AS FALSAS RELIGIÕES NO CURRICULO DE ENSINO RELIGIOSO NO ENSINO FUNDAMENTAL

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO ELVIRA DAYRELL - ISEED-

ERMINIO CLEMENTINO DE MELO NETO

 AS FALSAS RELIGIÕES NO CURRICULO ENSINO RELIGIOSO DO ENSINO FUNDAMENTAL

 

PENDENCIAS/RN

2019

 

 INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO ELVIRA DAYRELL

- ISEED-

 

ERMINIO CLEMENTINO DE MELO NETO

 

 AS FALSAS RELIGIÕES NO CURRICULO ENSINO RELIGIOSO DO ENSINO FUNDAMENTAL.

Artigo Científico Apresentado ao Instituto Superior de Educação Elvira Dayrell- ISEED-, como requisito parcial para a obtenção do título de Pós Graduação-Lato Sensu Ciências da Religião

 

PENDENCIAS/RN

2019

 

AS FALSAS RELIGIÕES: UM RECURSO A SER EXPLORADO DENTRO DAS PRÁTICAS DE ENSINOOESINO FUNDAMENTAL

Erminio Clementino de Melo Neto[1]

 

RESUMO

 

O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre propostas do encaminhamento didático para o estudo das falsas religiões apresentado dentro do âmbito escolar. Assim, este artigo tem como objetivo principal analisar a importância do ensino das falsas religiões durante as aulas de Ensino Religioso. Como objetivos específicos foram definidos: a) Verificar quais os motivos os levam ao uso de textos sobre falsas religiões dentro da sala de aula; b) Realizar uma análise didática de leitura e compreensão sobre essa temática. Em relação a metodologia, realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores que tratam da temática. Portanto, o assunto trabalhado dentro de sala de aula é fundamental importância, pois além da leitura, acaba levando os alunos a fazer interpretação, e portanto, formar  opinião através de um senso crítico e interagir, compreender e argumentar em relação ao assunto proposto. Cabe ao professor explorar adequadamente esse gênero como ferramenta de ensino.

Palavras-chave:  Religião. Escolar. Didática. Ensino Religioso.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho apresenta uma reflexão sobre propostas do encaminhamento didático para o estudo das falsas religiões apresentadas dentro do âmbito escolar. Para tanto, é necessário salientar que a disciplina de Ensino Religioso deve proporcionar a aprendizagem dessa temática dentro do Cristianismo, pois este é o processo fundamental na formação dos alunos. Dessa maneira, é primordial que o professor trabalhe com os alunos a partir de uma concepção de linguagem que favoreça o processo de interação entre os educandos e entre eles.

Assim, ao trabalhar Ensino Religioso dentro da sala de aula o educador busca conhecer e extrair as informações e compreensões dos alunos sobre o conteúdo praticado

Diante disso, partindo da hipótese que a falsa religião serve como ferramenta de formação e informação daqueles que buscam desenvolver seus conhecimentos, surgem as seguintes indagações: Qual a importância do estudo das Religiões falsas dentro do espaço escolar? Quais os benefícios alcançados com o ensino desse texto? Qual o objetivo dessa metodologia de ensino aplicado nas aulas?

Dessa forma, é preciso que o professor trabalhe com os alunos a partir de uma concepção que favoreça o processo de interação entre educandos, educadores e o conteúdo.

  Neste contexto, o presente trabalho tem como objetivo geral: Analisar a importância desse tema no currículo Ensino Religioso e assim o público alvo possa tirar suas conclusões.

Para ajudar no desenvolvimento do objetivo proposto foram traçados dois objetivos específicos:

a) Verificar quais os motivos que levam ao Ensino Religioso dentro da sala de aula;

b) Realizar uma análise didática de leitura e compreensão textual sobre as falsas religiões.

Para tentar responder as indagações propostas, foi utilizada como recurso metodológico a pesquisa bibliográfica realizada a partir da análise de materiais já publicados na literatura como livros, monografias, artigos, dissertações, entre outros métodos literários.

