Estudante: Claudio José Bezerra de Aguiar

Tarefa: Ficha de leitura

Obra:G.GASSMANN/Scott Hendrix.As confissões luteranas, p. 9-17 e 18-43.

Confissões de Augsburg

  O primeiro artigo fala sobre o que é o ser Deus. No decorrer da história muito se discutiu sobre esse assunto, e até onde parece o assunto não tem uma explicação racional. Como o próprio artigo menciona algumas interpretações, que são por ele mesmo fixados como heréticas, fica claro que a afirmação do artigo é uma tentativa de mostrar uma forma de interpretação, que eles concluíram ser a mais condizente com as Escrituras. Seu depoimento diz que há um único Deus, que é criador de tudo e esta acima de todas as coisas. E que existe três pessoas com as mesmas características. Mas “pessoas” não quer dizer seres diferentes, mas uma que subsiste em si mesma.

  Obviamente, é uma explicação. Porque como compreender três “pessoas” divinas em um só Deus? Prontamente a questão sobre Deus ainda fica em aberto.

O artigo três trata do Filho de Deus, que desceu ao mundo se fez carne e se manteve Deus, assumindo duas naturezas distintas em um único. Pois era necessário que Deus, se tornasse totalmente homem, para experimentar todas as coisas que o homem comum passa. Não para Ele conhecer as experiências humanas, mas para mostrar ao homem que Ele o conhece muito bem, e assim poder levar sobre si todas as culpas dos homens, garantindo-lhes a salvação.

O artigo dezenove comenta sobre a origem do pecado, atribuindo-a ao Diabo e ao ímpio. Atribuir o pecado original ao homem, considerando-o como ímpio, é uma questão questionável. Pois o Diabo é o principio do mal e claramente se percebe no homem a tendência pelo mal. Mas isso só lhe afeta pelo pecado que Adão, devido ao livre arbítrio cometeu no Jardim do Éden. Pois, ele deu ouvida a mulher, que já tinha sido enganada pela serpente. E o seu pecado passou para todos os homens como diz as Escrituras.

  A origem do pecado esta no Diabo, que agora tem domínio sobre todos os homens que não creem em Jesus Cristo. Por isso, uma pessoa não pode fazer nada de bom, se não for por intermédio do Espirito Santo. Porque mesmo que ainda as pessoas tenham a “imago Dei”, elas sem Cristo estão sob o domínio de Satanás. E ele a induz a pecar.

  O artigo vinte reflete sobre fé e obras, depondo de maneira plausível como as obras não podem salvar e como se tornam inúteis quando são consideradas com essa intensão. Esse artigo é importante porque trás a parte principal do cristianismo, a fé. A fé é a certeza das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem conforme diz as Escrituras. O homem não é capaz de realizar bem algum sem Cristo, e só pode receber Cristo em sua vida por intermédio da fé. Ela é que lhe garante a salvação, porque crê que Jesus o limpa de todo pecado. Se ele vier a colocar qualquer coisa, como obras, tradição, ou qualquer outro elemento, como meio para alcançar a salvação ele anula o sacrifício de Cristo. Logo se qualquer uma dessas coisas pudesse realmente salvar, então Cristo não precisaria morrer, bastava realizar qualquer uma destas coisas e resultaria a salvação. Mas não devido a impossibilidade do homem conseguir a salvação por meios próprios, Deus envia seu Filho para morrer por ele, e a única coisas que pede dele e que creia em Jesus como salvador.  

  Todos os vinte e oito artigos resultariam em um grande debate, se aprofundados devidamente. Alguns resultariam em uma refutação, e a maioria em uma simples contribuição, porque eles trazem uma ideia bem objetiva do verdadeiro e puro cristianismo. Percebe-se que no geral a maioria deles tem um “elo” referente a fé. Sendo a linha principal, do qual depende a maioria dos artigos. Esses artigos estão numa forma sucinta, mas bem explicado e estruturado, e com certeza bem embasados nas Escrituras. E com base na maioria deles pode se muito bem seguir uma caminhada cristã. Os escolhidos aqui foram apenas esses, que trazem questões importantes, como o que é Deus trino, o filho de Deus, a origem do pecado,fé e obras. Lógico que dentre os outros ainda há alguns temas teológicos bem importantes, mas esses se mostram os essenciais para caminhada dentro do cristianismo.