito do que se almeja e do que ganha com o trabalho de um funcionário são tarefas inexistentes no cotidiano laboral, pode-se configurar o assédio.

Objetivos:

Buscamos nesta abordagem simplificada de produção, identificar o assédio sofrido pela enfermagem no de trabalho e delinear as seqüelas do assédio, apontando as soluções para a problemática em tela, sob reflexão temática.

Metodologia:

Revisão literária nas bases científicas de dados, cuja questão de pesquisa é: quais os tipos assédios e as conseqüências sofridas pelos enfermeiros no trabalho?

Resultados:

Não existe uma significação clara a respeito do assédio moral em enfermagem e suas conseqüências para o trabalho e para o trabalhador, dificultando a delimitação do que realmente emerge no campo do cotidiano, como assédio ao colaborador ou medida gerencial.

Quando o assédio advém, a contenda ainda incide de forma velada, por vezes, apenas nos ambientes de trabalho, entre os funcionários, sem que ocorra efetiva denúncia e, por conseguinte, desfecho legal.

 Conclusão:

Para que o assunto seja tratado é imprescindível que os profissionais de enfermagem e gestores de serviços sejam conscientizados a respeito da seriedade da denuncia às esferas competentes, o que na maioria das vezes não ocorre.

Em primeira instancia e mais importante que a denuncia, há necessidade de refletir a respeito do tema, capacitando o profissional ao reconhecimento e diferenciação entre o que vem a ser assédio moral e resolução de conflitos para encaminhamento do trabalho e produção.

Só através deste debate e de revelações claras, a respeito do sofrido pelos profissionais, modificações podem acontecer em relação às leis trabalhistas e constitucionais, bem como no cotidiano do trabalho.

 

Descritores: Bullying, saúde do trabalhador, violência.