AS FÓRMULAS BIBLICAS PARA TREINAMENTO DE LÍDERES.

  • A FORMULA DE SAMUEL

           

a) CUIDADO PESSOAL COM O CRECIMENTO DO CORPO DO ESPÍRITO (1 SM. 3.19).

Pensemos primeiro no corpo, geralmente os grandes líderes têm muita energia. Muitas vezes tornamo-nos negligentes com o corpo, pensando que qualquer preocupação com físico não é de tanta importância. A Bíblia nos transmite a idéia de que Jesus, Pedro e outros, tinham uma excelente forma física dada às suas continuas atividades. O corpo é o templo de Deus, devemos conservá-lo em boa saúde.

Quanto ao cuidado do Espírito, devemos estar em constante crescimento espiritual (1 Tm. 4.8), o espírito precisa de mais força do que o corpo. Daí a necessidade de um programa religioso de exercícios espirituais : poder de concentração, oração, leitura bíblica e testemunho.

b) UM HOMEM DE PALAVRA (1 SM. 3.19).

Falar é a forma hábil do homem se comunicar, um líder deve aprender a se comunicar. Esta comunicação deve ser sincera, pois, a sinceridade constrói confiança mútua, credibilidade e fé. O crédito é a chave do sucesso.

c) UM PROFETA DE DEUS.

Ele sabe de coisas que o povo comum não sabe. Profeta não é somente aquele que sabe as coisas que vão acontecer no futuro, mas ´e aquece que antecipadamente percebe e entende a vontade de Deus e a expõe ao povo.

d) UM HOMEM DE BOM DISCERNIMENTO.

Discernimento é a faculdade de julgamento entre duas coisas pela orientação de Deus, e sem ideias preconceituosas.

  • A FÓRMULA DE JETRO

a) A BOA ORGANIZAÇÃO E A BOA HARMONIA.

  • Quando Moisés experimentou tirar o povo de Deus do Egito, começou a fezer sozinho (Ex. 18.13-210. Jetro vendo o trabalho cansativo de Moisés aconselho-o a mudar de atitude, de acordo com este conselho, Moisés organizou cada tribo na base decimal (Ex. 18.21). Organização não é uma simples busca do viável, para que ocorra uma organização o líder precisa conhecer o todo, e não esquecer que deve resguardar o senso de harmonia no meio do povo.

b) SELEÇAO DOS MELHORES E DELEGAÇAO DE PODERES.

Precisa escolher líderes de verdade, e confiar neles delegando poder.

c) ENCORAJAR OS LÍDERES COM BASTANTE OTIMISMO.

Inspiração, atitude otimista em relação aos problemas.

  • A FÓRMULA DE PAULO

a) O ENSINAMENTO ÉTICO-PESSOAL.

Esta foi a forma de treinamento usado por Paulo ( 1 Tm. 3.2-8). Estas qualidades citadas na referência acima não são fáceis de serem poluídas, mas são necessárias, pois existem tentações, procrastinações, orgulho, licenciosidades, etc., a serem vencidas.

b) O PRINCÍPIO DE IMITAÇÃO (1 Ts. 1.6).

Imitação nas obras da fé, sacrifício de amor, paciência, esperança, seguir uma personalidade integral.

  • A FÓRMULA DE BARNABÉ

a) Introduziu a Paulo no seio da Igreja (At. 9:27).

b) Descobriu o líder Paulo no ostracismo (At. 11.25).

c) Realizou um treinamento prático para o seu candidato (At. 15.2,12,20-29).

d) Acreditou na potencialidade do seu candidato.

  • A primeira viagem missionária de Paulo foi realizada sob proteção de Barnabé (At. 13 a 14).
  • A segunda viagem teve a sua liderança parcial (At. 15-18).
  • Na terceira viagem Paulo assume total (At. 18-21).
  • A FÓRMULA DE JESUS

            A forma de liderança mais usada por Jesus era o Serviço (Mc. 10.45; Lc. 22.270. Jesus não veio para ser servido, mas a serviço. Em mc. 10.43, Jesus diz; “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos serva”. Através da função de servo um homem pode se tornar um verdadeiro líder (At.27.23; Rm. 1.9.; 1 Pe. 2.16; Mt. 6.10; 26.39; Rm. 6.13).

