Nairun olha para o painel, faz uma cara de satisfeito encosta no comunicador, (um broche que fica no lado direito do seu uniforme), Burlack, esta acordado, hora de acordar chegamos.
Burlack que estava em pleno, sono acorda agitado, tateando um móvel ao lado de sua confortável cama, derruba alguma coisa, e fala.
- Droga, que horas são, computador ascender as luzes. Num instante seu quarto e inundando por luzes, ele olha para o relógio que marca 5 horas, ele normalmente dorme ate às 7 horas, olha para o chão e vê o objeto que derrubou, um copo que continha quase metade de um suco vermelho, de repente como se fosse atingido por um raio bate rápido num botão a fala rápido.
- Algum problema Nairun. (O comandante responde rápido).
- Sei que faltam duas horas para acordar, mas levantei cedo. Acabamos de sair do hiperespaço, e estou captando um sinal, achei que gostaria que lhe chamasse.
Burlack se levanta rápido vai ate a parede onde ficam duas portas abre elas rápido, e pega rapidamente algumas roupas joga na cama e fala num tom juvenil.
- Aventura, aqui vou euuu.
Burlack chega à sala de comando e vê Nairun, concentrado analisando dados de um monitor. E fala todo empolgado.
-Como é? Boas novas.
Nairun emite um "humm", e fala com um ar de curiosidade.
-Estranho o sinal vem de uma lua pequena que orbita o quarto planeta, mas estou captando outros sinais vindos do terceiro.
Burlack fala rápido.
-Deixe-me olhar esses dados. Humm é mesmo, interessante, se eles têm tecnologia para viajar, para outros planetas deveriam ter um volume de emissões de radio muito intenso, estamos há apenas 10 horas luz de distancia. Isto parece ser um mistério a ser resolvido. Qual a sua decisão?
Ele pergunta por que cabe ao comandante da nave tomar todas as decisões.
A Vaslante 2 é uma nave estritamente de pesquisa só é armada com quatro pequenos canhões de energia e se tivessem que entrar numa batalha estariam encrencados.
Nairun fica olhando para ele alguns instantes com olhar pensativo. Volta a olhar para algumas telas, seu companheiro aguarda com uma impaciência que poderia ser apalpada por quem estivesse lá. Seu comandante e amigo de muito tempo percebe a tremenda impaciência dele e fala.
-Sei que por você nos iríamos ate o terceiro planeta para investigar, mas não podemos ser precipitados, lembre-se que estamos numa zona pouco explorada não podemos nos precipitar, não há outras naves por perto, e isso esta me cheirando uma armadilha, você sabe que há muitas espécies alienígenas, que evoluem tecnologicamente roubando de outras espécies.
Ele fala e olha seu companheiro procurando uma reação. Apesar da evidente cara de decepção de Burlack ele faz um movimento de anuência com a cabeça e diz.
-Você esta certo, mas podemos sondar a região em busca de alguma informação,
Aliviado por burlack ter concordado rápido, pois às vezes havia discussão demorada para refrear os ânimos de seu amigo, ele poderia usar da prerrogativa de comandante da nave, mas sempre preferiu convencer seu subordinado com a lógica, mesmo porque já trabalhavam tanto tempo juntos que Burlck era seu melhor amigo e confidente.
Como Burlack era o "Sr dos instrumentos", pois adorava usufruir dos instrumentos, ele pergunta.
-O que você aconselha?
Ele fica pensando por um instante e fala.
-Vamos rastrear as imediações desse sistema solar em busca de alguma sonda, se esta espécie conseguiu chegar ao quarto planeta, com certeza mandou sondas para investigar os outros também.
Seu amigo esbugalha os olhos e balança a cabeça concordando, e diz.
-Excelente idéia, deve ser pequena e ter geradores de energia antigos, deve ser nuclear ou ate mesmo baterias solares.
-Exato. (Fala seu amigo), fazendo uma varredura mais precisa, por setores, podemos localizar estas sondas; se existirem, não deve levar mais que uns dois dias.
Nairun bate e esfrega as mãos como fazemos quando sentimos frio e fala.
-Então mãos a obra.
Passam-se cinco horas, e os dois não desgrudam dos instrumentos, trabalham numa grande sala onde há cinco cadeiras e vários painéis com muitos monitores e dezenas de botões, mas poucos são usados eles mais usam os monitores que ao encostarem-se a eles as figuras mudam como os nossos monitores mais avançados, só que as imagens são tridimensionais. De repente Burlack da um grito e fala.
