Nos últimos anos, vivemos fatos extremamente importantes na sociedade brasileira, que foi a inclusão, da mulher no mercado de trabalho, fato associado aos fatores econômicos, culturais e sociais. Haja vista, uma luta importante pelas mulheres para conquistar o espaço numa sociedade que sempre demonstraram o preconceito do gênero feminino.

É visível o crescimento que a mulher teve no mercado de trabalho nos últimos anos. As convenções do início do século XX nos mostram que o marido era o soberano da casa e que todos lhe deviam obediência. A mulher não tinha o direito de trabalhar fora de casa e ainda menos ganhar dinheiro. As mulheres que ficavam viúvas, ou que eram muitos pobres, precisavam ganhar um extra e sustentar seus filhos, e para isso faziam doces e bolos por encomendas, costuravam, bordavam, lavavam roupas e passavam.

Era pouco valorizada, quase ninguém reconhecia a importância da mulher, as suas atividades eram mal vistas, diante da sociedade, mesmo assim, com o tempo elas conseguiram destruir as barreiras e deixou de serem apenas mãe e dona de casa, para conquistar o espaço desejado na sociedade. E a partir daí, da década de 70 as mulheres aos poucos foram se inserindo no mercado de trabalho e conquistado o seu espaço que foi tão suado.

Trabalhar fora de casa é uma conquista recente das mulheres. Ter um salário, ser independente e ainda ter sua competência reconhecida é motivo de felicidade para todas. Os valores femininos são diversos, elas têm uma capacidade imensa de trabalhar em equipe deixando de lado o individualismo, e no lugar da competição substitui pela cooperação.

É importante, no entanto, lembrarmos que a inclusão da mulher no mercado do trabalho vem sendo vista, ao longo desses anos, por elevado grau de separação, não só no 
que tange à qualidade das ocupações que têm sido criadas tanto no setor formal como no informal do mercado de trabalho, mas principalmente no que se refere à desigualdade salarial entre homens e mulheres que ainda existem.

Conforme estudo recente observa-se, que a mulher tem tido uma inserção maior no mercado de trabalho e também, uma significativa melhora. Contudo, ainda não foram superadas as recorrentes dificuldades encontradas pelas trabalhadoras no acesso a cargos de chefia e de equiparação salarial com homens que ocupam os mesmos cargos.

A vida da mulher no trabalho é como um jardim? Ainda não. Existem
uma constância de algum preconceito, que dificulta o progresso na carreira e mantém os salários femininos mais magros que os masculinos. O problema afeta especialmente as profissões de salário mais baixo. Quando sobem na carreira e adquire maior qualificação, as mulheres têm seu talento mais bem remunerado.

Ainda nos dias de hoje é recorrente a concentração de ocupações das mulheres no mercado de trabalho, sendo que boa parte delas são professoras, cabeleireiras, manicures, funcionárias públicas ou trabalham em serviços de saúde ou serviços domésticos, onde está a maior concentração remunerada; no geral, são mulheres negras, com baixo nível de escolaridade e com os menores rendimentos na sociedade brasileira.

 Na empresa do conhecimento, a mulher terá cada vez mais importância estratégica, pois trabalha naturalmente com a diversidade e processos multifuncionais. A sensibilidade feminina, por exemplo, permite a formação de equipes de trabalho marcadas pela diferença e pela diversidade. E isso certamente é bom. Equipes desse tipo, quando atuam de forma harmoniosa fazem surgir soluções variadas e criativas para problemas aparentemente que não se pode resolver, pois ambas sofrem do mesmo mal, o preconceito aparente, e buscam solucionar estas questões na visão humanitária é banal.

Analisando este fenômeno, temos que levar em conta um universo muito maior, pois há uma mudança de valores sociais nesse caso.

A mulher deixou de ser apenas uma parte da família para se tornar o dirigente dela em algumas situações. Por isso, esse ingresso no mercado é uma vitória. O processo é lento, mas bastante real.

Outra particularidade que acompanha a mulher é a sua “outra  jornada”. Hoje o perfil das mulheres é muito diferente daquele do começo do século. Além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os homens, ela agrupa as tarefas tradicionais: ser mãe, esposa e dona de casa.


Para as mulheres a década de 90 e fim do século XX, foi marcada pelo fortalecimento de sua entrada no mercado de trabalho e o aumento da responsabilidade e condução das famílias. A mulher, que representa a maior parcela da população, viu aumentar seu poder aquisitivo, o nível de escolaridade e conseguiu reduzir a defasagem salarial que ainda existe em relação aos homens.

Apesar de ser de forma ainda pequena, está sendo cada vez maior o número de mulheres que ganham mais que o marido. O grande desafio para as mulheres dessa geração é tentar reverter o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres. Este crescimento, que antes era reduto masculino, e ganhou o respeito mostrando um profissionalismo muito grande. Fica claro que as mulheres são perfeitamente capazes de conquistar aquilo que desejam e de buscar mudanças profundas, que beneficiem todo o gênero feminino.

Sobre o autor: Kelly Vieira Costa Santos é formada em Administração com ênfase em Recursos Humanos, pós-graduada em Metodologia do ensino superior e Gestão Pública. Estudante de Pedagogia.