São Tomás de Aquino.

 

1225-1274.

 

  Filosofo muito querido pela Igreja, é sempre lembrado por reconciliar a filosofia de Aristóteles com a doutrina do cristianismo usando exatamente os princípios da física helênica.

Nasceu na Sicília, foi educado em Nápoles, mais tarde em Colônia, além de ter ensinado em Paris e Nápoles.  Canonizado em 1323 pelo papa João XII.

Aquino ao copiar o pensamento de Aristóteles, particularmente  a sua visão filosófica do movimento, por esse mecanismo materialista procurou provar a existência de Deus. Usando o argumento filosófico lógico aplicado as teorias do movimento.

A primeira prova, explica que a existência de Deus, poderá ser provada considerando a força do movimento que provoca necessariamente a mudança.

Pode se ver que algumas coisas mudam ou estão num processo de transformação, isso deve ser já com a segunda premissa, que alguma coisa não muda por si mesma.

Com efeito, algo invariável, que é a própria causa da mudança, sendo o resultado de algo superior, assim por lógica aplicada, se tudo muda ad infinitum, fica naturalmente nítido, que deve existir alguma coisa que é  o motivo das transformações.

 A  causa de todas as mudanças, mas que por si mesmo não sofre nenhuma modificação, que é a primeira causa de todos os movimentos, essa força, Aquino denomina de Deus.

 A segunda prova desencadeada por Aquino, ele verifica que rodas as mudanças acontecem por serie, mas tem que necessariamente existir uma série, que é o motivo do desencadeamento das demais séries, contrariamente,  não existiria esse movimento que desencadearia as outras séries.

Isso é algo que não causaria a si mesmo, esse algo, um princípio que fundamenta a existência de Deus, como sendo ele o provocador do desencadeamento das séries.  As duas vias partem da hipótese, que nenhuma causa material pode ter causado a si mesmo.

Na terceira prova ele defende que tudo que existe no mundo, existe para desaparecer, mas exatamente nem tudo pode ser dessa forma, pois se assim fosse segundo Aquino, existiria um momento que nada existiria, o mundo voltaria ao seu princípio do nada.

Pelo contrário, nada poderia ter surgido um dia, já que é impossível alguma coisa resultar do nada, porque desse princípio nada poderia ter surgido.  

Já que uma coisa não poderia ter surgido do nada, então existe alguma coisa que é a razão de tudo que existe, enquanto existe, essa coisa denomina-se de Deus.

As primeiras três vias são variações denominadas de argumentações da cosmologia grega, adaptada aos fundamentos do cristianismo por intermédio da filosofia dos fundamentos, o que entendemos de argumentos cosmológicos.

Já a quarta prova, Aquino oferece uma argumentação, cuja lógica vem da aplicação ontológica da prova, nota se que algumas coisas explicam por graus variados de qualidades.

Uma coisa pode ser mais ou menos boa ou fria,  mais ou menos nobre. Tais graus de variedades são causados por forças imperfeitas, isso significa que existe uma força completa.

Uma força que não sofre os graus de variedades, essa força contém em si mesma todo montante da perfeição daquilo que por natureza é imperfeito. Essa força como resultado primeiro dos graus de variabilidades denomina-se de         Deus.

Por fim, a última prova, ou seja, a quinta argumentação, que se fundamenta na argumentação de Aristóteles. Aquilo que é chamado de télos, ou seja, finalidade derradeira.

Mas para ser guiado para algum objetivo, nenhuma força poderá guiar a si mesmo, não poderá ela mesma ter uma meta, o mundo não tem um objetivo  para ele mesmo.

Implica naturalmente, que uma força direciona esse fim, a razão da existência de tudo.   Esse plano diretor mais uma vez, implica necessariamente em ser Deus.

Todas essas argumentações modernamente não são aceitas pela filosofia, muito menos pela ciência empírica, tudo que se explica por vias  de argumentos cosmológicos ou ontológicos.

Hoje  não se sustenta pela lógica dedutiva intuitiva, muito menos pelo campo empírico indutivo, o que estabeleceu definitivamente foi   o materialismo Histórico, consequentemente o ateísmo.

 

Edjar Dias de Vasconcelos.