II. A PESSOA DO LÍDER – (2 TM. 2.2-4; 1 TM.6.12)

            Se a nossa pessoa estiver correta, todo o serviço que o Senhor nos entregar será feito de maneira correta:

a) Ter disposição para o sofrimento (2 Tm. 2.3) – Paulo não apenas se refere a um soldado, mas a um bom soldado com um caráter treinado e preparado para sofrer.

b) Estar livre (v. 4 a) – Embora tendo o nosso emprego, nossa família, nossos bens, nada disso devem nos prender. Como um bom soldado, devemos estar envolvidos com os negócios desta vida, desembaraçados e livres.

c) Ter um alvo (v. 4b) – A disposição de um bom soldado não é a de guardar a si mesmo.

d) Ser vigilantes – O Senhor Jesus nos exortou a vigiar. Vigiar é está preparado, andando no Espírito.

e) Ser firme e resoluto – Um soldado e treinado para, em combate, vencer todas as barreiras até alcançar o objetivo.

  • 1. O CARÁTER DO LÍDER

a) Irrepreensível (1 Tm. 3.2; Tt. 1.7) – Deve ter cuidado com seus atos, a fim de não ser chamado a prestar conta deles publicamente.

b) Esposo de uma só mulher (1 Tm. 3.2) – Fiel no relacionamento conjugal.

c) Que governe bem a sua casa (1 Tm. 3.4) – Tendo filhos que sigam a fé dos seus pais, e que ornem sua fé com uma conduta santa.

d) Não irascível (Tt. 1.7) – Não dado a explosões e ira.

e) Não dado ao vinho (1 Tm. 3.3; Tt.1.7) – Não beberão, não inclinado à embriaguez.

f) Não violento (1 Tm. 3.3; Tt. 1.7) – Não belicioso, nem precipitado em suas ações.

g) Não avarento (1Tm. 3.3; Tt. 1.7) – Não cobiçoso de sórdida ganância, não defraudador ( Tt 1.11; 1 Pe. 5.2).

h) Hospitaleiro (Tt. 1.8) – Amante do estrangeiro, especialmente pronto a fazer amizade e a receber crente, rejeitados, viajantes, e perseguidos.

i) Amigo do bem (Tt.1.8) – Amável, bondoso, virtuoso, disposto a beneficiar os outros.

j) Sóbrio (Tt 1.8) – De mente sã, discreto, sensato.

k) Justo (Tt. 1.8) – Possuidor da força moral necessária para restringir e dominar seus desejos e impulsos pecaminosos (Gn. 39. 7-9).

l) Apegado à Palavra (Tt. 1.9) – Fiel à doutrina, conserva o ministério da fé com a consciência limpa.

m) Apto pra ensinar (1 Tm.3.2) – Que tenha poder para exortar, como para convencer os que contradizem, pelo reto ensino. Com o propósito de capacitar àqueles que supervisiona, a motivar, através do verdadeiro ensino, levando-os a trabalhar para o Senhor com a vontade e o coração.

 

  • 2. NECESSIDADE DE CARÁTER

Caráter é a vida interior do homem refletida nos traços da natureza pecaminosa (sendo influenciada pelo mundo), ou os traços da natureza divina (sendo influenciada pela Palavra de Deus).

Caráter é a soma total de todas as qualidades positivas e negativas, na vida de uma pessoa, exemplificado pelos seus pensamentos, valores, motivações, atitudes, sentimentos e ações.

No grego a palavra caráter significa “imagem”. Deriva da palavra “chrasso” que quer dizer: “marca, alguém que afia, arranha ou escreve numa pedra, madeira ou metal”.

Caráter é como uma marca impressa que distingue a pessoa. Essa marca é formada pela força exterior sobre um individuo. O caráter de Deus que foi impresso no líder para que, desta forma, o mundo creia em Deus. Caráter é a base sólida que Deus exige de um homem antes de libertá-lo para sua obra.

Os valores e os padrões do mundo estão a cada dia mais e mais corrupto (1 Tm. 3.1-9). No meio destes dias maus, no entanto, a Bíblia também afirma que haverá um povo com a justiça de Jesus.

  • 3. ASPECTOS DO CARATER DE JESUS CRISTO, QUE O LIDER DEVE TER.

1. AMOR – O amor que o Senhor exige na formação do caráter de um líder é o amor incondicional (Jô. 13.1; 15.13).

2. SANTIDADE – Ser santo não depende essencialmente de uma intervenção divina, mas de um posicionamento individual, e começa com a decisão pessoal de ser santo.

