A partir da era do e-mail, a pessoa está ao seu lado e te manda um e-mail. Então, temos feito um esforço muito grande para que as pessoas se olhem mais nos olhos, se falem mais e ganhem mais confiança. Verificamos aqui uma necessidade premente nos dias atuais, principalmente com o WhatsApp: A volta da humanização das relações no trabalho. E isto é particularmente válido onde a máquina – pelo menos na etapa de produção – reina absoluta, geralmente sob o comando do homem, mas em alguns casos realizando operações pré-programadas, que não podem ser mudadas pelo operador. Em determinadas situações, o homem é apenas um acessório da máquina, tendo ao seu arbítrio a função apenas de apertar botões.

Não estamos aqui, evidentemente, criticando a mecanização dos processos de produção. Muito pelo contrário, pois foi à máquina que liberou o homem de tarefas extremamente extenuantes e insalubres. O que estamos afirmando é que as pessoas se distanciaram no ambiente de trabalho (em seus lares também, mas isto já é outra história), fechando-se em mundos que nem sempre são do interesse da própria corporação onde atuam. Daí o conceito muitas vezes formado de que o ambiente é uma espécie de prisão, uma via crucis cotidiana á qual a pessoa se submete com estoicismo.

Isto tudo é ainda pior, no caso das operações que ocorrem em lugares remotos, fazendo com que a pessoa tenha que ficar horas a fio tendo por companhia apenas a máquina e os seus pensamentos. Nessa condição, quem não tem cabeça boa desanda. È por esta razão que o item Política de Recursos Humanos é um orientador. Às vezes nos esquecemos de que as empresas são formadas essencialmente por pessoas, que são seres sensíveis, pensantes, criativos, quando têm condições de exercer essas qualidades.

Nádia Januário

Bacharel em Administração com Habilitação em Marketing

Especialista em gestão de pessoas