De acordo com a mídia de Argélia, os pólos do regime argelino entraram numa corrida de últimos minutos para encontrar um sucessor do Presidente Abdelaziz Bouteflika, cujo Estado de saúde é considerado “frágil, e muito crítico desde sua reeleição para um quarto mandato em abril 2014, o que provocou muitos conflitos de interesses dentro das instituições governamentais e entre as elites e os grupos aliados, cada vez mais tentam de encontrar um lugar no comando do governo, após a partida de Bouteflika.

Abdelaziz Bouteflika é cercado por muitos amigos e parentes liderados principalmente por seu irmão, Said Bouteflika

Estes conflitos de interesse são cada vez mais visíveis depois de um ano e meio da eleição, assistimos a uma série de detenções dos militares e de julgamentos, motivo que levou o governo para a introdução de alterações nos serviços da segurança e da inteligência; diante da tensão político-militar e da dificuldade para chegar a um consenso sobre os projetos sociais para acabar com as manifestações e lutar contra os grupos suspeitos de homicídios e tráfico de drogas..

Esses conflitos tornaram-se manchetes dos jornais e dos meios de comunicação, cujo povo argelino vítima das manobras dos generais e politicos corrompidos objeto do aparelho do governo Bouteflika.

O estado de saúde do Presidente Abdelaziz Bouteflika deteriorou-se, sem aparecer em público desde sua re-eleição, a sua saída suposta para a Europa é para consulta médica na cidade francesa de Grenoble em 3 e 4 de dezembro do ano passado, uma série de comentários e críticas da imprensa envolvem o estado de saúde do Presidente argelino
.
O porta voz do governo não conseguiu convencer o povo argelino sobre o Presidente e sua capacidade para governar o país.

O Jornal francês Le Monde citando o analista da sociologia Nacer Jabi que noticiou dizendo que o país hoje é sem Presidente, o que abre o caminho para os novos actores dentro das instituiçoes do governo influenciado pelas categorias tradicionais e autocráticas.

Argélia conheceu algumas mudanças profundas durante nas semanas passadas das instituições militares que controlam a vida política no país desde 1962.

Foram durante os últimos meses, uma dezena de oficiais do Serviço de Inteligência (DRS) e da Segurança obrigados para apresentar suas aposentadorias e afastar-se de suas funções.

Esses acontecimentos foram interpretados como um novo episódio de uma série de acções que ocorrem por causa do conflito entre o Presidente e seus suportes, seu irmão Said, o Chefe do Estado Maior, o general Ahmed Gaid Salah, aliado de um número de empresários, por um lado, e os líderes do serviço da inteligência por outro lado.

Uma outra étapa dificil que travesa Argélia durante alguns meses, dez personalidades famosas próximas ao Presidente assinaram uma carta na qual condenaram a "deterioração do ambiente geral", isso significa que o Presidente não consegui mais controlar o processo da tomada de decisão, o pedido feito para agendar uma reunião com o Presidente não agradou as autoridades, levando o primeiro ministro, Abdelmalek Salal a responder a uma questão do jornal Le Monde, de forma severa ele diz que isso não é um acontecimento, ficando claro que ele não quer falar do assunto.

Por autro lado, o analista sociólogo argelino Nacer Jabi explicou esta posição dizendo que ele não quer mostrar que o comando do governo não tem ruptura com o presidente nem enfrenta uma oposição feroz, considerando que esta iniciativa de mudança que ocorre no nível das elites e surgimento de personalidades do sector privado.

A oposição tem uma certa dificuldade para encontrar o terreno de entendimento com o governo, Syed Ahmed Ghazali, um ex-primeiro-ministro que integrou a oposição ilustrou a situação dizendo, aclarar sobre o paciente para esconder o verdadeiro paciente, este regime não pode imaginar nada senão aquilo que não fez até agora.

Hoge Argélia sofre de uma recessão económica sem precedente por causa do declínio dos preços do petróleo que atingiu 40 US $ em vez de 120 para garantir o equilíbrio orçamental que a Câmara dos Representantes aprovou no âmbito da proposta da lei das finanças para o ano 2016.

Dr Lahcen EL MOUTAQI