3. COMPAIXÃO – É a capacidade que leva o homem a se colocar no lugar do seu próximo e de sentir suas dores. A compaixão é um dos aspectos mais importantes do caráter de Deus. Deus é compassivo (Sl. 78.38; 86.15). Princípios para ter compaixão:

a) Tirar os olhos de si mesmo;

b) Colocar os olhos no necessitado;

c) Se envolver com os necessitados;

d) Orar para que o Espírito Santo gere compaixão em nós.

4.   SERVIÇO – Um verdadeiro servo está sempre atento aos problemas e necessidades que os outros estão enfrentando, devendo espontaneamente dispor-se a ajudar. Há várias palavras em hebraico que podem ser traduzidas como “servo”:

a)         EBED – Alguém que é escravo ou servo. Aplica-se à pessoa que está completamente a disposição de outra (Gn. 24.1-67). Aplica-se também a um escravo que renuncia a todos os seus bens pessoais para servir só a seu senhor (Dt. 15.12-18).

b)         ABAD – Significa trabalhar e servir, aplica-se à pessoa que cultiva o solo (Gn. 2.5; 3.23).

c)         SAKLYR – Significa “Servo alugado”, que se torna um escravo de amor ataves de um relacionamento pessoal. “Um empregado”, “servo assalariado”, “um viajante que é levado para dentro de casa e feito escravo” (Lv. 25.6).

d)         SHARATH – Pessoa servil, que faz tarefas insignificantes, também aplica-se ao sacerdote (Ex. 28.35-43) e a Josué (Ex. 24.13; Nm. 11.28).

e)         No grego DOULOS – significa “cativeiro e servidão”. Termo aplicado a um servo que está em sujeição ao se senhor de boa vontade.

5.   HUMILDADE - É uma atitude constante de servir (Is. 14.12). Os humildes de espírito são aqueles que dependem totalmente de Deus (Mt. 5.3). Andar com um espírito humilde sempre foi o propósito de Deus para o homem (Mq. 6.8).

6.   MANSIDÃO – Manso é o homem que não permite que a vontade própria tome conta de seu espírito, mas coloca todo o seu ser debaixo da autoridade do Espírito de Deus (Mt. 11.29). A palavra mansidão no grego quer dizer afável, bondoso, brando. Um líder pode ser firme, mas deve agir em mansidão, porque senão machucará e prejudicará o povo de Deus. Esta atitude de coração permitirá ao líder tratar de assuntos sérios sem machucar espiritualmente o povo de Deus.

7.   FIDELIDADE – Ser fiel é ser constante na aliança com alguém. Ser alguém em quem os outros podem confiar e a quem podem delegar atribuições (Dn 6.4; Hb. 3.5; 1Co. 4.2).

8.   RETIDÃO – È a obediência à lei de Deus (Dn. 6.25 com Rm. 10.5). Ser reto é não desviar-se nem para direita nem para esquerda do caminho do Senhor (Sl. 101.6).

9.   JUSTIÇA – Ser justo é ser imparcial, praticando a justiça em qualquer circunstância (Sl. 82.3; Cl. 4.1; Jô. 5.30).

10. OBEDIÊNCIA – Obedecer é fruto de uma decisão individual (1 Sm. 15.22). Obediência é uma credencial para quem quer liderar, é o alicerce do caráter ( Mt. 7.24).

11. ZELO – Ser zeloso é cuidar com amor algo que pertence a Deus. Tudo pertence ao Senhor, somos apenas mordomos do que Ele tem deixado sob nosso cuidado.

12. PACIÊNCIA – Ser paciente é esperar o momento certo de agir na vontade de Deus, é suportar pressão sem explodir.

Ávida de Jesus foi e é um exemplo maravilhoso de líder.

O caráter de um líder é a base estrutural para resistir ás investidas de Satanás, sem base é praticamente impossível prevalecer no combate.

 

  • 4. LIDERANÇA: VERDADEIRA E SANTA “AMBIÇÃO” (1 TM. 3.1)

A afirmativa de que o desejo pela liderança é uma boa ambição não será aceita por todos sem reserva. Embora haja ambições que merecem restrições, há outras dignas e serem alimentadas, por sua nobreza. Ao avaliar a “boa ambição” vários fatores devem ser mantidos em mente:

1. Quando Paulo escreveu, as condições eram muito diferentes. Ser líder não era trabalho fácil, geralmente significava grandes perigos e pesadas responsabilidades. Em algumas vezes, a recompensa eram provações, menosprezo e rejeição. Nos momentos de perseguição, o líder era o primeiro a sofrer. Os amantes de cargos não teriam coragem de enfrentar um compromisso tão oneroso.

