Aristóteles.
Publicado em 26 de maio de 2013 por Edjar Dias de Vasconcelos
Aristóteles.
384-322 antes da era cristã.
Nasceu em Estagira na Grécia, sempre teve ligações com a nobreza da Macedônia, seu pai era médico do rei Felipe e Aristóteles foi quem educou culturalmente o seu filho Alexandre.
Estudou na academia de Platão durante vintes anos, com a morte do seu grande mestre, Aristóteles imaginou ser ele o novo mestre da acadêmica, mas foi preterido, não sendo o escolhido.
Talvez a sua não escolha, esteja ligado pelo fato de Aristóteles não defender a doutrina de Platão como um todo.
Ele deixou a cidade de Atenas em 343 antes da nossa era, tornou-se preceptor do príncipe Alexandre, filho do rei da Macedônia.
Do ponto de vista acadêmico Aristóteles foi profundamente influenciado por Platão, mas, no entanto, entende o pensamento do mesmo, como mistificação, sobretudo a ideia de Platão que não se chegaria ao conhecimento por meio dos sentidos.
O conhecimento de Aristóteles, após o longo caminho da construção do saber, ele parte para valorização do entendimento empírico, gradativamente favorecendo as Ciências da natureza.
O saber para Aristóteles, não é uma questão apenas de especulação, como se fosse algo sem interesse político, o saber é prático e liga se a materialidade das coisas concretas.
Para Platão, por exemplo, a Matemática era naturalmente um paradigma de conhecimento, Aristóteles um filósofo mais complexo, entendia a importância da observação na verificação dos fenômenos naturais.
Aristóteles critica veemente a Platão ao afirmar que toda forma de conhecimento deve fundamentar se na observação e na experiência, o ponto de partida da Filosofia, como de qualquer Ciência deve ser os sentidos.
Se começarmos o conhecimento pela especulação como sempre fez Platão diz Aristóteles, o saber perde se na mistificação e jamais chegará ao conhecimento empírico.
O que faz uma coisa ser o que ela é exatamente a sua composição física e não a participação ao mundo das ideias.
Como sempre imaginou Platão, ao contrário a importância de entender como determinada coisa se organiza materialmente.
A diferença de uma árvore como exemplo, não poderá estar na constituição da sua forma, isso porque a substância é a mesma coisa em relação sua realidade material.
O mundo deverá ser entendido pela constituição da substância e não das suas formas, isso porque a última referência diz apenas ao aspecto subjetivo.
A diferença de Platão por pertencer a uma estrutura comum do mundo das ideias, tudo que existe no mundo real é produto da existência de outro mundo.
Por meio do qual podemos apenas contemplar a realidade, aqui no mundo prático tudo é contemplativo, o verdadeiro mundo é outra realidade.
Para Aristóteles a realidade de um objeto, ele é determinado pela sua função, o que é sua materialidade, para que serve uma coisa que foi criada, a relação da matéria e da substância, forma e finalidade.
Aristóteles a noção da forma, discorda naturalmente de Platão, pelo fato de não poder dissociar da essência da materialidade de um objeto, tudo na natureza é definido desse modo, forma e substância.
Aristóteles nunca entendeu a essência diferente dos corpos físicos, como era entendido por Platão, existe apenas o mundo real e não o imaginário de Platão.
A representação o entendimento das coisas, são entendidos pelas próprias coisas e faz parte do único mundo existente, que é o mundo da natureza.
Desse modo a ideia de Platão, como existência de uma alma separada do corpo, que permaneceria após a morte e constituiria a realidade de outro mundo, onde estão todas as coisas que são perfeitas em suas essências.
Esse conceito para Aristóteles é apenas um delírio de Platão, o único mundo que existe compõe a nossa realidade empírica.
A alma apenas um conceito aplicado à realidade dos objetos materiais, tudo aqui tem uma alma que é o princípio da vida, mas encera com a realidade material de cada objeto.
Isso significa que Aristóteles não entendia a possibilidade da transcendência, não seria possível a existência de dois mundos, a realidade se esgotaria no princípio da substância.
Edjar Dias de Vasconcelos.