A pergunta fundamental para onde o Brasil vai depois da crise vivida por pelo governo Dilma.  A resposta é simples e histórica, para a constituição de um Estado concentrador e excludente, como aconteceram em governos de tendências mais populares.

  Por que a etimologia de governos de tendências populares, exatamente pelo motivo que no Brasil nunca existiu a esquerda constituída no poder.

 No entanto, a direita sempre esteve presente em governos constituídos, quando a referida não consegue chegar ao poder pela democracia usa  de recursos golpista, o que fizeram com Getulio, Jango e nesse momento histórico fará com a  presidenta Dilma.

Golpe do poder político, já efetivado com a crise getulista, ascensão de governos direitistas, mesmo assim, a retomada de um governo mais popular com João Goulart, a reconstituição de um Estado liberal e protetor dos donos capital, com o regime militar.

Com retomada recente da democracia, ascensão de um governo relativamente de tendência popular, iniciativa do governo Lula, desenvolvendo uma magnífica administração, conciliando desenvolvimento econômico com desenvolvimento humano, o que historicamente sempre negado pelos neoliberais.   

Lula conseguiu trazer a economia brasileira do lamentável décimo sexto lugar para a quinta economia do mundo, fato até então inimaginável, além de pagar a dívida externa, entendida como impagável pelos críticos até então, ainda deixou 700 bilhões de dólares em caixa, fenômeno nunca antes realizado por nenhum outro governo.

Lula com a distribuição da riqueza tirou milhões da linha da miséria, incluindo mais de vinte milhões de cidadãos velhos acima dos setenta anos que por governos anteriores não tinham direito ao sistema previdenciário.  

Construiu dezenas de universidades federais, colando gente pobre como alunos em sala de aulas, aumentou salário mínimo incomparavelmente.

 Portanto, um governo de exuberante sucesso fracassou terrivelmente com seu sucessor,  de um governo de inclusão poderá caminhar para exclusão e produção de miseráveis, com a nova retomada do poder.   

É esse fenômeno que precisará ser entendido, do mais absoluto sucesso ao fracasso, a ideologia que o governo fracassou devido ser um governo produtor da corrupção.

Entretanto, se analisarmos a corrupção historicamente medida pelo PIB, de Getulio, passando pelo regime militar a redemocratização, Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula ao governo Dilma.

 Primeiro e segundo governo, estranhamente proporcional ao PIB foi no governo Dilma que menos praticou a corrupção, em um calculo 3.8% da corrupção medida, atingida no governo federal, ainda proporcionalmente menor em relação às outras instâncias do poder, Estados e municípios, governados por diversos partidos.  

Com efeito, o fracasso do governo não se deve a corrupção, ainda há algo de importante no Governo Dilma, sendo o único que combateu a corrupção, em outros governos as instituições simplesmente silenciaram de certo modo, imagino que não seja por acaso.

A segunda questão a ser colocado qual o motivo da crise política, o fato do partido do PT estar envolvido em corrupção pelo sistema de doação por parte dos empresários.

Acho difícil tal hipótese, pois as verbas recebidas pelos partidos como possível fruto da corrupção apenas 20% foram doadas ao PT, estranhamente 80% aos demais partidos.

Portanto, a ideia de criminalizar o PT é estranha e desonesta, pois os empresários deram dinheiro sujo para o PT e dinheiro legítimo para os demais partidos, soam irracionais tais crenças.

Com efeito, como nasceu a crise, além de estar ligada as leis do capitalismo internacional,  resultou exatamente, na medida em que o governo de tendência popular tentou avançar as demandas populares, na perspectiva da inclusão  de 150 milhoes de brasileiros.

Por essa razão teve que aumentar o tamanho do Estado, a percepção e as necessidades das reformas do Estado, pois o povo sempre elegeu um congresso de direita e oportunista, recusando as reformas objetivando quebrar definitivamente o Brasil como caminho de recuperação do poder em mãos do PT.

Esse é o único caminho, possível nesse momento,  para solução da  crise, a entrega do poder político a ideologia de maior sustentação de direita,  que retomará o desenvolvimento econômico, não diminuído exatamente o tamanho do  Estado,   entretanto, exterminando o modelo de desenvolvimento econômico com desenvolvimento humano.

O que virá posteriormente será terrível para 150 milhões de brasileiros, mais a ideologização da política quer exatamente tal procedimento, o que será efetivado e logo em seguida estabelecido novas crises, consecutivamente.

Professor: Edjar Dias de Vasconcelos.