AS INTERFACES DA ATUAÇÃO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Por Angele Conceição dos Anjos Pena | 29/07/2023 | EducaçãoAS INTERFACES DA ATUAÇÃO DO COORDENADOR
Ângela Conceição dos Anjos Pena
RESUMO
Esta pesquisa tem como objetivo fazer uma análise de quais são as interfaces do coordenador pedagógico e de que modo elas contribuem para os saberes e práticas do trabalho do professor, ele está sendo cada vez mais procurado no âmbito escolar, por meio dos problemas que a maior parte das escolas tem enfrentado com conflitos familiares, indisciplina, e aprendizagem que afetam o rendimento escolar de muitos alunos, pesquisando como o coordenador pedagógico buscar compreender o desenvolvimento cognitivo do aluno, sua afetividade, emoções, sentimentos, valores e atitudes que dizem respeito a suas escolhas e comportamentos, qual relação o aluno busca ter com o coordenador e como saber fazer o acompanhamento pedagógico e social, como o professor possibilita o trabalho formativo de aprendizagem, exercendo uma pratica pedagógica junto a coordenação, na prática cotidiana, como o gestor desempenha predominantemente a gestão geral da escola, quais ações o coordenador e professor podem desenvolver juntos para um bom desenvolvimento da escola, e como podemos resgatar a identidade do coordenador pedagógico e suas reais atribuições dentro da escola.
As ocupações do coordenador pedagógico variam conforme a legislação estadual tanto para escola de rede privada e rede pública que dependendo do local, as atividades de coordenação pedagógica e orientação educacional são desempenhadas por uma só pessoa, que é o técnico pedagógico que tem a responsabilidade com alguns procedimentos que auxiliam o processo constitucional no âmbito escolar, ou poder ser por professores, isso depende de cada município, ou gestão escolar
O coordenador pedagógico é o encarregado responsável pela supervisão, acompanhamento, assessoria, e apoia e avalia as atividades pedagógicas curriculares, mas sua prioridade é prestar assistência didático-pedagógica aos professores no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos.
O grau de intensidade das atividades do Coordenador Pedagógico depende dos tipos de atividades desenvolvidas; dos grupos articulados por ele; das atribuições específicas dos profissionais e sujeitos que integram esses grupos; da definição de prioridades e objetivos; da distribuição de responsabilidades convencionadas pela organização e pelos variados grupos, em diferentes momentos e situações; dentre outros fatores (FUNDAÇÃO LUIS EDUARDO MAGALHÃES, 2006, p. 1).
O trabalho do coordenador pedagógico tem formação que caracteriza suas interfaces com o trabalho do gestor e dos demais profissionais da escola, ela colabora com o âmbito escolar, sendo importante a participação coletiva e o envolvimento efetivo de todos, para que os segmentos da comunidade escolar nos processos decisórios da escola, sejam eles pedagógicos, ou administrativos, contribuam para as interfaces da coordenação em seu processo de mudanças, ou referentes aos recursos, na construção de um processo ensino-aprendizagem com a contribuição do gestor contribuições para um estilo de gestão democrática e participativa.
Percebe-se que o coordenador atua como um agente de transformação, entendendo suas atitudes e suas necessidades para novas aprendizagens, que tem caráter formador para interligar ações dentro de seu ambiente de trabalho, bem como, sua primeira apresentação como um agente transformador é suma importância que seja um sujeito que possua envolvimento com seus saberes, crenças e práticas com os professores, para que ocorra o acolhimento que buscam articular espaços de reflexão que criem suas constantes mudanças.
Para a superação das necessidades cotidianas da escola, se exige um trabalho coletivo, que, por vez, exige a presença e a atuação de um articulador dos processos educativos que ali se dão. Esse articular precisa agir nos espaços-tempos diferenciados, seja para o desenvolvimento de propostas curriculares, seja para atendimentos aos professores, alunos e pais, nas variadas combinações que cada escola comporta (ALMEIDA E PLACCO, 2011)
Acrescenta-se também que o coordenador deve articular e mobilizar seus diferentes saberes que visa primeiramente seu papel como educador, levando em consideração que seus professores devem resgatar sua autonomia como docente, considerando o trabalho coletivo importante, conforme ou além do que o agente transformador os proporciona.
