Em   evolução chocantes e degradantes, das ameças dos rebeldes na região do Sahel africano  e do norte do Mali, o ministro francês do Exterior,  Laurent Fabius, declarou que  Argélia autorizou  a aviação francesa atravessar seu espaço aéreo  para atacar alvos de grupos islâmicos em   norte do Mali, impedindo assim o avanço dos religiosos ao sul.

O sr Laurent Fabius  visa com esta palavra  convencer os argelinos do papel das forças francesas e africanas contra ás ameaças terroristas, que desestabelecem a segurança para o uso do espaço aéro e as fronteiras argelinas.

Argélia continua desde a eclosão da crise a refutar  qualquer   intervenção  militar no norte do Mali, alertando sobre a violação do  seu território e do seu espaço aéreo, sem admitir   ou acordar  qualquer participação militar    contra os  jihadistas no norte do Mali

Na verdade a avição francesa não retardou  seus  bombardeios contra posições dos islâmicos em   Mali, trata do terceiro dia consecutivo, tendo por objetivo enfraquecer a ação e deslocar  as posições do grupo no   norte do país em   cidades  de Gao e Kidal, considradas  partes controladas pelas milícias de  Ansar al-Din, procurando misturar as cartas. Argélia preocupada pelas manobras diplomáticas, elas  visam poupar suas milícas do   ataque francês,  através da  busca do diálogo e  renunciar ao terrorismo e violência.

 Com esta intervenção militar   francês no Mali,  as cartas de mediação pacífica de Argél nao sorteam efeito desejado, apesar  dos esforços  para evitar ataques relampagaos. Delimitando  totalmente a influência estratégica  no cenário da região e do Sahel,  sem mais força para influenciar, nem pressionar as tendências políticas das capitais africanas e nem  ocidentais, tendo em   vanguarda Paris que serve a sua agenda na região

 O que leva força continental a ser marginalizada e sem influência  na   mapa do destino político do Sahel e da África Ocidental!

 Os membros da Comunidade Económica do Oeste Africano decidiram  levar as tropas ao Mali   sob a liderança do general nigeriano, conforme anunciado por  Níger, Burkina Faso, Togo e Senegal. São também países que refletem certa preocupação, decidindo enviar tropas em posição   ao  dilema argelino que busca  a presidência desta Comunidade no meio da crise e como ganhar  o governo do Mali, dos islâmicos e ocidentais.

 Milhares de civis  vão ser deslocados do sítio do conflito, e as autoridades argelinas  obrigadas a receber novos elementos suspeitas  e dissimuladas.   Onde o grupo  Ansar al-Din aliado pode ser a qualquer momento uma frente e pomba contra as autoridades argelinas, enfraquecidas num âmbito do processo da intermediação de negociação.

Enquanto   se esperava do   Conselho de Segurança avaliar a evolução desta questão, a diplomática marroquina aparece uma outra alternativa ou forma de enchergar os conflitos. considerando a questão da segurança e política da região algo essencial, especialmente em   dado  declínio do papel argelino, abandonando o papel da consolidação das relações  estreitas do bloco continental e regional.  Tornando Marrocos ator da nova estratégia política e da situação geoestratégica em situação da ação militar, necessitando reforçar a legitimidade constitucional,  tanto no quadro internacional como regional.

 Assim Marrocos avança na resolução do dossiê da região do sara ocidental, apesar da ameça dos grupos separatistas quanta á segurança política e á establidade socio-econômica do norte da Africa.

Lahcen EL MOUTAQI

[email protected] prof-pesquisador