Uma nova crise diplomática entre Marrocos e Argélia se instalou, devido à divulgação da Presidência argelina de informações equivocadas sobre o cônsul marroquino em Oran, cujo Rabat rejeitou  fortemente; provocando interrogações sobre fatos, trás desta escalada do regime argelino.

O Ministro marroquino das Relações Exteriores, da Cooperação Africana e dos marroquinos residentes no exterior diz que o Marrocos denuncia as acusações atribuídas ao Cônsul marroquino ser um oficial de inteligência, uma vez que Ahran Boutahir "um quadro do ministério, de carreira de 28 anos, nos diferentes setores centrais ou no exterior".

Isso foi contrário ao que o porta-voz presidencial da Argélia declarou, sendo o seu país quem pediu a retirada do cônsul marroquino, porque  foi considerado pela Argélia "um país inimigo", o chefe da diplomacia marroquina aclarou que "a convocação do cônsul veio como uma iniciativa exclusiva de Marrocos; mesmo se o cônsul  continua sempre as suas funções de maneira adequada e profissional", sendo que o Reino não recebeu, em qualquer momento, nenhum pedido oficial das autoridades argelinas para convocar seu cônsul geral. "

A escalada nova e antiga veio no momento em que o regime argelino continua ignorando o apelo do rei Mohamed VI, novembro de 2018 para abrir um diálogo bilateral direto e franco, superando os problemas momentâneos que dificultam o desenvolvimento das relações entre os dois países.

Na margem desta crise do vírus "Corona" e a falta dos médicos e equipamentos contra esta epidemia, o Marrocos escolheu exportar máscaras preventivas para os países europeus e africanos; das quais a Argélia que importou mais de um meio milhão de máscaras, um passo que reflete a vontade do Reino de desenvolver suas relações bilaterais com a Argélia.

Em troca da mão estendida do rei Mohamed VI e a opção da pacificação no relacionamento com o vizinho oriental, Mohamed Benhammou, presidente do Centro Marroquino de Estudos Estratégicos, vê que o Marrocos constitui um "inimigo ideal" para o regime argelino, ocultando as diferentes derrotas e falhas neste país.

Comentando a nova tensão entre os dois países vizinhos, Benhamou diz que "as declarações da presidência argelina reafirmaram que a natureza do regime argelino não vai mudar, apesar da chegada de Abdel Majid Taboun, o grau da intensidade da hostilidade vai aumentar à luz do estado de isolamento do regime no nível interno e ou externo".

O analista político, conforme o jornal eletrónico Hespress, acredita que as condições do mundo hoje conhecem grandes mudanças, diantes dos novos desafios na região e no mundo, um estágio que define a reconstrução dos equilíbrios regionais e internacionais no horizonte da construção da nova ordem internacional.

À luz dessas novas mudanças, o chefe do Centro Marroquino de Estudos Estratégicos explica que o regime argelino, tentando se esconder atrás da carta do emprego marroquino; Porque Argélia "vive num estado de asfixia interna, devido a rejeição popular do novo-antigo regime e da deterioração da situação social e econômica de uma maneira, sem precedentes".

O jornal marroquino sublinhou que "a rua argelina vive no ponto de explosão diária, rejeitando as condições de vida que pioram, apesar do país ser rico, além de rejeitar o que o regime argelino faz para se reproduzir e impedir o roubo e sua riqueza em troca do pedido de responsabilizar a quadrilha de corrupção".

O sr Benhamou acredita finalmente que o regime argelino vai conhecer uns conflitos, devido ás divergências nais quais se baseou a nova cena, considerando que "a escalada contra o lado marroquino como um cartão para desviar a opinião pública, internamente, uma indicação de um estágio futuro de eliminações, através de contas, de exilos, para recolocar coisas internas, e tudo isso constitui uma cobertura neste sentido".


Lahcen EL MOUTAQI
Professor universitário- Rabat, Marrocos