Avaliar os papéis desempenhados pelos profissionais de RH a partir do modelo de Urich e discutir a sua contribuição para que o sistema de gestão de pessoas se torne fonte de vantagem competitiva sustentável foi o propósito desse estudo. Para isto, foi preciso um conjunto de práticas para capacitar as pessoas em novos conhecimentos e habilidades, para selecionar e manter os talentos necessários, para recompensar desempenhos e comportamentos eficazes, para estimular o comprometimento das pessoas, e também necessitam estar alinhadas com as estratégias da empresa.

Segundo Ulrich (1998), citados pelos autores, comenta que a partir de 1989 cresceu sensivelmente o envolvimento e a experiência com a mudança cultural, não sendo mais uma forma abstrata de “vantagem competitiva inimitável”, mas está no centro das atividades dos tomadores de decisão. Para os autores, se a mudança, em última análise, converge incrementalmente para mudanças culturais a habilidade dos profissionais de RH reside na sua capacidade de entender, diagnosticar e implementar culturas estratégicas que criem, efetivamente, valor distintivo para a sustentabilidade da empresa. A mudança cultural encerra um desafio complexo para os gestores. Ainda na concepção de Ulrich (1998), ele defende que os profissionais de RH precisam desempenhar papéis múltiplos e agir em parceria com gerentes de linha e outros, configurando um modelo de múltiplos papéis. Trata-se de um modelo que foi concebido a partir de dois eixos: foco estratégico (longo prazo) – operacional (dia-a-dia) e atividades de processo – pessoa. O cruzamento destes eixos delineia quatro papéis fundamentais de RH: a administração de estratégias de recursos humanos, administração da infra-estrutura da empresa, administração da contribuição dos funcionários e a administração da transformação e mudança, gerando a metáfora de quatro papéis desempenhados por esses profissionais: parceiro estratégico, especialista administrativo, defensor dos empregados e agentes de mudança.

            Pode-se enfocar, em nível de apreciação, algumas características que referenciem conceitos básicos sobre a vantagem competitiva sustentável, formando um conjunto de práticas articuladas entre si; conduzindo valores e padrões de conduta, transmite-se a cultura da empresa, elemento de conhecimento tácito de difícil imitação para que o sistema de gestão de pessoa possa constituir-se em vantagem competitiva.

            Os autores resumem a pesquisa em uma série de atividades caracterizadas numa ação estratégica dos profissionais de RH, numa ação integrada com os objetivos da empresa. Conseqüentemente, para cumprimento desta ação, se faz necessário a presença do RH nas decisões estratégicas da organização, a partir de: apoio ao planejamento estratégico, melhoria contínua de processos, defesa do colaborador como pessoa, defesa dos interesses mútuos, praticas de condução ao processo de mudança organizacional. E, visando identificar o papel desempenhado pelos profissionais de RH, feita via Web, em função das vantagens trazidas pelo avanço da tecnologia de comunicação, os profissionais pesquisados pertencem a um grupo que se pode considerar como de executivos característicos de grandes empresas, conferindo certa segurança de se estar analisando empresas que apresentem uma estrutura de RH e não exclusivamente de departamento de pessoal, com o foco em atividades rotineiras e de cumprimento da legislação trabalhista, descritiva e quantitativa foram os tipos que descreveram a pesquisa os tipos que descreveram a pesquisa foi descritiva e quantitativa.

Comprovou, a pesquisa de campo, que a gestão de pessoas praticada pelas empresas constituintes da amostra ainda não se revela a contento para poder ser considerada como ativo estratégico. Sendo assim, o artigo enfoca a ausência de nitidez no que se refere à missão da função de RH nas empresas, respondendo pela opacidade do papel de parceiro estratégico.

Pergunta para Análise: Em um setor que cresce cada vez mais no campo competitivo, como se pode identificar competência diferenciada?