2. Paulo não atribui honradez e nobreza ao cargo, mas à função da liderança, a mais privilegiada do mundo.

3. Nos dias de Paulo, somente um amor profundo a Cristo, e um grande interesse por Sua Igreja motivariam uma pessoa a ambicionar a liderança.

4. Nos nossos dias a liderança cristã confere prestigio e privilégios, de tal forma que uma ambição indigna pode, facilmente, levar homens carnais e egoístas a cargos de liderança.

5. Buscar coisas grandes não é necessariamente pecado. É a motivação que determina o caráter pecaminoso. O Senhor não condenou a busca de grandezas, mas desmascarou a motivação indigna.

Ambição que se centraliza na glória de Deus, e no bem-estar de Sua Igreja, não apenas é legitima como também é digna de louvor.

  • A palavra “ambição” deriva de uma palavra latina que significa “procurar promoção”. Há algumas atitudes que podem se relacionar à ambição como: ser visto e aprovado pelos homens, exercer controle sobre as pessoas, ser popular, sobressair-se, e etc. Tais ambições foram denunciadas pelo Senhor Jesus. O verdadeiro líder jamais procura promoção. A verdadeira liderança é alcançada mediante nossa consagração ao serviço às pessoas e não conseguindo a sujeição de pessoas ao nosso serviço. Liderança é alcançada pelo sofrimento do preço, envolve a necessidade de beber o cálice amargo e experimentar o batismo do sofrimento (Mc. 10.38,39).

Os verdadeiros líderes precisam ter a chamada e o caráter de Jesus Cristo. Nenhum de nós pode se igualar ao Bom Pastor, mas podemos aprender com Sue exemplo, a cuidar melhor do nosso rebanho.

  • 5. AS BASES DA LIDERANÇA

Com relação à liderança, quando alguém que é um líder, tem que provar que o é. Até mesmo Jesus teve que comprovar Sua condição antes que os outros o seguissem.

A chamada para a liderança precisa ser confirmada. Embora as pessoas possam ser treinadas para a liderança, somente Deus faz a chamada. A igreja funciona como uma agencia confirmadora. Os lideres devem ser, de certo modo confirmados por pessoas de fora da igreja (1 Tm.3.7).

A necessidade de confirmação é requisito indispensável a qualquer tipo de liderança. Acontece que, na igreja ou fora dela, algumas pessoas querem ir “diretamente ao topo”.

A maior necessidade da igreja, para que ela cumpra suas obrigações, é uma liderança espiritual, sacrifical e plena de autoridade vinda do alto:

1.        PLENA DE AUTORIDADE – As pessoas gostam de ser lideradas por alguém que sabe o que diz, o que faz e para onde vai.

2.        ESPIRITUAL – Porque uma liderança carnal, embora possa ser atraente e competente, resultará apenas em esterilidade.

3.        SACRIFICIAL – Porque a verdadeira liderança é moldada segundo a vida de Cristo que Se deu a Si mesmo em sacrifício pelo mundo. A falta de líderes tais, é um sintoma da doença que enfraquece a igreja.

O reconhecimento aos antecessores. Nenhum de nós consegue coisa alguma sozinha. Estamos sempre sendo influenciados e sendo ajustados por outros. Sir Isaac Newton disse: “Se vi mais longe do que os outros homens, foi porque estava de pé sobre os ombros dos gigante”. Uma boa liderança tem essa característica, ela encara suas realizações com honestidade e sinceridade e admite: “Não poderia tê-lo feito sozinho”.

Jesus queria que seus discípulos soubessem que tinham um débito de gratidão para com aqueles que haviam trabalhado na liderança antes deles. Jesus só deu inicio a seu próprio ministério depois de João Batista ter-lhe preparado caminho.

O companheirismo (Interdependência – Lc. 10). Outra pessoa junto certamente encorajaria o viajante em lugares desconhecidos. O Senhor Jesus tinha uma razão para proceder assim. Jesus desejava que seus discípulos se apercebessem de sua dependência uns dos outros e de sua dependência do Senhor, mas também que eram “um só corpo em Cristo” (Rm. 12.3-8; 1 Co. 12.12).

