A morfologia dos tempos.

Tudo que existe é o que não existe.

A realidade apenas uma sombra imaginativa.

  Devo dizer a realidade é irreal.

A linguagem uma fantasia descritiva.

Neológica.

Que mundo é esse.  

O que somos não  podemos ser.

Paropsia dos sonhos.  

 As proposições indescritíveis.

Ausências intermináveis.

Constituem o verdadeiro mundo.

É loucura a profundidade do pensamento.

Parcimonioso.

A historicidade dos tempos históricos.

 Compostos por vácuos intermináveis.

Somos sombras das ficções dos nossos desejos.

Percucientes.

O silêncio obscuro impregnado no vazio.

Nunca fora antes.

Como poderia ser no presente.

Porquanto a idiossincrasia.

O restante do tempo o medo do futuro.

Como se pudesse repetir a eternidade.

Taxologicamente aos vossos destinos.

Quando nem mesmo seu significado existe.

Estar aqui é como não estar em nenhum lugar.

Voluptuosas intuições.

Obviamente que não existe o espaço no tempo.

O que existe é à vontade substanciada no momento.

Como se o instante fosse o sonho desejável.  

A cada repetição o agudo desaparecimento.

Ondas perdidas no infinito.

Como se fossem as possibilidades.

Vossas veleidades perdidas.

Quando objetivamente são  negações dos sonhos.

Verberados.

Nesse instante último será sempre o primeiro.

Um olhar melancólico.

Envolto a um invólucro circulatório.  

Igual a uma caverna perdida as interpretações.

Prodigalizadas.

Ao  mundo de conexões interpretativas.

Não substancializadas.

A percepção da lonjura.

 Perto da representação.

A verdade um dedo angular perceptivo.

As canções imponderadas.

Determinantes aos pobres sinais.

As significações indeléveis.

De um sonho perdido ao meandro  da escuridão.

Propositadamente.

Como se fosse possível ser diferente.

A antítese predestinada.

Ao neo-hegelianismo.

O orgulho de quem não pode compreender.

Magnificamente.

Vossos olhares.

 Mergulhados a estupidez das proposituras.

Inexauríveis entendimentos.

Os derradeiros.

Muito bom ser desse modo e não de outros.

Como se fosse um sinal de indignação.

Correndo ao infinito afora.

Destinando  ao esquecimento.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.