AS GERAÇÕES PÓS ANO DE 2020 (ANO PANDÊMICO): CONCEITOS, ASPECTOS E CONSEQUÊNCIAS

 

Texto (artigo) produzido em 25 de dezembro de 2020, em Santa Maria do Uruará, Prainha Pará e publicado na mesma data.

[1]Por: Sydney Pinto dos Santos

Assim, como nós não estivemos presentes na Pandemia de 2018, mas conhecida como “Gripe Espanhola”, a qual dizimou milhões de pessoas nas suas várias ondas, ao redor do mundo, quando temos apenas como conhecimento de que os meios eram muito atrasados no que diz respeito às comunicações, ao transporte, à tecnologia, às informações e a própria aquisição imediata de equipamentos necessários para o combate do inimigo que deixou registrado na história, até que aparecesse o COVID – 19; assim será em relação as gerações nascidas após o ano de 2020, onde a “guerra silenciosa” e microbiológica esteve presente e também matou milhões de pessoas, servindo de novo como exemplo, de que mesmo com os avanços significativos de todo um contexto que abrange a medicina, a pesquisa de ponta, a produção de novos e potentes equipamentos, assim como da informação e comunicação em tempo real, demonstrou que nós terráqueos e simples seres humanos, somos muito frágeis diante de uma ameaça tão pequena, mas tão letal em seu efeito e resultado. Sabendo que os meios de transportes, hoje velozes, sofisticados e de todos os tamanhos, foram de alguma forma os meios pelos quais a pandemia se espalhou rapidamente ao redor do mundo.

Surgida na cidade de Wuhan, na China, Ásia, esta doença viral, que em primeiro momento era tida como uma doença manifestada através de uma tuberculose, passou a matar os indivíduos, sabendo que a sua causa de em relação ao seu aparecimento ainda hoje é contestada e muitas vezes especulações diversas surgem, dizendo que podem ter sido de um animal conhecido com Pangolim, animal que está se tornando raro, e que ao entrar em contato com o organismo de uma cobra possibilitou esta mutação tão letal, o que pode ter ocorrido a sua transmissão ao ser humano através de alimentação de organismo vivos nos mercados locais, já que faz parte de cultura chinesa, em muitos lugares, o consumo sem cozimento dos alimentos, principalmente aqueles advindos da proteína animal.

Outra, é que este vírus fora produzido em laboratório, e conseguiu escapar para o meio através dos agentes manipuladores, cientistas que trabalhavam no projeto, possivelmente para incrementar os conhecidos agentes biológicos, estes tão temidos numa possível guerra entre nações, já que seria um elemento surpresa e invisível, provocando em silêncio o maior número possível de baixa, sem gastos expressivos ou ainda sem levantar suspeita, tendo em vista que o vírus da varíola já foi um agente biológico usado para os mesmo fins em guerra passada. Mas, sobre isto até o dado momento nada comprovado, apenas são acusações de líderes nacionais, inclusive daqueles de potências econômicas e militares que buscam um culpado imediato para o fato estarrecedor.

Porém, o que nos traz aqui, são os pós-acontecimentos, fatos que podem ser levantados hipóteses sobre o destino do mundo e das pessoas de um mundo que a cada dia ver sua população humana aumentando, e assim com isto alguns fatores e aspectos também, como por exemplo a escassez de alimento, a falta de matérias-primas essenciais à produção de manufaturados, entre eles medicamentos e equipamentos médico-hospitalares, o que provoca com isto “uma corrida armamentista”, do ponto de vista estratégico, de protecionismo e condutas diversas sobre o espaço e seus elementos, como a água, o meio ambiente  os minerais.

Quando se fala em meio ambiente, é notório salientar a questão da depredação da natureza em todos os seus aspectos, pois, como se falou anteriormente que a possível causa de aparecimento e transmissão do COVID – 19, seria através do Pangolim, animal este que pela sua caça desenfreada e consumo, assim como seu aspecto exótico, está em risco de desaparecer do seu espaço natural. Logo, se supõe que se ele foi a causa de transmissão, evidentemente o vírus foi “capturado” por este animal do meio natural, como a floresta ou o meio em que vive. Assim, é sabido da ciência que, muitas das espécies de vírus e outros micro-organismos ainda não foram descobertos, apenas se especulam que eles existam, e estão lá, latentes, podendo ser os mais ferozes, mais letais e aterrorizantes do ponto de vista de efeito em um organismo humano, e que apenas precisam que alguém mexa em seu habitat ou o transforme para que ele se manifeste, provocando as das maiores catástrofes na existência do ser humano. Bastando apenas que seu espaço seja invadido, através da devastação da floresta, possivelmente as equatoriais, onde estas podem guardar os mais nobres e ferrenhos segredos da vida microbiológica existente no mundo, ou ainda podem estarem nos “mundos gelados”, como na Antártica e o Ártico, esperando apenas que o homem provoque o degelo destes espaços com suas ações como o velho conhecido processo do aquecimento global. Ou ainda que vírus e micro-organismos estejam latentes nas profundezas dos oceanos, esperando uma brecha para vim à tona e fazer o estrago que tem que fazer na humanidade.

