Quantas vezes já ouvimos dizer que quando uma coisa, um fto tem que acontecer, não resta dúvida, acontece. E para isto não tem dia nem hora pré-determinados. Esta é uma verdade incontestável. Todavia, o que eu quero abordar aqui é o outro lado desta questão. A pergunta que não quer calar é a seguinte:

                                -E quando um fato que nos poderia causar transtorno, dissabor, problema, mesmo com todas as prerrogativa para acontecer não acontece? O que significa isso? Sorte? Passo a narrar o fato que aconteceu há poucos dias no meu estabelecimento comercial que me deixou boquiaberto:

                               - Um cliente, num momento de grande distração, após ser atendido, demonstrando um pouco apressado, esqueceu seu lindo e caro celular sobre o balcão. Neste ínterim, tal fato passou por mim totalmente despercebido até após um rapaz adentrou e pediu licença para pegar um guardanapo, pensando que fosse seda, para usá-lo com outra finalidade. Percebendo o equívoco, já ia saindo, quando após eu perceber um celular, chamei-o e falei:

                              - Olha o seu celular aqui, rapaz!

                              Agora adivinha você o que aconteceu? Ora, no mínimo, por se tratar de uma pessoa desconhecida ali da área, simplesmente poderia pegar o tal objeto e ir embora tranquilamente. Mas, o que ele fez? Apenas falou, mostando o seu verdadeiro celular que estava no seu bolso:

                              - O meu está aqui, senhor.

                               Apenas falei: valeu, garoto. Obrigado. Em seguida guardei aquele aparelho e logo me veio à mente aquele freguês que há meia hora tinha saído apressado. E não demorou muito, enquanto eu pensava com os meus botões naquele fato, agradecendo a Deus por ter dado aquele lampejo de consciência no íntimo daquele pivete, eis que o verdadeiro dono do celular chegou todo angustiado e nervoso:

                              - Moço, por acaso eu esqueci o meu celular aqui, não foi?

                              Sem entrar em detalhes, imediatamente, abri a gaveta, peguei o tal objeto e entreguei para a sua grande alegria. Agradeceu-me e saiu todo contente. Agora o outro lado da suposta moeda, que felizmente não veio acontecer. Vamos supor então se tivesse acontecido o contrário. Ou seja, se aquele jovem que queria uma seda para finalidade espúria tivesse levado aquele celular valioso e agora o seu verdadeiro viesse buscá-lo, qual seria a minha reação? Será que é por isso que a veracidade deste adágio existe: "DEUS ESCREVE DIREITO POR LINHAS TORTAS!"