-Aqui achei alguma coisa, veja veja rápido.
Ele fala como se a imagem fosse desaparecer. E fala.
-Olhe só é uma sonda, e já esta praticamente fora do sistema solar, o que me diz.
Nairun olha entusiasmado, e diz.
-Se encontramos uma devem existir mais, vamos encontrar outras.
Alegre como uma criança que acaba de ganhar um presente desejado Burlack fala.
- Sim devem ter muitas outras, vou intensificar as buscas mais no interior do sistema certo. (Nairum faz um consentimento com a cabeça).
Passam-se mais duas horas e Burlack fala exultante.
-Olhe mais uma.
Ele aponta com o dedo uma parte da tela que aumenta mostrando seus preciosos dados. Seu amigo fala.
-Sim e mesmo, bem menor que a outra, vamos ver se encontramos mais uma. Se encontrarmos mais uma, vamos pegar elas para analisar sua composição, certo.
-Certíssimo (fala Burlak). Devemos encontrar outra nesse setor.
Ele faz um movimento com as mãos na tela, e aparece na tela uma área com muitos símbolos, olha para o rosto de Nairun tentando enxergar um sinal de grande interesse, pois estava com imensa vontade de ir ate o terceiro planeta para investigar os sinais de radio. Ele sabia que seu amigo estava com tanta vontade quanto ele, mas a responsabilidade com a segurança da nave era maior. Com anos de convívio ele conseguiu detectar todos os sinais que desejava em sua face. Seu comandante percebendo a análise de seu subalterno, fala com um disfarçado sorriso no rosto.
-O que o faz pensar que encontrara outra sonda neste setor.
Com rapidez ele responde, começando uma verborragia típica dele.
-Passei as coordenadas das sondas que encontramos no computador, analisei a velocidade delas, a distancia percorrida em relação ao terceiro planeta, e se habitantes daquele planeta estivessem estudando seu sistema solar sistematicamente, há uma grande probabilidade de existir uma sonda vagando por aqui.
Ele passa a mão por uma grande área no mapa-estelar que estava exposto na grande tela.
Nairun fala rápido, interrompendo o que seria uma serie de explicações.
-Então mãos aos painéis.
Burlak move-se como se tivesse competindo numa prova de velocidade, vai ate o painel na parede oposta e começa a manipular com extrema destreza os comandos do painel. Depois de quatro minutos ele vira-se num movimento de 180 graus e vê seu amigo olhando para ele fixamente e fala franzido a testa para realçar sua interrogação.
-Porque esta me encarando deste jeito?
Nairun olha para ele abre um sorriso que deixando a mostra um monte de pequenos dentinhos que sua espécie possui, e fala com a voz mais seria que possui.
-Sabe se tivesse uma competição para ver quem opera mais rápido esse painel você ganharia com facilidade.
Burlack balança a cabeça e fala com um sorriso.
-Então meu premio poderia ser um copo de stroupter?
Stroupter é uma bebida levemente alcoólica, para se conseguir um bom stroupter deve se misturar dois líquidos um verde-escuro e outro roxo eles devem ser misturados derramando os dois vagarosamente em um vidro bojudo com uma abertura estreita, por ser uma abertura estreita as garrafas que contem os dois líquidos tem uma cânula pequeníssima onde seria a tampa e por esta cânula o liquido escorre, essa mistura demora uns quinze minutos e é muito enfadonha. O stroupter é uma bebida rara, é fabricada só no planeta Rasbriom, seu preço é altíssimo, só é tomada em raras ocasiões.
-Sim (diz Nairun andando em andando em direção a porta e fazendo um movimento com o braço para Burlack acompanhá-lo), eu preparo.
Os nossos dois arqueólogos espaciais preparam uma leve refeição, frutas secas e stroupter, ficam aproximadamente trinta minutos degustando sua bebida e comendo suas frutas secas, de repente um alarme soa.
Burlack com o copo na mão e ainda dois dedos da preciosa bebida fala.
-Não esperava o alarme soar tão rápido.
-Vamos lá (diz Nairun levantando da confortável cadeira e tomando o resto da bebida que estava no copo, a quantia parecida com a de seu companheiro que faz o mesmo e vão em direção a porta.
Chegando a sala dos sensores, Burlack vai com aquela conhecida rapidez em direção ao painel, aponta para imagem e fala.
