Argélia e o conflito maliano
Por Lahcen EL MOUTAQI | 23/01/2013 | CrescimentoEm evolução chocantes e degradantes, das ameças dos rebeldes na região do Sahel africano e do norte do Mali, o ministro francês do Exterior, Laurent Fabius, declarou que Argélia autorizou a aviação francesa atravessar seu espaço aéreo para atacar alvos de grupos islâmicos em norte do Mali, impedindo assim o avanço dos religiosos ao sul.
O sr Laurent Fabius visa com esta palavra convencer os argelinos do papel das forças francesas e africanas contra ás ameaças terroristas, que desestabelecem a segurança para o uso do espaço aéro e as fronteiras argelinas.
Argélia continua desde a eclosão da crise a refutar qualquer intervenção militar no norte do Mali, alertando sobre a violação do seu território e do seu espaço aéreo, sem admitir ou acordar qualquer participação militar contra os jihadistas no norte do Mali
Na verdade a avição francesa não retardou seus bombardeios contra posições dos islâmicos em Mali, trata do terceiro dia consecutivo, tendo por objetivo enfraquecer a ação e deslocar as posições do grupo no norte do país em cidades de Gao e Kidal, considradas partes controladas pelas milícias de Ansar al-Din, procurando misturar as cartas. Argélia preocupada pelas manobras diplomáticas, elas visam poupar suas milícas do ataque francês, através da busca do diálogo e renunciar ao terrorismo e violência.
Com esta intervenção militar francês no Mali, as cartas de mediação pacífica de Argél nao sorteam efeito desejado, apesar dos esforços para evitar ataques relampagaos. Delimitando totalmente a influência estratégica no cenário da região e do Sahel, sem mais força para influenciar, nem pressionar as tendências políticas das capitais africanas e nem ocidentais, tendo em vanguarda Paris que serve a sua agenda na região
O que leva força continental a ser marginalizada e sem influência na mapa do destino político do Sahel e da África Ocidental!
Os membros da Comunidade Económica do Oeste Africano decidiram levar as tropas ao Mali sob a liderança do general nigeriano, conforme anunciado por Níger, Burkina Faso, Togo e Senegal. São também países que refletem certa preocupação, decidindo enviar tropas em posição ao dilema argelino que busca a presidência desta Comunidade no meio da crise e como ganhar o governo do Mali, dos islâmicos e ocidentais.
Milhares de civis vão ser deslocados do sítio do conflito, e as autoridades argelinas obrigadas a receber novos elementos suspeitas e dissimuladas. Onde o grupo Ansar al-Din aliado pode ser a qualquer momento uma frente e pomba contra as autoridades argelinas, enfraquecidas num âmbito do processo da intermediação de negociação.
Enquanto se esperava do Conselho de Segurança avaliar a evolução desta questão, a diplomática marroquina aparece uma outra alternativa ou forma de enchergar os conflitos. considerando a questão da segurança e política da região algo essencial, especialmente em dado declínio do papel argelino, abandonando o papel da consolidação das relações estreitas do bloco continental e regional. Tornando Marrocos ator da nova estratégia política e da situação geoestratégica em situação da ação militar, necessitando reforçar a legitimidade constitucional, tanto no quadro internacional como regional.
Assim Marrocos avança na resolução do dossiê da região do sara ocidental, apesar da ameça dos grupos separatistas quanta á segurança política e á establidade socio-econômica do norte da Africa.
Lahcen EL MOUTAQI
l.elmoutaqi@gmail.com prof-pesquisador