É relativamente comum que os professores atribuam ao coordenador pedagógico funções que fiscalizam o funcionamento da escola, e uma vez que muitos coordenadores, ao realizarem o acompanhamento dos planejamentos dos professores, o fazem na simples sondagem do cumprimento do planejado e das rotinas da escola.
Entretanto, é fundamental que o coordenador pedagógico construa um vínculo de familiaridade/confiança com os professores. É preciso cultivar as relações com o grupo de professores e é dentro desse aspecto que a renovação de novas formas de convívio dentro da escola, de interação entre profissionais pessoas, seja também foco de reflexão do coordenador pedagógico, especialmente na uma condução democrática do enfrentamento das questões cotidianas.
Como um agente transformador, o coordenador pedagógico assume a um pape para contribuir na formação da cidadania crítica e na escola com ações participativas, na organização de projetos, regras e demais programações que se encontra dentro do regimento escolar.
Uma das características indispensáveis ao coordenador é a boa comunicação, expressar de forma clara e objetiva se fazendo entender facilmente, já que este deve ser um mediador das relações interpessoais e pedagógicas na escola, o que não é tarefa simples ,já que este precisa estar informado sobre as questões da escola, interagir ativamente na instituição, saindo da sua sala e vagando pelos corredores e salas, pesquisando também os sujeitos que dela fazem parte, para poder interferir eficientemente nas situações que lhe são conferidas , pois “para atuar como mediador é preciso se apropriar de conhecimentos sobre o grupo e o contexto de atuação das pessoas do grupo, a própria escola , com suas políticas , propostas e atores que dela participam”(PLACCO E SOUZA 2010, p .52).
Seus conhecimentos desenvolvem praticas que ajudam com a transformação, deve estar consciente sobre a importância do trabalho coletivo, mediando todas as relações interpessoais, que informam as questões reflexivas da escola, interagindo toda a instituição com seus sujeitos, atendendo a importância de suas atividades e as oferecendo junto ao conjunto de propostas que a compõe, sendo a construção e o desenvolvimento que se encontra dentro da escola, por isso é fundamental professores e coordenadores pedagógicos trabalharem conjuntamente, sendo o elemento essencial as suas práxis.
Esse profissional tem que ir além do conhecimento teórico, pois para acompanhar o trabalho pedagógico e estimular os professores é preciso percepção e sensibilidade para identificar as necessidades dos alunos e professores, tendo que se manter sempre atualizado, buscando fontes de informação e refletindo sobre sua prática como na fala NOVOA (2001), “a experiência não é nem formadora nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que pode provocar a produção do saber e a formação” com esse pensamento ainda é necessário destacar que o trabalho deve acontecer com a colaboração de todos, assim o coordenador deve estar preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe. Dentro das diversas atribuições está o ato de acompanhar o trabalho docente, sendo responsável pelo elo de ligação entre os envolvidos na comunidade educacional. A questão do relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para uma gestão democrática, para que isso aconteça com estratégias bem formuladas o coordenador não pode perder seu foco (NOGUEIRA, 2008, p.1)
Além da organização da escola, o acompanhamento dos trabalhos dos demais profissionais, estão ligados a experiência que o coordenador possui que é desenvolvida, emerge a necessidade de perceber qual é o seu papel dentro da rede de ensino, tendo autorreflexão com sua interface, partindo diante de seus diálogos que evidenciam o seu trabalho que influenciam o cotidiano escolar. Suas articulações são elaboradas conforme suas necessidades e planejamentos, compreendendo seus futuros meios de atuação, ajudando ao docente e a todos os envolvidos, ou as transformando-as conforme se é necessário.