 

 

Reconhecer o valor dos outros. Vejamos alguns fatos que podem ajudar-nos a fazê-lo:

a) Todo talento e capacidade é dom de Deus. João Batista se expressou muito bem sobre isso: “ao homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (Jô. 3.27). Conscientizar-nos de que só temos capacidade de liderança porque Deus no-la deu, torna-nos mais humildes.

b) Não fizemos nada para adquirir nossa capacidade de liderança. Quando alguém recebe o dom de liderar, é uma questão de graça w não de mérito.

c) Este presente que nos é dado não deve ser motivo de vanglória. A uns Deus dá a capacidade para liderar, a outros, a capacidade de reconhecer e seguir os bons líderes.

d) Devemos reconhecer e agradecer àqueles que nos ajudaram a desenvolver nossas capacidades. Os atletas têm um talento latente, mas isso não basta. Eles precisam de ajuda, treinamento e correção. Com os líderes acontece a mesma coisa.

e) Devemos agradecer a Deus por nossas aptidões. Devemos regularmente parar e agradecermos a Deus por ter-nos feito como somos.

 

 

  • 6. AS IMPLICAÇOES DA LIDERANÇA (MC. 10.43-44)

            Os ensinamentos de Jesus Cristo foram revolucionários, especialmente no que concerne à liderança. No mundo contemporâneo, o termo “servo” tem uma conotação de inferioridade. Jesus magnificou o termo, igualando-o à grandeza, e isto foi e é um conceito revolucionário. O ideal de Cristo para Seu reino era o de uma comunidade de pessoas servindo-se mutuamente (Gl. 5.13).

            O contraste entre a idéia mundana de liderança e a de Cristo era uma lição que Tiago e João ainda tinham aprendido (Mc. 10.42-43). Eles queriam a gloria, mas não a vergonha; a coroa, mas não a cruz; ser senhores, não servos. O pedido deles deu ocasião a Jesus de mostrar dois princípios de liderança:

            1. Há uma soberania na liderança ( Mc. 10.40). Os ministérios de liderança são soberanamente conferidos por Deus. Nenhum curso teológico ou treinamento em liderança qualificará algum para um ministério de liderança espiritual e eficiente.

            2. Há um sofrimento envolvido na liderança (Mc. 10.38). A franqueza e a honestidade levaram Jesus a mostrar o custo da liderança. Ele precisava de homens e mulheres de qualidade, de olhos abertos, dispostos a segui-lo até a morte.

            Eles deveriam aprender que há um elevado preço a ser pago por um ministério espiritual de grande influencia, preço que não poderia ser pago de uma só vez, mas por toda a vida.

            Não existe liderança a preço e liquidação, a lição fundamental de grandeza só vem mediante a servitude.

            E Is. 42.1-5 vemos o significado de “espírito de servitude”, nesta passagem profética temos algumas características que haviam de qualificar o Messias vindouro, como servo do senhor:

a)         DEPENDENCIA – “Eis aqui o meu servo a quem sustento” (v.1), ao cumprir esta vocação profética, Jesus voluntariamente “se esvaziou, assumindo a forma de servo” (Fp. 2.7), entregando os Seus privilégios e o exercício independente de Sua vontade. Embora possuísse todos os poderes e prerrogativas da deidade, Ele tornou-se dependente de Seu pai.

b)         APROVAÇAO – “O meu escolhido, em que minha alma se compraz” (v. 1), a retribuição está em Sl. 40.8.

c)         MODESTIA – “Não clamará, nem gritará, nem fará ouvir a sua voz na praça” (v.2), p ministério do Messias não seria gritante, retumbante, mas modesto. O servo do Senhor trabalha tão quieta e discretamente que muitos até duvidam de Sua existência.

d)        EMPATIA – “Não esmagará a cana quebrada, nem apagará o pavio que fumega” (v. 3), o Messias se mostraria simpático, compreensivo e compassivo para com os fracos. Ele repara canas quebradas e assopra a fumegante até incendiar.

e)         OTIMISMO – “Não desanimará nem se quebrará até que ponha na terra o direito” (v. 4), o Servo do Senhor jamais se desencorajaria. O pessimista nunca se torna um líder Inspirador. Esperança e otimismo são qualidades essenciais à liderança.

f)         UNÇAO – “Pus sobe ele o meu espírito” ( v.1), as cinco qualidades anteriores seriam insuficientes para o cumprimento da tarefa do Messias. Era necessário o sobrenatural, a unção do Espírito Santo (At. 10.38).