INTRODUÇÃO: Grande parte da população tem uma sensação de angustia em relação aos serviços hospitalares, tal sensação devido aos serviços de má qualidade e locais pouco acolhedores. No entanto, diversos centros clínicos, consultórios odontológicos, vem tentando mudar esse conceito, podendo oferecer aos seus pacientes ambientes planejados para que possam trazer uma sensação de calmaria, tranquilidade, levando aos usuários benefícios físicos e psicológicos.

OBJETIVO: O presente estudo objetiva-se em descrever um pouco sobre a arquitetura hospitalar.

MATERIAIS E MÉTODOS: A presente pesquisa tem caráter de revisão de literatura a qual foram selecionadas artigos nas seguintes bases de dados: SCIELO e GOOGLE ACADÊMICO.

DESENVOLVIMENTO:  Na América do Norte em 1524 foi construído o primeiro hospital no México, nomeado como Jezus Nazareno. Na América do Sul, foi construído o primeiro no ano de 1538 no Peru, e a primeira Casa de Misericórdia foi construída em 1543, fundada por Brás Cubas. No Rio de Janeiro em 1970 teve seu primeiro hospital, já em 1884 foi planejada a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, inspirada no modelo francês. A arquitetura moderna do Nordeste na área de saúde, tem destaque um nome  em especial, o de Luiz Nunes, levado pelo Governador do Pernambuco, é autor do projeto do Reservatório de Água de Olinda, obra clássica da arquitetura brasileira. Além disso, foi responsável pela construção do Hospital da Brigada Militar, postos de saúde, o Leprosário de Mirueira, o Pavilhão de Óbitos da Faculdade de Medicina, hoje Sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) de Pernambuco, entre outros. A obra de Lelé pode ser comparada às edificações hospitalares do final do século XVIII, quando o enfermo deixou de ser tratado como um indivíduo que ficava pacientemente aguardando a cura ou a morte, em ambientes insalubres, daí o nome paciente, para sofrer a intervenção do tratamento médico. Nessa fase, os hospitais passaram a adotar a forma pavilhonar, os pátios com jardins internos, ventilação e iluminação natural.

CONSIDERAÇÕES FINAIS: O progresso tecnológico levou o arquiteto a se preocupar menos com o bem-estar do enfermo e da equipe de trabalho, criando muitas vezes espaços sem janelas, no centro do pavimento, resultado de uma malha modular estabelecida e de sistemas de iluminação e condicionamento artificial de ar eficientes, ao invés de espaços com visualização para o exterior, jardins, ventilação e iluminação natural. Nesse contexto, a arquitetura hospitalar do Lelé, adequada ao entorno, ao clima local, com soluções como a renovação constante de ar, a iluminação natural, o controle da insolação, pode ser exemplificada como arquitetura que prioriza o conforto ambiental, onde há preocupação com a qualidade e o bem estar de todos os usuários dos seus ambientes projetados.