 

DESENVOLVIMENTO

Uma retrospectiva histórica revela o fato notável de que várias minorias religiosas, existentes na Alemanha já na primeira parte de século XX e que podem ser vistas como seitas clássicas fruto de um sincretismo religioso da época- por exemplo as Igreja Neo-Apostólicas, os Mórmons e outras, não eram objeto de crítica até os anos 90. Antes disso, uma discussão crítica sobre elas ocorria, no máximo, no contexto da apologética eclesiástica e não foi aproveitada pela mídia. Somente nos últimos anos, essas seitas ou falsas religiões têm sido percebidas como fruto desse sincretismo religioso que começou na Europa e se alastrou por toda América.   Sobretudo algumas igrejas-livres observam estes desenvolvimentos com preocupação, uma vez que eles sabem muito bem, devido às próprias experiências históricas, quais tendências de exclusão se vinculam ao proposito dessas religiões. Comunidades como metodistas, batistas e Presbiterianos, ou seja, grupos que, hoje em dia, desfrutam de um status de respeito, eram muitas vezes, no início de século XIX, expostos a ataques frequentes, especialmente por parte de apologéticas protestantes.   

No entanto, devido à grande diversidade de Seitas espalhadas no mundo inteiro, acaba se tornando impossível trabalhar todas elas em sala de aula. Mediante a isso, acaba gerando o seguinte questionamento e afirmam que “é preciso priorizar as principais Seitas que merecerão abordagem mais aprofundada”.  Em outras palavras, propõem que a leitura e a produção de textos sobre o assunto, sejam desenvolvidas de uma maneira adequada e útil ao universo escolar e à realidade social do aluno.

  

 RELIGIÃO

São padrões e normas que um grupo de pessoas se submetem com a finalidade de estar mais próximo do criador.

Para PONTES FILHO religião  é:

                                                    Podemos compreender como “religião”, o conjunto de normas e padrões de vida de um determinado grupo de pessoas que buscam um “contato” com Deus. Geralmente, estas pessoas seguem suas crenças, distorcidas por heresias, vivendo talvez como uma seita, seguindo deuses falsos, mas com o desejo sincero de buscar ao Deus eterno e soberano. Muitas dessas pessoas cometem heresias por ignorâncias enquanto outras para se beneficiarem, trocando a verdade que é a palavra de Deus por mentiras simplesmente com o objetivo de se darem bem na vida.

                                                  (PONTES FILHO, p.114, 2000).

A Bíblia Sagrada livro de ensino para várias religiões, também conhecida como o livro da palavra de Deus, relata que ser humano só se libertará dos fruto maus desse mundo se conhecer a verdade que é a palavra de deus revelada. Assim diz em João 8.32 e em Romanos 1.25-27:

“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo. 8.32). “Eles trocaram a verdade de Deus pela mentira e servem e adoram as coisas que Deus criou em vez de adorarem o próprio Deus” (Rm:1: 25-27) (BÍBLIA SAGRADA).

 

Como está escrito na Revista de estudos da Religião:

                                                   Portanto, religião é, segundo a teologia bíblica, a vida do homem nas suas relações com Deus. No evangelho de João 14:6 diz que Jesus é o único Caminho que devemos escolher e seguir. Ele é a Verdade e não uma distorção dela. Ele é a Vida e não uma tentativa de achá-la. Cristianismo não é o que fazemos pra Deus, mas sim Cristo em nós. (REVER- Revista de Estudos da Religião, p.26, 2001)

 

 AS FALSAS RELIGIÕES E O SINCRETISMO RELIGIOSO

 As falsas religiões nasceram com a mistura de várias doutrinas o que podemos chamar de sincretismos e nesse contexto, “Religioso”.  Essas comunidades têm criado grupos que muitas vezes acreditam que estão de volta para Deus o de volta para a casa do Pai como muitos até ensinam, todavia, é uma doutrina que troca a verdade por mentiras, prometendo está levando do homem até Deus. No entanto, essas falsas religiões ou Seitas como são chamadas vem causando divisões nas igrejas sérias que pregam a verdade e a verdadeira palavra sem distorção e acaba levando seus membros ou adeptos a unir-se ou ligar-se a um falso cristo. Precisamos estar atentos, visto que, Até mesmo uma verdade de Deus, proclamada sem o princípio bíblico do amor e da unidade, gera engano, divisão e desvia o homem da eternidade com Deus.