SABERES E PRÁTICAS DA COORDENAÇÃO DO TRABALHO PEDAGOGICO
Os saberes do coordenador pedagógico fazem parte das questões de suas competências que são o exercício de seu trabalho cotidiano, utilizado de diferentes atuações e assim vamos conhecendo seu trabalho no contexto educacional e quais relações de saberes podem ter em cada contexto.
O saber é a condução das ações e reflexões que são perfeitamente adaptadas ao seu contexto de trabalho, essa pluralidade de saberes ocorre devido a origem social, histórica e cultural. Isso ocorre também pela sua formação como docente, e sua própria experiência profissional.
A relação dos saberes se conduz no trabalho, mostrando sua origem social, sendo plurais e heterogêneas que evoluem ao longo da carreira juntamente aos saberes humanos, conduzidos tais saberes que sejam pertinentes para a leitura da prática do cotidiano do coordenador pedagógico.
Suas atividades incluem tanto o planejamento e a manutenção da rotina escolar quanto a formação e o acompanhamento do professor, assim como o atendimento a alunos e pais. Ao desempenhar suas funções, o coordenador busca, em última instância, contribuir para a efetivação do processo de ensino e aprendizagem, o que exige a mobilização de uma série de saberes. (ALMEIDA, LAURINHA RAMALHO E PLACCO, pg 17)
O coordenador pedagógico é repleto de acontecimentos, superpostos e imprevisíveis missões que faz com que se acione seus saberes ao longo de seus trabalhos educacionais. Seu planejamento é para acompanhar atividades quanto a formação de atendimento com alunos, professores e pais, assim se incluindo ações que contribuem o processo de ensino e aprendizagem, podendo assim identificar uma diversidade de saberes.
O coordenador atua sempre num espaço de mudança. É visto como um agente de transformação da escola. Ele precisa estar atento as brechas que a legislação e a prática cotidiana permitem para atuar, para inovar, para provocar nos professores possíveis inovações (ALMEIDA, LAURINHA RAMALHO E PLACCO, pg 19)
O coordenador tem várias delegações a serem desenvolvidas na escola, suas atribuições incluem verificar se todos os professores estão com os projetos em dia, planos de ensino e plano de aula conforme solicitado, seu papel de fiscalizar é visto como um monitoramento, que muitas das vezes é visto de maneira errada, porém esse não é seu papel.
Seu objetivo é auxiliar os procedimentos que acontecem na escola conforme está no projeto político pedagógico, sendo assim todos devem saber qual responsabilidade deve ter dentro da escola. O coordenador é o exemplo da escola, é o profissional inovador e transformador para toda a comunidade escolar.
Para a superação das necessidades cotidianas da escola, se exige um trabalho coletivo, que, por sua vez, exige a presença e a atuação de um articulador dos professores educativos qual ali se dão. Esse articulador precisa agir nos espaços-tempos diferenciados, seja alunos e pais, nas variedades combinações de cada comporta. (ALMEIDA E PLACCO, 2011)
O desafio enfrentado pelo coordenador pedagógico se origina de seu cotidiano e cabe a ele executar ações que solucionem e contribuam para seus planejamentos de maneira particular, exige o saber pessoal, de qual maneira coloca- lá em ação, atribuindo sentidos e significados aplicando seu trabalho que seja relacionado com a diversidade da escola, famílias e relações interpessoais, sendo assim soluções para seu dia a dia.
O coordenador desenvolve suas atividades na atuação educacional, sendo consciente de suas ações, exerce seu trabalho para interver em decisões importantes. Cada profissional conhece sua realidade, assim compreendendo sua função social como transformadora lutando pela colaboração dos professores, servidores e demais pessoas que estão envolvidas na escola. Também possibilitando organizar uma formação continuada na escola, partindo do trabalho coletivo.
A identidade do coordenador pedagógico é delimitar ações aos outros profissionais, que competem as formações necessárias para qualificar as atividades da escola, sendo os papeis principais. Entre essas formações, para o professor a formação continuada é de suma importância para agrega-se as demandas que provocam uma reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem do aluno.
