AS GIRÍAS NO PROCESSO DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

 

THE SLANG IN THE CONSTRUCTION OF KNOWLEDGE PROCESS

Katsumi Letra Sanada¹

RESUMO

 

O presente artigo com ênfase nas Gírias no processo da construção do conhecimento procura estabelecer um estudo no campo da pesquisa, variantes padrões, que possam explicar de forma aprofundada e cautelosa, os limites dessa pratica linguística que implica no ensino e aprendizagem de uma sociedade globalizada.

Com o estudo, pode se dizer que as gírias requer conhecimento superficial sobre a circunstância encontrado nela, uma vez que independe da formação de cada membro de um grupo que compõem em tomar como uso, pois é nela que são introduzidos os vocabulários de grupo específicos, excluindo aqueles a quem não se interagem, ou haja troca de informação.          

Palavra-Chave: Gírias, Ensino Aprendizagem, Conhecimento.   

ABSTRACT              

This article emphasizing the slang in the knowledge construction process seeks to establish a study in the field of research, standards variants, which may explain in depth and cautiously, the limits of linguistic practice that involves the teaching and learning of a globalized society.

With the study, we can say that the slang requires superficial knowledge about the condition found in it, as independent of the formation of each member of a group that make up taking as use since it is here that the specific group of vocabularies are introduced, excluding those who do not interact, or there is information exchange.

Keyword: Slang, Learning Education, Knowledge.

 

[1] Pós - graduado em Docência do Ensino Superior - pelo Instituto Macapaense do E.S.- IMMES- AP. Especialista em Educação Profissional pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP – AP – Graduado em Letras pelo Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP -Mestrando em Ciência da Educação pela Faculdade Integrada de Goiás - FIG. E-mail: katsumiletra_ap\@hotmail.com

INTRODUÇÃO

 

CONTEXTOS E CONCEITOS:

 

A busca de informações sobre o estudo das gírias requer conhecimento aprofundado no campo da pesquisa, e percebe-se que ela é uma variante especificamente padrão utilizado por pessoas em grupos específicos, quanto por educadores e alunos, que utilizam as gírias como circunstâncias especiais para construção e formação do conhecimento. Diversos teóricos referem-se às gírias como sendo uma tarefa possível, tomando por base o pressuposto de que a gíria corresponderá satisfatoriamente a todas as causas e consequências na construção do conhecimento, o uso das gírias requer itens presentes em um contexto fonte, tais como: fala, escrita, estrangeirismo, rimas, subjetividade semântica ou até mesmo, a idiossincrasia do autor educador ou educando, sendo que conhecer as gírias pode ou não altera a forma e o conteúdo do ensino e aprendizagem.

 As gírias levada para uma sala de aula sempre será alvo de discussões no campo da pedagogia, e devemos ressaltar em considerações iniciais que esta produção implicará no ensino e aprendizagem dos alunos e professores dando à certeza que essa função fonética no processo da construção do conhecimento, seja a forma coerente dos âmbitos sociais globalizado do ensino em destaque.

A origem do ensino da língua materna como normas e suas influências em relação às gírias, tem como princípio metodológico, torna-se notório o possível processo pelo qual, a fala e escrita, na educação implicam no ensino escolar, detalhes estes que mostram a qualidade e capacidade de alunos em desenvolver seus conhecimentos nos dias atuais.  

1.      Sistema de Gírias no Ensino da Língua Portuguesa.

O ensino da língua materna tem como principal objetivo desenvolver habilidades e competência do aluno durante o processo educacional, a partir de varias décadas este avanço tem sido superado com inúmeras dificuldades, mas, parece-nos, que ainda faltam maiores elucidações do educando e educador sobre as concepções de língua e fala, no intuito de concretizar com eficácia toda a teorização e pratica já existente no sistema educacional com gírias.

Não se pretende aqui almejar aspectos envolvidos na questão língua e linguagem, língua e fala, mas, possibilitar o uso das gírias como um complemento que possa contribuir para o ensino desses elementos que tem um domínio amplo na língua materna. Saussure (2001.p.49) que é a língua/fala Afirma:

“(...) o fenômeno linguístico apresenta perpetuamente duas faces que se corresponde e das quais uma não vale senão pela outra.” que é a língua/fala.

Esta dicotomia básica e um par sincrônico e diacrônico que constitui a oposição social do individuo na educação, através disso, percebe-se manifestações em aprender o uso correto, e até mesmo como diferenciar uma da outra.

Esse linguista depreende de três concepções para língua uma delas são: 1-A língua como acervo linguístico, 2- A língua como instituição social, 3-A língua como realidade sistemática e funcional, um conjunto de praticas que acredita na formação e construção do conhecimento do individuou com caráter dinâmico e diversificado.

A fala ao contrario da língua, por constituir de atos individuais, torna-se múltiplas imprevisível, irredutível a uma pauta sistemáticas das normas, isso quer dizer que há uma heterogeneidade entre língua/fala que não valoriza o ensino/aprendizagem de uma linguagem, que possa atribuir o uso de uma “gíria”.

