Desde a demissão do presidente Abdelaziz Bouteflika, início de abril passado 2019, o chefe do estado-maior militar. onipresente no cenário político contro o movimento popular desde 22 de fevereiro, exigendo mudanças democráticas e justiça social.

 A morte repentina deste general que controla Argelia e dirige os governos, decedido nesta segunda-feira, 23 de dezembro de 2019, justo 4 dias após a escolha de um novo presidente, contstado pelo movimento que continua desestruturando o aparalho do regime em questão.

 Esta morte repentina deste general Ahmed Gaïd Salah, 80 anos, ocorreu na noite de domingo 22 a segunda-feira 23 de dezembro em Argel, provocou também um grande choque para o governo eleito.

 Ele foi o Chefe do Estado Maior desde 2004,  forte homem do país desde a queda do presidente Bouteflika, 2 de abril, se posicinou contra o levantamento é como um baluarte contra o movimento popular iniciada, 22 de fevereiro passado, reivindicando a destituição do regime e a mudança democrática.

 Após um longo confronto com o movimento popular, al Hirak, Ahmed Gaïd Salah conseguiu levar o seu amigo Abdelmadjid Tebboune à presidência da república, 12 de dezembro 2019, numas eleições amplamente boicotadas pelos argelinos.

 Rumores e suspeitas

 Esta morte subita do general argelino, o homem forte da Argélia suscitou muitos rumores nas redes sociais, os parente próximo ter confirmado esta morte consequência das possíveis mudanças no país. Dois meios de comunicação on-line independentes se mostraram incertos da situação actual, um certo risco aumentar as revoltas populares, uma vez o governo não atende as reivindicações legítimas do povo, liberando os presos e levantando o cerco sobre os protestos e sem repressão.

O relato oficial informou que a morte às três horas da manhã após um ataque cardíaco em sua residência em Ait Naadja, Argel, do general foi suficiente para acabar com as revoltas na rua. Os inimigos do general e sobretudo dos últimos meses suspeitam das condições da morte, descontentamento da situação, brigas, apontaram diferentes redes sociais.

Ahmed Gaïd Salah de fato tem colocado na prisão,  uma grande parte da alta hierarquia do exército entre 2018 e 2019, formando uns poderosos oligarcas da era Bouteflika, dois ex-primeiros ministros e vinte de ministros e outros líderes políticos influentes.

 O novo Presidente Tebboune, eleito depois de muita contestação social, decretou três dias de luto nacional, em homenagem a alma do falecido. Segundo Said Haflaoui, médico e ativista do movimento popular, Al Hirak, a morte de Ahmed Gaïd Salah não é realmente uma surpresa. Aos 80 anos, tem excesso de peso, atividades frenéticas, apesar dos conselhos dos médicos, uma per tenão, esgotado fisicamente e quer manter o controle sobre o movimento popular e o exército no poder.

 Além disso o regime deve voltar a funcionar, aos 12 de dezembro, atrás de um presidente da república do serralho, perdido de repente, sem ter uma visibilidade do que pode passar. Isso é claramente um grande choque para o regime , sublinhou Tin Hinan El Kadi, cientista político do grupo de reflexão Chatham House.

 Em outras palavras, o falecido Ahmed Gaïd Salah se colocou na linha de frente desde o início do movimento popular, 22 de fevereiro, um a dois discursos por semana, muitas vezes são para ameaçar e insultar os manifestantes, dando as instruções públicas aos magistrados, à mídia ou ao presidente Abdelkader Bensalah, chamando o eleitorado, 15 de setembro passado para uma eleição 12 de dezembro, que a maioria boicotou.

Esse desaparecimento brutal deste homem forte do regime, levanta certas interrogações, se este fato cooptado  Abdelmadjid Tebboune, fazendo dele um presidente mais livre desta agenda ou mais fraco diante do movimento popular?

 Para Tin Hinan El Kadi, “as duas respostas são possíveis. Ele serrá o mais livre contra o movimento, el Hirak, ou o mais fraco para resistir à pressão.

 Por fim, Abdelmadjid Tebboune não tem ambições de transformação democrática. Não se podia dizer que Gaïd Salah bloqueou a possibilidade da reforma. Portanto, o presidente perdeu o seu principal apoio contra o movimento popular. Parece ter uma posição fraca permitindo uma oportunidade a todos rumo na solução da crise .

 O presidente Tebboune nomeou rapidamente o general Said Chengriha, comandante em chefe das forças terrestres, para assegurar o interino do estado-maior argelino. Um militar sem alívio, que não pode ocupar a função plenipotenciária construída por seu antecessor falecido. Bem como no seu discurso de investitura, quinta-feira, 19 de dezembro, Abdelmadjid Tebboune prometeu revisar a constituição, reduzindo os poderes do presidente a favor do parlamento. En contra parte, os manifestantes não reconhecem esta eleição, exigem a sua partida e do falecido Ahmed Gaïd Salah's desde maio passado.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário – Rabat, Marrocos