A formação continuada do professor vem a ser mais um suporte para que o docente consiga trabalhar e exercer a sua função diante a sociedade, por isso é importante que o a formação continuada seja um constante processo, assim tendo consciência de sua capacidade de refletir sobre sua prática educacional, sobre sua docência.
Devido a essa valorização com a qualificação de os professores buscam de maneiras diferentes, têm histórias diversas, concepções distintas sobre formação contínua, sobre ensino, sobre possibilidades de desenvolvimento próprio.
Nesse caso, a preocupação do coordenador tem em vista uma especialidade multidisciplinar com os trabalhos desenvolvidos na escola contemporânea, onde se apresenta – se suas habilidades. Ele busca trabalhar junto à coletividade, pois o trabalho isolado sem a colaboração de outros sujeitos que fazem parte do cotidiano escolar dificulta a realização de propostas que incluam todos os sujeitos da escola.
Segundo Libâneo (2001), geram mediações em seu trabalho com os demais profissionais encontrados na escola, considerando funções, processos e atribuições em suas relações, ajudando a manter em prática seu conjunto de conhecimentos. Pois a execução de casos resolvidos na escola é de extrema responsabilidade do coordenador pedagógico, pois ele deve organizar grande parte dos trabalhos da escola, assim obtendo resultados através de suas ações.
Para que assim tenha bons seguimentos dentro da escola o coordenador pedagógico, deve ser intrigo, mantendo seu compromisso ético, compromisso com a formação de seus professores, conhecer a legislação, o regimento e o projeto político pedagógico de sua escola, gostar do que faz, ter boa relação com todos, conhecer a literatura pedagógica sobre educação, coordenação e gestão escolar; conhecer estratégias de gestão de grupo; desenvolver liderança junto aos demais participantes da escola, e manter a valorização de todos dentro da instituição.
O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGOGICO
O coordenador pedagógico tem uma função articuladora, pois, está sempre presente no trabalho direto com o professor assim como no desenvolvimento de ensino aprendizagem tendo como caráter esse perfil articulador tendo o espaço para as diversas interações que há em seu ambiente de trabalho, contudo com os professores.
O papel do supervisor escolar se constitui, em última análise, na somatória de esforços e ações desencadeados com o sentido de promover a melhoria do processo ensino-aprendizagem. Esse esforço voltou-se constantemente ao professor, num processo de assistência aos mesmos e coordenação de sua ação (Lück, 1981, p. 20).
No entanto, o coordenador é aquele que sempre está presente nas práticas do professor, pois ele estará verificando, assessorando os passos do professor dentro da escola, ajudando-o com as metodologias que serão usadas dentro de sala de aula.
A escola é um espaço onde se deve manter a organização, pois uma escola bem organizada é uma escola que terá um bom rendimento, assim como o convívio entre o corpo pedagógico é importante e precisa ser algo harmonioso, tendo como retorno o bom desenvolvimento das atividades. O responsável por essa organização é o coordenador, ele sempre deve estar por dentro de tudo que rola na escola e com os professores.
A escola pode ser analisada como um tipo particular de organização cujos objetivos gerais são conhecidos de todos; [...] Por esse motivo os membros dessa organização chegam às mais diversas interpretações ao definirem sua atuação específica e respectiva importância no processo global,
Muitas das vezes a função do coordenador pedagógico é confundida com a de babá *fiscal* de professor por sempre está procurando saber como está o desenvolvimento com a turma e como está com relação a conteúdo, contudo, o papel do coordenador também é fazer acompanhamento pedagógico deixando de lado os outros componentes da equipe (orientadores e diretores).
O coordenador vem ser o que representa a interação do trabalho pedagógico, atuando na linha de frente junto ao professores, alunos e pais para que haja uma boa interação de ambas as partes.