Neste estudo a fala como sistema de gírias causador do processo de ensino e construção da língua portuguesa, requer movimentos dialéticos referentes à criação e repetição, estas variações são condicionamentos que o falante inclui como reforço para o entendimento e auxilio nas diversas áreas da educação quanto no meio social em que vive. Pode-se dizer que as gírias não fogem do discurso sistemático exigido na LDB “Leis diretrizes e bases”, mais estabelece relações que levam a compreender o significado e a origem do discurso perante a fala.

A língua portuguesa como qualquer outro idioma sofrem influências gramaticais, que representam aspectos positivos e negativos a uma fala, e são manifestações linguísticas que as pessoas muitas vezes produzem a pedido de outras pessoas, tais como as intervenções orais e escrita, que ocasiona um bloqueio negativo no desenvolvimento comunicativo de uma pessoa em formação.

 “É a fala que faz evoluir a língua” esses dois objetos estão estreitamente ligados e se implicam mutuamente, pois a língua é necessária para que a fala seja inteligível e produza todos os efeitos necessários para a formação da linguagem. Saussure (2001.p.27).

Analisando a ideia Saussuriana observa-se que associar uma imagem verbal ensinada de forma idealizada e dinamizada facilita a pessoa atingir seus objetivos, não descartando a hipótese de que as gírias seja também uma das influências gramaticais que estimula a habilidade e competência desenvolvida no sistema de ensino da língua portuguesa, através dessa percepção é relevante que o uso dessa variante seja um dos recursos criativo que o educador utiliza para compreender a importância das gírias no conhecimento do conteúdo.

Com a expansão das gírias nos acordos sociais heterogênicas da população sistema da língua reconhece que aprendizagem não é vista como um preconceito mais como um ato de evolução que as pessoas adquirem para isso, se destaca as normas impostas como a culta e a padrão, o estrato da tradição cultural colocado de forma competente no ato comunicativo.          

  1. 2.      PRATICA NA CONTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

 

A busca pela informação da construção do conhecimento das gírias teve inicio especificamente com grupos sociais da área de segurança publica, onde desenvolviam trabalhos externos, em relevância aos seus depoimentos pode perceber que são regulamente usadas as gírias comunicativas não cultas, meio necessário no seu campo profissional, pois lidam com os famosos “cidadão do mal” trocadilho usado por eles.

Com o aprender dessas gírias raramente o processo comunicativo é usado de forma forçada, cabe explicar que a norma padrão seja simbolicamente apresentada no imaginário coletivo, independente da língua padrão culta supostamente falada.

“... importa estarmos cientes de que a avaliação educacional, em geral, e a avaliação da aprendizagem escolar, em particular, são meios e não fins em si mesmas, estando assim delimitadas pela teoria e pela pratica que as circunstancializam” (LUCKESI,1996)

Nessa visão das gírias a perspectiva avaliativa educacional de forma particular, acaba estabelecendo uma pratica ainda ser explicado na aprendizagem escolar, onde possam envolver deferentes abordagens, em contrapartida leva se em consideração a funcionalidade linguística, que por sua vez esta ligada a um sistema fonético, fonológico, morfossintático, léxico e semântico como diz:  Otto Jespersen (7, p. 170),             

Esses diferentes argots apresentam características comuns, não só relativamente os campos semânticos, mas também à preferência por determinadas imagens e metáforas, decorrentes do uso prioritário de tal ou qual processo de criação.

 

O que se refleti que toda linguagem que envolva regulamente as ações sociais, não independe do certo ou errado o importante e saber que a gíria e um argot influenciado de varias línguas remanescente do francês, português, norte-americano e castelhano, propriamente dito, dentro de um corpus significativo. Através disso como as gírias são genuinamente marcadas por oralidade certamente apresentará certos erros de grafia também, caso esse em, diga-se de passagem, características básicas de um bom estrangeirismo.

 

  1. 3.      FORMAÇÃO DAS GÍRIAS

 

Não sabemos se tudo o que jugamos ao falar de gírias pode se dizer que esteja na incapacidade por parte do principio de como você se comporta em utilizar ela, a de entender que sua realização ainda é um caso preliminar estudado por comunidades linguísticas, da perspectiva, como são utilizados esses níveis fonéticos lexicais das expressões atribuídos no contexto social brasileiro. Dizia Tânia Graci (2009.p.10)      

 (...) que a emissão de comportamento verbal altera o ambiente do ouvinte ou de uma audiência social, isto é, cria condições para que esta emita diversos comportamentos, verbais ou não verbais, (...)