 Inicialmente, se faz necessário identificar a distinção entre os termos Religião e Seita, mesmo sabendo que os dois sejam utilizados muitas vezes como sinônimos do amor de Deus para os homens. Jesus Cristo é o único que nos leva outra vez a presença de Deus. É Ele, somente ele que tem o poder de nos levar de volta pra casa do Pai.

Segundo relatou a Professora Luana Polon no Artigo sincretismo Religioso-Estudo Prático: Se ouve muito dizer que o Brasil é o país do sincretismo religioso. Tudo teria começado pela confluência de povos que colonizaram o Brasil, como os europeus, índios e africanos, e outras raças que se juntaram a nós após a colonização.  É importantíssimo se conhecer melhor o sincretismo religioso no Brasil, e como ele está instalado nas nossas escolas, nas nossas crianças e na cultura do povo do Brasil.

 

AS ESCOLAS E AS FALSAS RELIGIÕES.

Quais os motivos que levam o Ensino Religioso para as escolas? Para tal indagação, é necessário mostrar clareza, visto que, a grade curricular de Ensino Religioso oferece um amplo discursão em torno de todas as religiões, cabe ao docente ser consciente e repassar fragmentos de todas as religiões explicando de fato a verdade escrita em cada uma delas.

Deve-se realizar uma análise didática de leitura e compreensão textual sobre as falsas religiões mostrando o sincretismo Religioso embutido em determinadas seitas que andam falando em nome de Deus, vendendo água santa, lenços milagrosos e até pedras curadoras trazidas de Israel a chamada de terra Santa. Os profissionais docentes de Ensino religioso, precisam viver sem nenhuma culpa de terem formados homens bombas e assassinos em nome de uma divindade. Tudo precisa ser mostrado claramente, não deixando dúvidas sobre cada uma das religiões que permeiam nosso cotidiano seja elas falsas ou verdadeiras, todavia, a ideologia de nenhuma deve ser forçada a aceitação dos discentes.   A verdade deve ser dita sobre cada uma das religiões e nada melhor para explicar onde está  verdade do que a palavra de Deus, as sagradas escrituras, não é porque estamos em uma sala de aula de um país laico que iremos negar essa verdade. Assim, no meu ponto de vista, os docentes de Ensino Religioso, não deveria ter só a licenciatura em ciência da religião, mas também um conhecimento bíblico aprofundado sobre conhecimento bíblico.

            Um Projeto de Lei número 121/2016 do deputado Hudson Leal o que proíbe 'doutrinação ideológica' nas escolas no Estado Espirito Santo gera polêmica, a proposta é chamada de 'lei da mordaça' pelo sindicato dos professores. Vejam o que diz Mariana Carvalho do G1 sobre esse projeto:

 

O projeto não limita as questões que tem que ser discutidas em sala de aula, mas não permite que apenas o ponto de vista do professor seja exposto na sala. Ele garantiu que a iniciativa é amparada pela constituição, mesmo depois que a procuradoria da Casa tenha dado um parecer contrário à proposta, “O professor é livre para falar o que quiser, ele pode falar sobre religião, mas ele não pode falar sobre uma religião só, ele tem que dar todas as opções. O professor quer falar sobre partidos, ele pode, mas ele precisa falar sobre todos os 35 partidos do Brasil”, explicou. O deputado também disse que muitos estudantes se sentem inibidos dentro da sala de aula, por suas crenças morais e religiosas. (Mariana Carvalho. Do G1 ES. Em 09/05/2016)

 

COMO OS DOCENTES PODEM IDENTIFICAR AS FALSAS RELIGIÕES ATUANDO ENTRE DE NÓS.

O profissional Docente de ensino religioso, precisa saber interpretar um texto bíblico , para assim poder identificar as falsas doutrinas.