O coordenador tem por finalidade algumas dessas funções:
- Coordenar o corpo pedagógico;
- Montar horário de professores;
- Mediar a relação aluno professor;
- Participar de reuniões junto a direção;
- Participar junto ao corpo pedagógico na criação do PPP;
- Planejar e reunir reuniões pedagógicas;
- Observar os professores em sala de aula;
Com o exposto acima podemos ver que a função do coordenador não é somente “vigiar” os professores e sim manter a escola organizada. Em muitas escolas o coordenador que faz todas as tarefas pedagógicas, fugindo do seu trabalho de fato. Temos escolas hoje onde o coordenador faz o serviço de orientador, inspetor entre outras funções fugindo então da sua real função.
É essencial que em todas as atividades desenvolvidas pelo coordenador pedagógico haja um planejamento, necessitando traçar um plano de trabalho, para da potência em suas ações desenvolvidas.
Com isso, analisamos que o coordenador pedagógico é aquele profissional dinâmico, que necessita conhecer a sua realidade para assim achar uma solução e transforma-la.
Para Lomanico (2005, p. 105):
O coordenador pedagógico é o elemento do quadro do magistério em que pertence a um sistema de supervisão de ensino estadual, de estrutura hierárquica definida legalmente, desempenha funções de assessoramento ao diretor da escola a quem está subordinada. Sua situação funcional é definida legalmente, para exercer suas atribuições dispõe de autoridade por delegação e pela competência.
Agora quanto ao planejamento dos professores, o coordenador pedagógico tem que participar ativamente, frisando o planejamento participativo, dando espaço para as dúvidas e diferentes opiniões a serem discutidas no coletivo, tendo como objetivo achar soluções possíveis para o bom desempenho do aluno.
Franco (2008, p. 128), afirma que:
Essa tarefa de coordenar o pedagógico não é uma tarefa fácil. É muito complexa porque envolve clareza de posicionamentos políticos, pedagógicos, pessoais e administrativos. Como toda ação pedagógica, esta é uma ação política, ética e comprometida, que somente pode frutificar em um ambiente coletivamente engajado com os pressupostos pedagógicos assumidos.
Com isso visamos que o trabalho do coordenador não é um trabalho fácil pois engloba vários assuntos onde o coordenador deve manter sua postura ética para assim contornar os problemas diários.
A FUNÇÃO GESTORA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE
No Brasil a ação para formação continuada de professores aprimora-se a partir da década de 1980. Por tanto a formação continuada passou a ser considerada uma estratégia fundamental para a formação do novo perfil profissional do professor na década de 1990.
Segundo Imbernóm:
A formação terá como base uma reflexão dos sujeitos sobre sua prática docente, de modo a permitir que examinem suas teorias implícitas, seus esquemas de funcionamento, suas atitudes etc., realizando um processo constante de auto avaliação que oriente seu trabalho. A orientação para esse processo de reflexão exige uma proposta crítica da intervenção educativa, uma análise da pratica do ponto de vista dos pressupostos ideológicos e comportamentais subjacentes. (2001 p.48-49)
Segundo Libaneo (2004, p. 31,230), o gestor pedagógico assim como o coordenador deve incentivar a contribuição dos professores não apenas a estarem presentes nas reuniões pedagógicas, mas sim a estarem presentes em atividades de formação continuada.
Para Rosa (2004, p.142-144), o maior responsável pela formação continuada dos professores é o coordenador pedagógico, devendo sempre o corpo docente informado, refletindo constantemente sobre currículo, buscando sempre está informado das mudanças que ocorrem no campo educacional. Ressaltando que tanto o coordenado quanto o professor devem estar sempre informados e atentos nos processos de auto formação, fazendo uso constante da tecnologia no campo da informática.
O coordenador é o responsável pelo desenvolvimento do papel de gestor na formação continuada dos docentes, tendo como dever criar e realizar atividades que façam com que o docente consiga visualizar a importância dessa formação para o desenvolvimento de suas atividades diárias, tendo em vista que o trabalho do professor não se restringe apenas na sala de aula, ela segue durante os horários complementares e nas reuniões, para assim poder fazer uma breve reflexão sobre os problemas diários ocorridos na escola.
