AS VITÓRIAS


Dentro do que é razoável, obter uma vitória é sinônimo de conquista,quando se atinge o esperado, após ter tido a confiança de empreender uma busca baseado na ousadia e na fé de que se vence qualquer advento durante o caminho, que se mostre contrario as convicções embutidas dentro da alma.
A liberdade de poder ostentar o que é seu por direito e que isso não se obtém fácil, mas sim com muita luta e persistência, assim atinge-se a vitória.
Os percalços são grandes, as pessoas ora são amigas, ora são inimigas, fazem destas empreitadas algo mais consistente, mais valioso.
Utiliza-se de muitos exemplos, os maus que não devem ser seguidos e sim evitados, e os bons para que se faça melhor ainda. Há também as comparações que são parceiras inevitáveis do trajeto, e que graças a elas põe se um ponto de equilíbrio entre o que vale a pena ser feito e o que não vale.
Após um tempo, o sabor da vitória torna-se menos acentuado, mas não se perde o seu paladar, mas acostuma-se com ele e isto faz-lhe parecer normal,simples,mas na busca desta vitória ficaram-se as cicatrizes,e não são poucas e são elas que trazem a lembrança sempre viva de tudo o que se passou.
Muitas vezes algumas vitórias de antes, parecem tão mais fáceis atualmente, com tanta tecnologia a disposição. Mas para as conquistas em tempos que não se podia contar com tal coisa, será que seria tão fácil?
Onde mora agora o sabor da mesma empreitada quando conquistada sem o auxilio da inteligência atual, disposta em maquinas altamente especializadas para tal feito?
Como conduzir um grande rebanho de gado por centenas de quilômetros no lombo de mulas, mas hoje feito em caminhões computadorizados, com ar condicionado sobre estradas pavimentadas e que engolem centenas de quilômetros na maioria das vezes em um dia?
A sabedoria é uma virtude fabulosa e por isso mesmo que faz nos entender que o sabor da vitória de antes não pode persistir eternamente, pois assim certamente nós acomodaríamos em verdes louros e fatalmente não buscaríamos sempre mais e mais.
Não haveria as comparações dos feitos e tudo seria igual ou de menor valor.
Não haveria a gana por superação e nem haveria as disputas.
Figuram-se ai neste contexto, da sabedoria, os ditados passados por gerações, desenhando-se personalidades e forjando-se diante das dificuldades das escolhas o que é certo e o que é errado.
Desmistificando uma consciência moderna de que para ser bem-aventurado em alguma coisa hoje em dia, despreza-se ate a honestidade e pode se passar por cima de preceitos éticos e morais em nome do empenho de se vencer, em ter vitória a todo custo.
Barganha-se tudo em função da vitória e das riquezas, perdendo-se então o verdadeiro valor agregado ao sentimento de vitória e de conquista.
Valoriza-se o ego em detrimento da virtude, tornando em seres vazios e insípidos os que buscam assim preencher suas vidas com estas vitórias irracionais e miseráveis.
Como já dizia um velho ditado popular; "Conquistam o ouro de tolo", e se justificam em vitórias vazias e inconseqüentes.
A subjetividade da razão aqui fica por conta disto, de quando o valor da vitória pode realmente ser visto e aplaudido como "a vitória".