-Veja aqui outra sonda, o que me diz heim.
Ele fala isso olhando para seu capitão e amigo, esperando e torcendo para abordar uma das sondas.
Nairun retribui o olhar e fala com convicção.
-Vamos ate a primeira sonda que encontramos, vamos trazer ela para dentro da nave para examiná-la.
Ele fala isso e vai para porta, Burlack o acompanha.
Os dois chegam à sala de comando Nairun, vai ate o painel de comando central e começa a operá-lo, depois de cinco minutos de silencio ele fala.
-Rota traçada, chegaremos dentro de 15 minutos.
Os 15 minutos passam rapidamente, pois nossos dois arqueólogos espaciais ficaram esse tempo concentrados operando seus painéis.
Nairun quebra repentinamente o silencio e fala com entusiasmo.
-Estamos nos aproximando da sonda, abra a hangar de carga quatro.
-Plataforma aberta. (fala prontamente Burlack após acionar alguns comandos no painel).
Nairun olha a tela que mostra a sonda e se aproxima dela, como se ao aproximar da tela aumentasse a proximidade com o objeto cobiçado. Levanta um braço bem alto, como se seu companheiro estivesse longe e tivesse dificuldade em avistá-lo.
Burlack olha para o braço levantado como se esperasse o sinal de uma largada de corrida. Então Nairun fala abaixando rapidamente ao mesmo tempo em que abaixa o braço.
-Acionar raio trator.
Burlack rapidamente aciona alguns comandos no painel e diz alto.
-Raio trator ativado, 27 segundos para sonda estar dentro do hangar.
Nairun todo concentrado na tela fala.
-Vem minha relíquia, vem, com cuidado.
Burlack olhando para tela e ouvindo seu amigo abre um sorriso, por ver seu amigo tão entusiasmado com a posse de uma sonda antiga. Seu sorriso some e ele fala.
-Sonda no hangar quatro, posso fechar o hangar capitão?
Nairun levanta os dois braços, faz um movimento de comemoração e fala.
-Sim, pode fechar e pressurisar o hangar.
-Hangar fechado e pressurizado (fala Burlack).
Nairun gira a cadeira e fica de frente para seu amigo, esfrega as palmas das mãos uma na outra em sentido circular e fala.
-Você é o especialista, que fazemos agora.
Burlack fica alguns segundos em silencio pensativo e fala.
-Devemos analisar a sonda em busca de materiais perigosos, radioativos explosivos, ou que cause alguma avaria a nave ou algum de nossos instrumentos.
Ele fala isso com um leve sorriso nos lábios, e com uma jovialidade que parece uma criança que esta prestes a fazer uma experiência na escola e esta curiosa para saber como ela terminara; essa jovialidade é tão intensa que daria para ser percebida até por uma pessoa estranha que estivesse aparecido de repente. Por perceber imediatamente isso Nairun sabe que deve prestar atenção nessas analises, pois mesmo sabendo da absoluta competência de seu amigo, inconscientemente poderia cometer algum equivoco em suas analises, então apesar do conhecimento mais aprofundado de seu companheiro nessa área ele ficaria o mais cauteloso possível.
Depois de ponderar por alguns intentes, devolve um sorriso para, para seu amigo, que sabia estar raciocinando para tomar a decisão mais correta e segura possível.
Nairun respira profundamente, como se dependesse disso para tornar suas palavras mais intensas, e fala pausadamente.
-Vamos começar já essas analises, vamos ser cautelosos o mais possível, esta bem, não quero deixar passar nada, se tiver algum problema quero esta sonda fora da nave imediatamente.
Ele fala o mais serio possível, como se fosse preciso depois de tantos anos ter que ratificar sua autoridade de capitão da nave. Seu amigo sabia de sua apreensão, e entendia, e por isso procurava transparecer o mais centrado possível.
Burlack faz um semblante serio, para mostrar que estava apreensivo com perigos ocultos pela sonda, mas por mais que esforçasse, ele tinha certeza que Nairun sabia que ele achava a sonda desprovida de qualquer ameaça.
Faz uma pausa de alguns segundos, se levanta e fala.
-Vamos até a sala de controle dois começar imediatamente essas analises.
Burlack que estava perto da porta faz um gesto com o cotovelo, o equivalente ao nosso gesto com o braço (por favor, você primeiro), e fala com a voz num tom subalterno.
-Você primeiro, você que e o especialista.

Fim da segunda parte.