Diariamente o professor passa por algumas situações que envolvem ele, seus alunos e os seus conhecimentos. E ainda temos os problemas inesperados que aparecem no dia a dia necessitando de soluções imediatas. Através do diálogo os professores podem encarar esses problemas de uma forma mais sucinta e reflexiva (SCHÖN, 2000, p. 129)
O coordenador é aquele que possui uma visão bem ampla da escola, tendo que vivenciar as diversas interações entre os docentes, assim, firmando o processo de formação continuada na escola coordenando estas relações. O coordenador desempenha um papel articular o processo de ensino aprendizagem. Para Geglio (2005, p. 116) o coordenador desempenha um papel articular o processo de ensino aprendizagem.
A cumplicidade entre os docentes reflete em sua atuação, na relação entre os pares, trocando conhecimentos. As formações continuadas dos docentes refletem no crescimento significativo no processo de aprendizagem o aluno.
Segundo Garrido (2007, p.9), o trabalho desenvolvido pelo coordenador é promover a formação continuada em serviço beneficiando a tomada de consciência dos professores em seus conhecimentos no âmbito onde atuam.
Graziela (2009. P. 78), ressalta que os professores devem estar preparados para lidar com questões afetivas, social sempre apostos para ajudar seu aluno da melhor maneira possível. Assim refazendo e aprimorando seus conhecimentos, conhecendo e respeitando seus alunos fazendo com que as inclusões das ações multiculturais sejam inseridas em seu cotidiano.
Os professores, em seu ambiente de trabalho, lidam com questões de natureza ética, afetiva, política, social, ideológica e cultural. Dessa forma, em colaboração mutua, podem criar possibilidades de recriar os conhecimentos necessários a uma pratica inclusiva considerando as diversidades e multiculturalidades presente no cotidiano escolar.
Falando sobre formação continuada, podemos ressaltar algumas questões profissionais: a avaliação, profissão, formação, e competências que são atribuídas ao profissional.
Quando o educador está sempre em busca de novas práticas e saberes, o progresso de suas competências tende a aumentar assim ampliando mais o seu campo de trabalho.
Contudo, o profissional que irá atuar na formação continuada deve estar sempre atento em algumas competências básicas que cabem ao educador.
- Conhecer, em uma determinada disciplina, os conteúdos a ensinar e sua tradução em objetivos de aprendizagem.
- Trabalhar a partir das apresentações dos alunos.
- Trabalhar a partir dos erros e obstáculos á aprendizagem.
- Construir e planejar dispositivos e sequências didáticas.
- Comprometer os alunos em atividades de pesquisa, em projetos de conhecimento.
PALAVRAS FINAIS
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como o coordenador pedagógico caracteriza suas interfaces com o trabalho do gestor e dos demais profissionais da escola, pois se percebe também que o coordenador pedagógico tem a importância dentro da escola, dessa forma deve articular e mobilizar seus diferentes saberes que direciona primeiramente seu papel como educador.
Uma vez que o coordenador pedagógico está sendo cada vez mais procurado no âmbito escolar, por meio dos problemas que a maior parte das escolas tem enfrentado com conflitos familiares, indisciplina, etc. Dada à importância do assunto, torna-se necessário contribuir que o coordenador pedagógico tem uma árdua missão para cumprir diariamente, mas com seus saberes e uma equipe gestora harmoniosa e ética, o trabalho dentro da escola é o que se visa em primeiro lugar.
Percebe-se a angustia do coordenador pedagógico em coordenar o professor de sala de aula por não sabe resolver o problema sozinho, assim como a Pedagogia não tem receitas para criar motivações e vontade de aprender nos educandos. O importante a considerar é que não há receitas prontas, mas há sempre algo a fazer. Pois o dialogo é fundamental para criar sentido para o que se vai aprender. Por sua vez, o sentido cria esferas de dialogo! Mas diz também que sentido e dialogo são fundamentais para quem vai ensinar, para o professor, para o pedagogo que vai organizar as condições de ensino aprendizagem.
