Introdução

A arte é uma categoria fundante das sociedades. Podemos constatar tal afirmação por meio da observação dos indícios deixados pelas manifestações do homem primitivo, como: os desenhos nas paredes das cavernas, que são representações do cotidiano das tribos, e de diversos povos no mundo inteiro por meio de esculturas, canções, artefatos de pedra ou de madeira; ornamentos artesanais, etc. Tais indícios nos servem como instrumentos de pesquisa no que concerne ao descobrimento da humanidade em seu fazer histórico e social, Uma vez que as expressões artísticas revelam o modo de como viviam e se comportavam, descrevendo também suas relações com o sagrado, suas crenças, ritos de passagem, seus rituais de morte e nascimento, desde a formação das sociedades até os dias atuais. O objetivo do presente trabalho é investigar as contribuições da arte como metodologia de ensino em um espaço não escolar e as possíveis contribuições desta para a socialização e a inclusão da Pessoa com Deficiência no CRAS Mimi Marinho, PALAVRAS CHAVE: Arte. Inclusão. Pessoa com Deficiência. 1Mestranda em Diversidade Cultural e Inclusão Social-Universidade FEEVALE 2Mestre em Educação. Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. 3 Doutor em Ciências do Movimento Humano. FEEVALE

1. DESENVOLVIMENTO

Da Exclusão a Inclusão - O Repensar da Inclusão através da Arte. A sociabilidade é a principal característica humana, sendo a arte produto da interação do homem como meio. Tal característica humana confere a arte um caráter social, ou seja, coletivo e também inclusivo à medida que ao inventar e criar novas formas, o artista adiciona, inclui agrega valores, conceitos de uso social compartilhando pensamentos e ideias. Como ser coletivo o ser humano não somente aprecia o objeto de criação como também deseja que outros apreciem, tal ensejo humano denota na arte o aspecto de coletividade. Esse caráter transformador e inclusivo da arte constitui-se em uma ferramenta para trabalhar com pessoas com deficiência, pois este público possui especificidades que nos reportam a um novo olhar para metodologias diferenciadas. Sobre esse caráter transformador da arte Alfredo Bosi (2006) nos diz que a arte é um fazer; “É um conjunto de atos pelos quais se muda a forma e se transforma; movimento que arranca o ser do não ser, e a forma do amorfo.” Assim, segundo o autor, o indivíduo se protagoniza no mundo através daquilo que ele produz, isso reflete na construção da sua identidade (forma) sócio histórica e pessoal a medida em que este relaciona-se e interage com o meio e as demais pessoas.