Themis Groisman Lopes

Existem frases que são inesquecíveis e nos servem como lema de vida. Refiro-me á uma coluna de Nilson Souza, então editor de opinião de Zero Hora, onde ele escreveu: “A palavra é a mais civilizada das armas.” Ela tornou-se pragmática em minha vida.

Quando leio ou ouço como a palavra pode ser prejudicial, sendo mal usada e criando situações de conflito, penso de imediato na frase do Nilson. Muitas vezes procuro evitar as redes sociais para não me defrontar com ataques e discórdias entre pessoas, jorrando palavras agressivas e destrutivas apenas porque existe um contraditório. Considero salutar que ele exista, mas não a forma como o usam. Como diz J.R. Palácio em seu livro intitulado: Extraordinário: “entre falar correto ou gentil, prefiro o gentil.”

O filme “Perfume de Mulher” é pautado na solução de conflitos através da boa comunicação. Assim como em “Sociedade de Poetas Mortos”, o professor Keating, através de palavras e críticas construtivas oportuniza que seus alunos superem seus medos e problemas e vivam o ideal Carpe Diem.

Minha mãe nos dizia repetidas vezes: “meus filhos cuidado com a língua. Ela pode ser usada para destruir ou elevar alguém. Pensem muito antes de falar.” Na hora, talvez não tivéssemos alcance para entender o que ela dizia, mas não demorou muito para que compreendêssemos o que nos era ensinado.

Se podemos construir através de palavras usadas corretamente, por que razão não as empregamos?. Um desentendimento ou um ruído de comunicação pode ser resolvido com um simples “perdão” ou “desculpe-me”. Uma palavra de apoio a alguém que sofreu uma perda ou que está solitário e desanimado pode ser de muita valia para consolá-lo.

Temos um infinito potencial de armamento e muita munição de vocabulário para utilizar em prol do bem e da solidariedade com os outros. Convido a todos a refletir sobre o tema e ter a convicção de que sempre podemos mudar e sermos melhores, utilizando a palavra como a arma mais civilizada.