Nas estações climáticas

que na minha vida enfrentei,

não houveram verões mais quentes

que o inverno de dois mil e nove

e o verão de dois mil e treze,

e nem inverno mais ártico

que o outono de dois mil e treze.

com essas inconstâncias do clima,

moldaram e amadureçeram minha vida.

tornei-me homem,

sorri,

chorei,

sofri,

amadureci,

e encontrei o amor,

e com ele me completei meu ser,

refleti o reflexo de nossas almas,

no espelho de seus olhos,

no horizonte desse azul mar,

na calmaria dessas águas.

mas enfim as estações passam

e o calor fresco do verão mudou,

deu lugar ao que existe de mais frio no universo,

a solidão do vazio,

e assim neste deserto vago perdido,

sem norte,

sem rumo,

sem sentido,

possuindo apenas uma pequena chama

a qual queima forte no peito,

chama com o calor

e a beleza

da essência

inocente de uma criança

e tem o nome de AMOR.

Por isso,

aguardo a volta do verão,

que ele venha quente,

sorrindo,

que aqueça

e aceite queimar também seu coração,

que venha sem dúvidas

incertezas

e temores.

Que venha com prazer,

e alegria

dividir a companhia desse amor.

Não que deseje apenas viver verão,

quero as mudanças das estações,

com o frescor do outono,

a beleza da primavera,

o verão com seu calor,

e o inverno com seu frio,

quero toda intensidade da vida,

quero desfrutar com meu reflexo

todas as emoções sentidas,

enfim quero viver as estações,

desfrutar do amor,

viver e amar a vida.