 

Como afirma Oliveira:

a) Quando uma interpretação bíblica é forçada para atender a uma necessidade pessoal. b) Quando uma prática congregacional leva as pessoas a valorizarem mais as experiências do que o estudo da Bíblia. c) Quando achamos que os costumes e hábitos são o meio pelo qual receberemos poder de Deus. d) Quando nossos valores e crenças nos levam a fazer acepção de pessoas e isolá-las. e) Quando praticamos algo só para alívio na consciência, substituindo a graça de Deus. f) Quando a insubmissão nos leva a gerar fofocas, partidos, divisões no meio da Congregação. (OLIVEIRA, P.118-1987).

  Conclusão

Diante do exposto nesse estudo, foi possível definir o objetivo das falsas religiões que estão atuando dentro do Cristianismo, no qual para alcançar este objetivo é utilizado vários meios disponíveis existentes nas literaturas Cristãs e na Bíblia Sagrada, reunindo textos literários, textos da bíblia, filmes e artigos.

Já em relação aos objetivos específicos propostos, vale ressaltar que a participação dos professores e seus métodos de ensino em Ensino Religioso é crucial para que os alunos desenvolvam suas habilidades através de seu conhecimento acerca das Religiões existentes e as Seitas nelas infiltradas.    A vista disso, é necessário que os mesmos em suas práticas pedagógicas levem para a sala de aula os mais diversos assuntos em discussão.  Dessa maneira, instigando os alunos a se apropriarem desses textos para que os mesmos saibam identificá-los no seu meio social, distinguindo o Certo e o errado.

Segundo Lutero, se não houvesse seitas, pelas quais o Diabo nos despertasse, tornar-nos-íamos demasiadamente preguiçosos e dormiríamos roncando para a morte.  A revelação de Deus pela Palavra seria obscurecida e rejeitada em nosso meio. Agora, essas falsas religiões são para nós como esmeril para nos polir; elas nos amolam e estão lustrando nossa fé e nossa doutrina, para se tornarem limpas como um espelho brilhante. Também chegamos a conhecer Satanás e seus pensamentos e seremos hábeis em combatê-lo.

Trabalhar com a proposta de leitura e, mais especificamente, com a leitura dos gêneros textuais que permeiam a vida social dos nossos alunos não é tarefa fácil. Pois, as aulas de leitura requerem uma maior disponibilidade do professor para pesquisas, a fim de torná-las mais dinâmicas, interativas e atraentes para os alunos.

Conclui-se que, o nosso desafio como professores de Ensino Religioso é desenvolver nos alunos habilidades e estratégias de leitura que os levem a ativar seus conhecimentos prévios e a interagir com as informações do texto a partir de um contexto enunciativo. Vale ressaltar, a participação dos PCNs que contribui efetivamente nos manuais didáticos e nas metodologias de ensino dentro do universo escolar e a realidade social do aluno.

 

REFERÊNCIAS

Budismo Simples. Disponível em:<http://www.budismosimples.kit.net/

CABRAL, J. Religiões Seitas e Heresias

CEDI - Centro de Estudos e Divulgação do Islã. Disponível em:< http://www.islam.org.br/

Centro Cultural Beneficente Árabe Islâmico. Disponível em:< http://www.islam.com.br

Conciso Dicionário Bíblico. Imprensa Bíblica Brasileira. RJ, 1986.

ELWELL, W. A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. São Paulo: Edições Vida Nova., 1990.

ICP (Instituto Cristão de Pesquisas). Compilação e edição de apostilas diversas. Disponível em:<www.icp.com.br

Centro Apologético Cristão de Pesquisas. Disponível em:<www.cacp.org.br

LANGSTON, A.B. Teologia Sistemática

OLIVEIRA, RAIMUNDO F. Seitas e Heresias - Um Sinal dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD. 1987

PONTES FILHO, J. Jesus e as Religiões. Londrina: Missão e Editora JUVEP. 2000.

Revista Defesa da Fé. Números 2,6,9,10,19. ICP (Instituto Cristão de Pesquisas). 1996/98/99/2000

 https://www.estudopratico.com.br/sincretismo-religioso