AS APARÊNCIAS ENGANAM MESMO!
Publicado em 30 de janeiro de 2017 por João Bosco de Andrade Araújo
Quantas vezes já ouvimos dizer que quando uma coisa, um fto tem que acontecer, não resta dúvida, acontece. E para isto não tem dia nem hora pré-determinados. Esta é uma verdade incontestável. Todavia, o que eu quero abordar aqui é o outro lado desta questão. A pergunta que não quer calar é a seguinte:
-E quando um fato que nos poderia causar transtorno, dissabor, problema, mesmo com todas as prerrogativa para acontecer não acontece? O que significa isso? Sorte? Passo a narrar o fato que aconteceu há poucos dias no meu estabelecimento comercial que me deixou boquiaberto:
- Um cliente, num momento de grande distração, após ser atendido, demonstrando um pouco apressado, esqueceu seu lindo e caro celular sobre o balcão. Neste ínterim, tal fato passou por mim totalmente despercebido até após um rapaz adentrou e pediu licença para pegar um guardanapo, pensando que fosse seda, para usá-lo com outra finalidade. Percebendo o equívoco, já ia saindo, quando após eu perceber um celular, chamei-o e falei:
- Olha o seu celular aqui, rapaz!
Agora adivinha você o que aconteceu? Ora, no mínimo, por se tratar de uma pessoa desconhecida ali da área, simplesmente poderia pegar o tal objeto e ir embora tranquilamente. Mas, o que ele fez? Apenas falou, mostando o seu verdadeiro celular que estava no seu bolso:
- O meu está aqui, senhor.
Apenas falei: valeu, garoto. Obrigado. Em seguida guardei aquele aparelho e logo me veio à mente aquele freguês que há meia hora tinha saído apressado. E não demorou muito, enquanto eu pensava com os meus botões naquele fato, agradecendo a Deus por ter dado aquele lampejo de consciência no íntimo daquele pivete, eis que o verdadeiro dono do celular chegou todo angustiado e nervoso:
- Moço, por acaso eu esqueci o meu celular aqui, não foi?
Sem entrar em detalhes, imediatamente, abri a gaveta, peguei o tal objeto e entreguei para a sua grande alegria. Agradeceu-me e saiu todo contente. Agora o outro lado da suposta moeda, que felizmente não veio acontecer. Vamos supor então se tivesse acontecido o contrário. Ou seja, se aquele jovem que queria uma seda para finalidade espúria tivesse levado aquele celular valioso e agora o seu verdadeiro viesse buscá-lo, qual seria a minha reação? Será que é por isso que a veracidade deste adágio existe: "DEUS ESCREVE DIREITO POR LINHAS TORTAS!"