Artigo - A Coreia do Norte, os testes balísticos e a comunidade internacional

Roberto Ramalho é jornalista, blogueiro e pesquisador

O Conselho de Segurança da ONU condenou veementemente, em reunião no domingo(7), o lançamento de um foguete pela Coreia do Norte, em que supostamente levava um satélite.

A entidade também declarou que vai se comprometer para "rapidamente" adotar uma resolução com "sanções significativas".

O presidente do Conselho de Segurança da ONU, Rafael Ramirez expressou preocupação aos demais membros a preocupação com o lançamento, assim como qualquer outro feito pela Coreia do Norte.

O que se suspeita é que a Coreia do Norte esteja usando tecnologia de mísseis balísticos, mesmo que caracterizados como lançamentos de satélite.

Esses lançamentos constituem-se numa séria violação das resoluções 1718 (2006), 1874 (2009), 2087 (2013) e 2094 (2013) do Conselho de Segurança, afirmou ele aos jornalistas após uma reunião de emergência realizada no domingo (7.2.2016).

O Conselho de Segurança da ONU externou e reafirmou a existência de uma contínua ameaça à segurança internacional devido ao recente teste nuclear da Coreia do Norte, reforçou o presidente.

E foi mais duro ainda quando disse que “Membros do Conselho de Segurança adotarão uma nova resolução do Conselho de Segurança com medidas de resposta a esta perigosa e séria violação praticada pelo regime de Pyongyang.

A Coreia do Norte, porém, declarou ter colocado um satélite em órbita, cujo lançamento foi condenado também pela comunidade internacional.

Os principais países que condenaram o provável teste de um míssem balístico foram Os EUA, o Japão e a Coreia do Sul.

Acredita-se que possa ter sido um teste de um míssil balístico intercontinental.

Segundo analistas ocidentais, a Coreia do Norte possivelmente já tenha, no mínimo, três  bombas atômicas. Daí a razão porque Os EUA e seus parceiros na região ainda não ter atacado o país comunista.

Diante de mais um flagrante desrespeito as resoluções da ONU, Yoo Jeh-seung, vice-ministro da Defesa sul-coreano, afirmou que seu país e os EUA concordaram em iniciar as negociações sobre a implantação do sistema THAAD (Terminal High Altitude Area Defense).

A Coreia do Sul já havia informado a Rússia e China com antecedência desta intenção.

Em decorrência desse anúncio, a China está seriamente preocupada com a possível implantação do sistema de defesa antimíssil dos EUA na Coreia do Sul, declarou o Ministério das Relações Estrangeiras chinês em um comunicado no mesmo dia do lançamento do foguete pela Coreia do Norte.

Os Estados Unidos já discutiram a implantação duma bateria do THAAD na Ásia Oriental no passado.

O Pentágono afirmou que a decisão seria tomada através de negociações trilaterais da aliança, constituída pelo Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos.

A China e Rússia manifestaram a oposição ao controverso sistema de defesa, argumentando que este poderá perturbar o equilíbrio regional e ser usado contra os interesses chineses na região, em face de disputas territoriais emvolvendo algumas ilhas situadas no Pacífico e que são disputadas com o Japão, Vietnã, Filipinas e Nova Zelândia.

Em 2012 a Coreia do Norte anunciou o programa de longo prazo de lançamento de mísseis que, segundo especialistas, é uma parte do desenvolvimento dos mísseis balísticos, inclusive os intercontinentais, que tanto ameçam a segurança dos EUA.