 

 

3.1.Níveis fonéticos: Menores Infratores em situação de risco

- Amela _____________________ Droga

-Azilado _____________________ Drogado

-Agachô______________________ conversa mentirosa

-Ficar panando_________________ Ficar observando

-Goteira______________________ ficar a custa do outro

3.2. Metátese: Homossexuais

- Bajubar _____________________ Linguagem de bicha  

-Cacho _______________________ Roupa

-Dundum______________________ Negro

-Éque_________________________ Mentira

-Mapô________________________ Mulher

O pensar desses níveis fonético de se colocar como gíria popular, é afirmar a tonicidade da palavra pronunciada com um bom numero de criações oxítonas, algo que conjugara qual das letras que devem figurar o inicio e o final da palavra chave, ou seja, um sufixo criptológico.

Na realização de uma comparação a gíria serviu como um recurso de esquemas sintáticos onde impregna o som do tom expressivo, tornando os dois ser comuns em uma razão conotativa da palavra em comunicação. Segundo Barros, (2003) “Para que o comportamento possa ser definido como textual, é necessário que a resposta mantenha correspondência funcional com o estímulo”. Portanto estabelecer um eixo concreto da palavra que possa corresponde o comportamento a partir de seus valores linguístico, e tornar possível distinguir a evasão de sentimento por grupos restritos, mas ao mesmo tempo dificultando em estabelecer um limite para essas linguagens.

CONSIDERAÇOES FINAIS

Com o pensar desse artigo, a analise das gírias no contexto de ensino aprendizagem da língua no conhecimento construído, onde toda atenção deve constituir de um objeto de estudo aprimorado não só em centros educacionais, mais no meio social em que são inseridos grupos restritos, devem-se tornar indispensável cada oposição que se coloca no tratamento da postura em aplicar relações inclusivas, que levem pouco a pouco no domínio de certos grupos ao limite suficiente de saber se tudo o que se fala pode ser dito sendo em forma de gírias ou não.

Sendo assim, pelo fato das gírias diluir-se na linguagem comum isso que dizer (pela alta frequência e/ou expressividade — legitimada pela consagração do uso, ela não deixa de ser gírias, mas estimula a vulgarização de determinados termos, obrigando consequentemente a criação de novos termos substituinte daqueles vulgarizado, a fim de seu caracteres criptológicos e expressivo da linguagem, sejam a marca identificadora  de um grupo social.

Neste contexto e comprovado que toda transformação social e linguística são incessante na atitude do falante, dependendo da ideologia moral de cada época e da comunidade pertencente, uma vez que, o meio de comunicação de massa nos últimos anos vem vulgarizando as gírias de forma grotesca, a fim de uma interdição vocabular. Isto equivale a dizer que a gíria de grupo se vulgariza, mas se renova ao mesmo tempo o seu uso, ou seja, faz dela uma realidade linguística operante, passível de analise, mas de estudo ainda a ser aprimorado no mundo acadêmico.

Na verdade o processo das gírias no conhecimento atual tem que ser compartilhada por grupos diversos que alcançaram destaque de alguma ordem, isso significa simplesmente compreender enunciado emitido pelo falante, passando a ser ouvinte e reproduzindo os níveis fonéticos e semânticos da palavra nova pronunciada.

Com base nos dados coletados por meios de entrevistas e questionários pude perceber tais produções na essência por grupos diversos de forma restrita usando as gírias no dia a dia. Os grupos pesquisados no primeiro momento foram dos skatista e policias

GRUPO: SKATISTAS

GIRIAS

SIGNIFICADO

Adrenado

O skatista que anda na velocidade

Banza

Maconha

Bater um Street

Andar pela Rua

Cheche

Sexo

Dolar

Otário

Malako

Malandro/Marginal

Na base

Quando a manobra e perfeita

GRUPO DOS POLICIAIS

GIRIAS

SIGNIFICADO

A casa caiu

Prisão do bandido/ entregar o companheiro

Aviãozinho

Aquele que vende droga

Bisonho

Policial desligado

Passar o cerol

Matar

Empina

Sai fora

Caiu a ficha

Quando se entende alguma coisa

Entendido

Gay

                           

A respeito das entrevistas feitas permitiu ter um maior conhecimento de uma língua até então, quase desconhecida dentro de seus valores apresentados por cada grupo, para eles as gírias são fundamentais e constantes, na construção informativo de seu dia a dia, levando assim uma independência de como é interpretado e visto por uma sociedade em desenvolvimento cultural.

 

REFERENCIAS

 LUCKESI, C.C. Avaliação educacional escolar: para além do autoritarismo. São Paulo: Tecnologia Educacional, 1984.

MARTINS, T,G Aprendizagem E Desenvolvimento Humano. Cultura Acadêmica: UNESP,2009. 

JESPERSEN, O. "Slang". In: Mankind, nation and individual. London: George Allen e Unwin, 1954.

SAUSSURE, F. de. Curso de Lingüística Geral. Tradução Antônio Chelini, José Paulo Paes, Isidoro Blikstein. 25.ed. São Paulo: Cultrix, 1999.