Portanto, percebemos quais saberes o coordenador pedagógico contribui com os docentes, alunos e toda a equipe escolar, pois seu principal papel é de formador e educar. Já que evidenciarmos um amálgama de remanescências impregnadas na subjetividade pedagógica, estão como sementes, prontas a desabrochar, transformar e ser transformadas na prática social apenas esperado o tempo de germinar.
REFERÊNCIAS
Almeida, Laurinha Ramalho de Placco, Vera Maria Nigr de Souza (org.) O coordenador pedagógico e questões da contemporaneidade. São Paulo. Edições Loyola, 2011
André, Marli (1994). A pesquisa no cotidiano escolar. In: FAZENDA. I. (Org). Metodologia da pesquisa educacional. São Paulo. Cortez.
ALONSO, Myrtes. O Papel do Diretor na Administração Escolar, 4. ed., São Paulo: Atlas, 1998.
ALMEIDA, L. R.; CHRISTOV, L. H. S. (Org.). O coordenador pedagógico e a formação docente. 8 ed. São Paulo: Edições Loyola, 2007, cp. 1, 9-15p.
FUNDAÇÃO LUIS EDUARDO MAGALHÃES. Agência de Certificação Profissional. Coordenação Pedagógica. Brasília: FLEM, 2006.
FERREIRA, A. B. H. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. Editora Nova Fronteira. Curitiba, PR. p. 895, 2010
GARRIDO, E. Espaço de formação continuada para o professor-coordenador. In: RUNO, E. B. G.; GEGLIO, P.C. O papel do coordenador pedagógico na formação do professor em serviço. In: PLACCO, V.M.N.S.; ALMEIDA, L.R. O coordenador pedagógico e o cotidiano da escola. 3 ed. São Paulo, Edições Loyola, 2005, cp.9, 113-120p.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e de gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Alternativa, 2001.
LIBÂNEO, J.C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5 ed. Goiânia, Alternativa, 2004.
LIBANEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos: inquietações e busca. Educar, Curitiba n. 17, 129. 2001. Editora da UFPR.
LIBÂNEO, José C. Organização e gestão da escola. Teoria e Prática. Goiânia: Alternativa, 2005. https://nova-escolaproducao.s3.amazonaws.com/fB6sfz7jUms3gX7pJB3dYFuspJkYJVx8w4QGScsuWnmamKd8P3z2a56yTsw4/quem-e-o-e-que-faz-o-orientador-educacional.pdf. acesso em: 06/05/2023
LÜCK, H. Planejamento em orientação educacional. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 1991.
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/educacao/a-importancia-formacao-continua.htm acessado em: 14/11/2022
LUCK, Heloisa (Org.). Gestão Escolar e Formação de Gestores. In: Revista em aberto, v. 17, Brasília, jun. 2000.
LÜCK, Heloísa. et.al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5.ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
MANZO, Abelardo J. Manual para la preparación de monografías: una guía para presentar informes y tesis. Buenos Aires: Humanitas, 1971.
NOGUEIRA, Vanessa dos Santos. O papel do coordenador pedagógico. Colunista Brasil Escola. Disponível em: http://pedagogia.brasilescola.com/trabalho-docente/opapel-coordenador-pedagogico.htm. Acessado em: 06 de setembro 2022.
PARO, Vitor Henrique: escolar: introdução crítica/ Vitor Henrique Paro. _ 16. Ed. – São Paulo: Cortez, 2010;
ROSA, C. Gestão estratégica escolar. 2 ed. Petrópolis, Vozes, 2004
SCHÖN, D. A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.
TAZZO, I. F.; FAGHERAZZI, A. F.; LERIN, S.; KRETZSCHMAR, A. A.; RUFATO, L. Exigência térmica de duas seleções e quatro cultivares de morangueiro cultivado no planalto catarinense. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 37, n. 3, p. 550-558, 2015.
VILLAS BOAS, Maria Violeta. A prática da supervisão. In: ALVES, Nilda. (org.). Educação e supervisão: o trabalho coletivo na escola. São Paulo: Cortez, 2006.