Dezessete anos de gestação e pouco mais de um mês de vida adulta ... Assim é a vida das cigarras.

Só quem canta são os machos, para atrair as fêmeas, através de um aparelho estridulatório que êles possuem de cada lado do primeiro segmento abdominal e cada espécie de cigarra emite o seu som característico.

Elas cantam mais ao amanhecer e ao entardecer e, com menor intensidade, nas horas mais quentes do dia.

Elas têm uma forma característica e, com um comprimento que varia de 15 a pouco mais de 65 milímetros, possuem também um "bico" comprido para se alimentar da seiva das árvores e das plantas aonde costumam viver.

A maioria das espécies brasileiras tem um período total de vida ao redor de 17 anos, sendo que na sua fase adulta elas vivem por mais ou menos um mês.

Se, por um lado, ela é importante no eco-sistema por servir de alimento para os seus predadores naturais, por outro ela é nociva por ser uma grande praga para algumas plantas, visto que as suas ninfas se alimentam da seiva das raízes dessas plantas e causam grandes prejuízos pela quantidade de líquidos vitais que elas retiram e pelo ferimentos que causam às raízes, facilitando assim a penetração de fungos e de bactérias.

É variado, segundo cada espécie, o tempo que as larvas permanecem sob a terra, mas para sete espécies do gênero Magicicada esse tempo é sincronizado, ou seja, todas elas saem do chão ao mesmo tempo, para cerca de duas semanas de canto ensurdecedor, acasalamento e postura de ovos.

Em resumo, é o seguinte o ciclo de vida das cigarras:

- As fêmeas põem os seus ovos e morrem logo depois.

- Os ovos eclodem.

- Os insetos jovens ( ninfas ) caem no chão e entram na terra.

- As  ninfas  vivem  na  terra  por 4 a 17 anos (dependendo da espécie) se alimentando da seiva das raízes.

- Depois desse período, elas cavam túneis, sobem nas árvores e sofrem uma metamorfose, a ecdise, se tornando adultas e prontas para o acasalamento. 

Entre os insetos, as cigarras são as únicas que produzem o som estridente que todos conhecem. Algumas espécies conseguem atingir 120 decibéis com facilidade, enquanto outras menores realizam a proeza de alcançar uma sonoridade tão aguda que o seu canto simplesmente não é percebido pelo ouvido humano, embora cachorros e outros animais possam chegar a uivar de dor por causa dele.