Muitas vezes acabamos apenas nos concentrando e olhando apenas para cima, na certeza que um dia cairá sobre nossas cabeças algum meteoro ou algum cometa, provocando a maior hecatombe sobre a humanidade, como aconteceu nos tempos dos dinossauros, e esquecemos de olhar para os lugares mais próximos e onde podem estar escondidos nossos inimigos futuros e extremamente perigosos, como se disse, pode ser no imo de uma floresta tropical, nas mais profundas camadas de gelos dos polos ou das montanhas eternamente geladas, ou ainda nas profundezas dos oceanos. Ou seja, podem estar tão pertos, que nem nos tocamos, só as vezes queremos depredar o espaço do inimigo e esquecemos que ele pode revidar com ferocidade total. Então, chegou o tempo de, preservarmos a   natureza em todos os seus aspectos: não desmatando criminalmente as florestas; não emitindo gases pesados e excessivamente na atmosfera, os quais vai atingir e provocar o degelo; não poluindo os oceanos e muito menos vasculhando nas profundezas o que está quieto.

Como dizia Jorge Luis Borges in La muerte y la brújula:  “você dirá que a realidade não tem a menor obrigação de ser interessante. Eu lhe replicarei que a realidade pode prescindir desta obrigação, mas não as hipóteses”. Como também complemento com as palavras dos Drs. Lisboa e Andrade no Livro “Grandes Enigmas da Humanidade”, do ano de 1969, p. 14: “Vários aspectos da vida têm sido minuciosamente estudados pela ciência, sem que até hoje tenha surgido um princípio geral que a ordene e explique como um todo”. E continuam: “Já se fabricaram vírus artificiais que cresceram e se reproduziram. Isso é verdade, mas se pouco se sabe do ‘como’, e ainda menos se sabe do ‘porquê’”. Ou seja, a intenção do homem é brincar de Deus, sem ter muitas vezes, a menor noção da gravidade e das consequências que isto pode ocorrer; Isto já aconteceu com a reprodução humana in vitro, na clonagem, sobre os alimentos transgênicos e outras situações a mais.

Mas, aí vem as perguntas, e as gerações pós pandemia 2020, estarão prontas para outras eventualidades parecidas? Procurarão saber quais foram as horrendas e principais consequências deste fato nos diversos campos da sociedade, principalmente da economia e na questão sanitária? Vão continuar olhando para o céu e achando que um meteoro que se aproxima e/ou um cometa ainda seja a “estrela cadente”, a qual se deve fazer pedidos dos mais esdrúxulos? Ou estarão elas mais preocupadas com a questão do clima, do meio ambientes e as diversas variáveis sobre a preservação da natureza? Ou estarão elas, cada vez mais consumistas, ao ponto que não haverá mais matéria prima aqui neste planeta, e a única opção seria mudar de lugar no espaço sideral, tipo outra colonização de outro corpo celeste? Ou ainda, se aprofundariam na busca de soluções plausíveis na área da medicina, na pesquisa científica, e nas produções de equipamentos que pudessem detectar ameaças microbiológicas, mais potentes e letais, a ponto de se prevenir com espaço suficientes para não sofrerem as mesmas consequências que a geração de 2020 sofreu? Onde neste último caso, as famílias se separam no Natal, nas comemorações do Final de Ano, e nos diversos eventos de busca de serenidade e paz, como nos cultos religiosos.

Uma coisa sabemos que ficou, pós período pandêmico, primeiro a certeza que somos muitos “pequenos” e frágeis diante do temor, do pavor, do medo, emplacado por ameaça de morte e por pequenos seres que seja, mas mortais. E que também, mudanças de hábitos e comportamentos se fazem necessários a nós no nosso dia a dia e em nossas atividades elaborais, como por exemplo, uso de instrumentos ou equipamentos que outrora achávamos como anti-estético ou incomodador; mas que agora fizeram uma enorme diferença na vida e na preservação desta. Outra certeza, é que nunca nesta vida estivemos prontos realmente para quaisquer ameaças, sejam elas quais tamanhos forem: somos todos inocentes e incrédulos. E que no fim, dependendo do estrago ou do tamanho das consequências, é só deixar passar o efeito, que de uma certa forma vamos nos acomodar novamente, e caberá as futuras gerações, pós pandemia 2020, tomar as rédeas do tempo e do espaço e das coisas e se prevenirem, assim como possibilitar proteção às outras que virão, antes que tudo se apague e se acabe num piscar de olhos de Deus.

 

[1] Professor da Rede pública de ensino de Prainha – Pará desde o ano de 1998.

Metrando em Educação (Formação de Professores da Educação Superior), UNINI/FUNIBER, 2020.