Estudante: Claudio José Bezerra de Aguiar

Tarefa: Resumo

Obra:G.GASSMANN/Scott Hendrix.As confissões luteranas

Confissões de Augsburg (artigo 9 e 10)

  A Confissão de Augsburgo(CA) no artigo nove trata do batismo como um meio de graça, necessário para salvação e para as crianças. Lutero num sermão sobre o batismo em 1519, afirmou que neste ato a pessoa deve ser submersa como sinal da morte, devendo o sacramento sinalizar a ressurreição, e tudo isso deve ser estabelecido pela fé. Por isso a fé se torna um fundamento básico do batismo. Para ele, o batismo era obra totalmente divina, ao contrário do pensamento católico romano. E por esta razão se empenhou em mostrar a relevância da fé, como um abrolhar que tem seu começo na da promessa de salvação da parte de Deus, e esta fé é confirmada pelo batismo. O que difere do aforismo católico, que afirma, os pecado não pode interferir na ação do batismo, por isso com fé ou sem fé o batismo vai ter o mesmo efeito. O que o torna independente o homem, mas o transforma numa obra que deve ser praticada pelo mesmo. Se é obra perde sua eficácia, sendo que batismo sem fé nada é em si mesmo. Sendo por fé, toda eficácia está em Deus, não nas obras conforme Lutero defende. No mais a teologia medieval, afirmava a ação da graça no batismo, porém essa graça era uma capacitação que Deus atribuía as pessoas para poderem realizar as obras, no que Lutero refutava que a graça era uma união entre o homem e Deus que se por meio da promessa. O que levou a ser mal entendido, como se estivesse espiritualizando o batismo. No entanto não era esse seu objetivo, pois o que queria mostrar era a diferença entre a justiça pela fé e justiça pelas obras, e expor que as duas são ação divinas. Mais tarde Lutero, teve que acrescentar novos enfoques em seus ensinos sobre os batismo, devido aos anabatistas que negavam o batismo de crianças. Ele comenta sobre o batismo como uma ordem de Deus, realizada pelo Deus trino, juntamente com os sinais externos, sem separação. O batismo é obra totalmente de Deus, o homem apenas o aceita.

  No artigo 10 da CA versa sobre transformação do pão e do vinho na presença real de Cristo na Santa ceia, e que é distribuída aos que comungam esse ato, no entanto não deixa claro como essa transformação acontece. Nesse afã, a CA realiza uma tentativa de harmonizar as diferentes interpretações que estavam ocorrendo sobre a Santa Ceia. De tal modo foi firmado a presença de Cristo tanto no pão como no vinho, tornando a ceia um sacramento onde a participação da fé serve apenas para proveito na ação da pessoa. Conforme Lutero que afirma ser a ceia um meio que nutre, fortalece e desperta a fé. Em seus sermões ele começa atacar a igreja católica, negando o dogma da transubstanciação. Afirmando que Cristo sendo Deus se tornou homem, sem deixar de ser Deus. Assim o pão e o vinho recebem a presença de Deus mas não deixam de serem alimento e bebida. Com essa concepção, combateu contra os entusiastas que negavam a presença de Cristo na ceia sem fé, a tornando deste modo uma obra humana. Porque se a pessoa crer a presença acontece, sem acreditar a presença não ocorre. Logo para presença de Cristo ser real depende da obra de ter fé. No contrario era com a igreja católica com a idéia de transubstanciação e da missa como obras que deveriam ser realizadas pelos fieis, como complemento da obras de Cristo. Para eles na ceia a presença Cristo era real, porque a substância dos elementos da ceia, se transformavam no corpo e no sangue de Jesus, ocorrendo o sacrifício dele todas as fez que a ceia ocorria, para o perdão dos pecados atuais das pessoas. Sendo que independente, da pessoa ter fé ou não a pessoa a presença de Cristo estava ali. De sorte que não precisava ter fé para receber o perdão dos pecados, o que tornou a ceia um ritual meramente humano e de obras, onde basta participar da ceia e ir as missas para agradar a Deus e ser salvo. Lutero lutou para mostrar sua opnião que a única obra que pode agradar a Deus e que pode trazer salvação e a obra de Cristo realizada na cruz do calvário, e somente pela fé pode-se participar destas coisas, pela fé na promessa de Jesus.